segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DIA DA RESTAURAÇÃO




COMEMORAÇÃO DO 1 º DE DEZEMBRO DE 1640


A morte de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, sem deixar descendência e outras motivos de natureza vária que não cabem neste pequeno resumo, concorreram para a perda da Independência de Portugal. Sem um sucessor directo, a coroa passou para Filipe II de Espanha.

Este, aquando da tomada de posse, nas cortes de Leiria, em 1580, prometeu zelar pelos interesses do País, respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais. Com o passar do tempo, essas promessas foram sendo desrespeitadas, os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de subalternidade em relação a Espanha.

Esta situação leva a que se organize um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde estão presentes elementos do clero e da nobreza. A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Paço da Ribeira, onde reside a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, mata o seu secretário Miguel de Vasconcelos e vem à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal.

Termina, assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal. A revolução de Lisboa foi recebida com júbilo em todo o País. Restava, agora, defender as fronteiras de Portugal de uma provável retaliação espanhola. Para o efeito, foram mandados alistar todos os homens dos 16 aos 60 anos e fundidas novas peças de artilharia.

NACIONALIDADE

Desapareceu D. Sebastião em Álcácer Quibir
Numa batalha estúpida; sem pés nem cabeça
E sem saber o País o que fazer nem para onde ir
Foi assaltado por Filipe II e a desgraça começa

Nas cortes de Leiria em 1580 o desgraçado Rei..
Falou e disse: o País será por nós respeitado :
Foi tudo feito ao contrário tanto quanto eu sei
Deixando o País esgotado e o povo revoltado

E a 1 de Dezembro de 1640, 40 fidalgos vieram
E limpando o cebo ao Vasconcelos restauraram
A independência nacional e começámos de novo.

Dos 16 aos 60 foram todos chamados p´ra guerra
E com esta dedicação a Pátria assim se encerra
O período mais negro da nossa História diz o povo.

Publicação de
João Brito Sousa