sexta-feira, 10 de julho de 2015

CRÓNICA DE FARO



Em prol dos mais fragilizados

Mais de 25 toneladas de alimentos e uma verba superior aos 8 mil euros em dinheiro são referências do extraordinário trabalho generoso, gratificante e fraterno desenvolvido, no ano findo, pela Conferência Beato Nuno de Santa Maria da Sociedade de São Vicente de Paulo , em “favor dos irmãos mais pobres” na cidade de Faro.
Desde há muitas décadas que esta cruzada de bem fazer se desenvolve no silêncio do gesto acontecido e do coração repartido, “sem que a mão direita veja o que a esquerda dá” levando um lenitivo para os que mais precisam e, infelizmente, cada vez são mais. Prova-o a quase duplicação de valores em relação ao ano de 2013 numa galopada de necessidades que, não antevemos, quando conhecerá o desejado e almejado retrocesso.
Trata-se de gente generosa e humana, não raro no singular processo desenvolvido pelo seu presidente, Silvério Reis, a quem pedimos desculpa pelo destapar da sua pessoa no comando deste obter de meios estendendo a mão à porta das igrejas e com outros contributos, entre os quais do Banco Alimentar Contra a Fome no Algarve, que se entrega plenamente ao exercício do mais fraterno dos mandamentos cristãos e humanos. Nada de subsídios ou apoios oficiais que inclusive, lhes tem sido batida a porta na cara, quando o solicitam para puderem desenvolver a “loucura de mitigar a fome de quem a têm” ou seja, neste caso concreto a 170 famílias residentes na capital sulina.
Aqui, como noutros campos sociais ou associativos, faltam “obreiros para a messe”, que o mesmo é dizer voluntários que queiram prover às carências de trabalho humano no solicitar da “esmola para os pobres socorridos pela Conferência de São Vicente de Paulo”, no carregar dos alimentos e produtos cedidos, no repartir e no entregar em cada lar.
Como refere o relatório dos vicentinos farenses “lamenta ter cada vez menos trabalhadores efectivos”, apontando que “sótem sido possível prestar a ajuda porque tem contado com muitos voluntários sem – abrigo que colaboram concretamente na carga e descarga de alimentos, sendo simultaneamente beneficiários a quem a organização ajuda sempre que precisam”.
Uma obra tão pouco conhecida dos farenses e dignade ser apoiada, compreendidae aceiteesta que aqui referimos e que, fundada em Paris (1833) por um grupo de estudantes lideradospelo Beato Fredéric Ozanam se estabeleceu em Portugal no ano de 1859.
João Leal

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