terça-feira, 26 de abril de 2011

COMENTÁRIO AO MESMO TEXTO
RETIRADO DO BLOGUE
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.


Por julgar ser interessante comparar ideias, aí vai.

"Os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes (...)"

Isto acontece um pouco porque não há brio em ser político. Já existe há muito tempo uma imagem generalizada de que o político é mentiroso e corrupto. É encorajado a mentir para ganhar votos, e não é punido quando o faz. Não há honra em ser político.

É curioso que a classe que tem a maior das responsabilidades - que é governar - é a menos respeitada na sociedade. Há, portanto, uma tendência para os mais competentes se estabelecerem e singrarem noutras áreas, onde há real prestigio, enquanto os mais medíocres se acumulam em grupos (vulgo partidos) e "esperam a sua vez" pelo controlo da nação. É certo que há excepções...

"(...) não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos."

Se a democracia pré-fabricada não ganha força, é porque já não se adapta às vontades e necessidades da sociedade, e portanto um novo paradigma democrático é necessário.

"(...) a ignorância de uma população deixada ao abandono (...) não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país."

Falta a iniciativa. Falta vontade de mudar para melhor. As pessoas não se querem chatear muito. Se a senhora na televisão diz que é assim, é porque deve ser assim. Felizmente que este fenómeno tem tendência para diminuir, graças à internet.

Veja-se o caso dos islandeses que se reuniram todos os dias à porta da assembleia, mandaram o governo abaixo e elegeram uma nova assembleia independente. Eles não foram na cantiga de pagar pelos erros do sistema bancário.

Aqui está um homem lúcido. Desde a corrupção inerente ao sistema partidário, ao peso excessivo das forças armadas no orçamento, à falta de imparcialidade dos media, à falta de discernimento e proactividade na sociedade, este senhor acertou em tudo. Os últimos dois parágrafos são perfeitos.

Num à parte, fico impressionado como é que alguém de fora de Portugal pode ter uma imagem tão nítida (mesmo para um cidadão informado) sobre o estado do nosso país.

21 de Abril de 2011 10:14

Recolha de
JBS

Nota:- por achar que era um tanto extenso, como comentário ao texto de Jaques Amaury, publico em post. (Recebido hoje - 26/4 - às 1045)
RC.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mano.

Concordo.

Ob.
JBS

Anónimo disse...

Mas alguém já ouviu falar neste "conhecido filósofo e sociólogo"?

Na net, nem consta ...

Nesta época vale tudo. Então se vier de "fora" passa a verdade inquestionável e sábia crítica !!

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Meu caro anónimo
Se o seu comentário se refere a JAQUES AMAURY, deu uma pedrada no charco.
O texto em causa, deste filósofo francès, está lá, na net.
Rogério Coelho