terça-feira, 31 de julho de 2018

DESOLAÇÃO E TRISTEZA



"AUTO DA BARCA DO INFERNO"
Ontem desci o país pelo interior e aquela que podia ter sido uma viagem bonita de se ver, foi antes um arrepiar na pele num misto de desolação, raiva e tristeza.
Ver de perto - muito perto - as cinzas que encheram páginas de jornais e revistas, televisões e reportagens especiais tem um efeito avassalador.
São quilómetros sem fim de serras queimadas, onde a vida tenta brotar a muito custo e onde outras vidas se perderam sem razão nem porquê. As feridas do Verão passado e as marcas dos anos anteriores estão lá. É impossível que não as vejam - mesmo aqueles que não tiram os olhos da estrada enquanto conduzem, como eu.
É horrível. Não consigo, sequer, imaginar o sufoco daquelas gentes que viram a vida e as suas vidas serem consumidas por interesses alheios em forma de fogo. O demónio à solta não deve fazer jus ao que se viveu ali.
Andamo-nos a queixar do frio e da chuva em pleno mês de Junho, mas como disse a minha irmã, antes um verão chuvoso que o inferno vivido na terra.
Não há homenagens ou palavras de apreço que sirvam para agradecer quem, com o corpo, a alma e todas as forças que teve, combateu - e combate!!! - as chamas que todos os anos devoram o nosso país.
Oremos - a Deus ou a quem vos fizer sentido - que o Inferno não volte à terra e que os culpados desta imensurável tragédia sejam condenados e paguem pelo mal que fizeram.
Florêncio Vargues



CRÓNICA DE FARO - De João Leal

A PRAÇA DA PAZ

OPINIÃO DE JOÃO LEAL

A rotunda oval situada frente ao Fórum e ao Pingo Doce, à saída da capital sulina, rumo ao poente, vai ser alvo de uma profunda intervenção, de grande significado cívico e que se espera comporte um valioso sentido estético. Passará a denominar-se de “Rotunda da Paz”, em relação a um dos mais ambicionados e prosseguidos ensejos da população humana, a vivência de um ambiente pacífico, solidário e fraterno.
A auspiciosa tarefa foi anunciada, com todo o sentido que as conjuções erguiam simbolicamente, no decurso da festiva reunião de transmissão de tarefas para o novo ano (iniciado em 1 de junho e prosseguindo até 30 de junho de 2019) do Rotary Clube de Faro. No decurso do mesmo o presidente cessante, o conhecido gestor bancário Fernando Vilanova, cedeu a presidência dos rotários farenses à arquiteta Teresa Correia, diligente figura da vida local, pois foi vereadora no anterior mandato autárquico e é técnica superior do Município de Faro.
Foi o Dr. Jorge Silva, representante na rua reunião da Presidência camarária, já que o Dr. Rogério Bacalhau se encontrava ausente em missão oficial da Croácia, que deu aos mais de 80 convivas vindos de muitos clubes algarvios (Tavira, Lagos, Estoi, Loulé, Olhão, Albufeira e Almancil), assim como de Alcobaça (existindo fortes laços de companheirismo entre os dois clubes) e de outros países (Espanha, Brasil Grã-Bretanha, França, etc.) e autoridades regionais e de instituições locais, esta novidade que foi acompanhada por sentidos e vibrantes aplausos.
A referida rotunda tem a forma oval e, como foi explicado, o ovo é o símbolo da vida e esta para sua continuidade, esperança e futuro, tem que assumir a PAZ como caminho a prosseguir. Nela figurarão também para além da saudação rotária já existente por esse mundo em fora nas terras dos mais de 35 mil clubes em 215 países, que concretizam no quotidiano o ideal do fundador Paulo Harris e que já existiu em Faro (entre o Palácio da Justiça e a sede da Região de Turismo do Algarve) e foi barbaramente destruída, as referências às associações que na capital sulina (‘mais beneficia que melhor servir’)
Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo acordo ortográfico
João Leal