CRÓNICA DE FARO
“Quem és tu Algarve?”
Foi esta a pertinente questão colocada pelo deputado
algarvio Dr. Cristóvão Norte na conferência que proferiu em reunião do Rotary
Clube de Faro, acrescentando-lhe o oportuno complemento de “Reflexões
Contemporâneas”. Trata-se de um tema de premente atualidade, que todos nos
temos colocado, ou em reuniões ou em diálogos com nós mesmos, ao analisarmos a
realidade da Terra Mãe – aquilo que ela foi, o que é em nossos dias e quais as
perspectivas que se lhe deparam.
Presidida pela Arqª Teresa Vieira, presidente dos
rotários farenses, que afirmou “viemos discutir o Algarve como Região que tem
sido governado de forma descomprometida”, envolveu a presença de entidades
oficiais e convidados, bem como de elementos dos clubes de Loulé, Estoi
Internacional e Lagos do movimento iniciado em 1904 por Harry Chandler, em
Chicago. Esta reunião que contou com 85 participantes revestiu-se também de um
cunho solidário já que a receita apurada se destinou a apoiar as vítimas dos
incêndios florestais, no último verão, em Monchique.
Licenciado em Direito (Universidade Católica
Portuguesa) e Economia (Universidade do Algarve), com uma pós-graduação pela
Universidade do Porto, o orador apontou que o tema – “Quem és tu, Algarve? –
Reflexões Contemporâneas” suscita muitas dúvidas e interrogações.
Começando por dissertar sobre a evolução do PIB em Portugal e no Algarve, desde 2011 (a crise financeira de 2009, a bolha do imobiliário com elevados transtornos na vida social e na economia regional, o desemprego, etc.) destacou a circunstância das crises no quinquénio 2013/18, afirmando que: “o Algarve cresceu sempre mais que o resto do país e foi a única região em convergência com a União Europeia”.
Começando por dissertar sobre a evolução do PIB em Portugal e no Algarve, desde 2011 (a crise financeira de 2009, a bolha do imobiliário com elevados transtornos na vida social e na economia regional, o desemprego, etc.) destacou a circunstância das crises no quinquénio 2013/18, afirmando que: “o Algarve cresceu sempre mais que o resto do país e foi a única região em convergência com a União Europeia”.
Falou sobre o turismo e o fator “low cost”, referindo
que “o Algarve tem uma estrutura económica fortemente especializada e uma débil
integração do setor dominante com os demais setores conexos, a par de uma baixa
produtividade e precariedade laboral, com insuficiente aposta na investigação e
sofrendo, por tal, choques exógenes”. Apontou a necessidade de se apostar no
mar, nas energias renováveis, na saúde, na demografia, no complexo
agro-alimentar e na floresta, o que evitaria as crises cíclicas do turismo, que
é preciso continuar a crescer. Lamentou a sempre adiada questão hospitalar
(“fico triste por não termos o novo hospital, o que constitui uma profunda
machadada na lógica legítima dos interesses da região”). Duas afirmações com
elevada atualidade: “a regionalização é da maior importância para Portugal” e
“o que peço ao Governo é que considere a saúde no Algarve como questão
nacional”.
João Leal
IN JA
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