quarta-feira, 22 de abril de 2009

QUE NINGUÉM SE ESQUEÇA QUE ESTA MULHER É POETISA E COSTELETA


MARIA JOSÉ FRAQUEZA

É injusto não reconhecer
O trabalho gigantesco desta mulher
Que um estudo atento requer....
Para que se perceba o trabaho que faz
Às vezes até me pergunto como ela é capaz
E penso até que o dia para ela
Tem muito mais do que vinte e quatro horas
Ela faz tudo e bem feito e ninguém diga
Que o que ela faz não presta para nada
È uma opinião errada
Porque a Maria José Fraqueza
È uma artista premiada
INTERNACIONALMENTE
Portanto não é hora de brincar
Mas sim de brindar
Pelos feitos dessa mulher que na arte
É gente
De primeira qualidade e eu vi isso
No palco em Santa Bárbara de Nexe
Era Dezembro
Ou Janeiro .. não me lembro
Os artistas subiram ao palanque
Música clássica, instrumentos ricos
Violinos, harpas.... sei lá ...
E a Maria José a comandar
Ela , figura imponente com a varinha na mão
A orientar e a marcar
O passo... e nesse dia a essa hora até chovia
Mas o espectáculo não se perdeu
Entrou dentro da alma das pessoas
Um bocadinho melhor
Do que as quentes e boas
Outonais.
E tanto que fica para dizer da Maria José...
Tanta, tanta coisa mais...
Mas há uma que não custa nada
È dizer
MARIA JOSÉ... obrigada.

JBS

ELA POR ELA PRÓPRIA

Quando as rosas começaram a florir... nasci na Fuzeta, terra sem jardim, mas para mim, um jardim que Deus plantou à beira-mar. Foi no dia 8 de Maio de 1936. Mas como as rosas têm seus espinhos, e como o mar também tem os seus vendavais, a vida fez com que eu nem sempre navegasse num mar de rosas e acabei por perder o meu pai com 4 anos de idade. Incentivada pelo meu padrinho pude fazer, numa época difícil, o Curso Comercial na então Escola Tomás Cabreira, onde comecei a cultivar o gosto pela Poesia.


Fiz então o meu primeiro soneto para um jornal de parede, cujo título me recordo: “Não fujas depressa Infância”. Tinha então 14 anos. A partir daí, à medida que aumentava os meus conhecimentos de Poesia, não mais parei de escrever, mas escrever com o coração.

Sou professora do Ensino Secundário aposentada; exerci o meu cargo na Escola C+S Dr. João Lúcio.

Esposa, mãe e avó. Para além da profissão docente, desenvolvi a arte da escrita, fazendo poesia, escrevendo contos, peças de teatro, artigos e crónicas para alguns jornais regionais.

Estou inscrita na Sociedade Portuguesa de Autores. Tenho sido membro de júris de Concursos Literários/

/jogos Florais - Marchas - Charolas - Traje, etc. Dirijo os jogos Florais da minha terra, há seis anos consecutivos.

Participei e organizei diversos Encontros de Poetas Populares, promovidos pela APPA e no I Encontro de Poetas do Algarve, organizado pelo Inatel, em Albufeira.

Tenho dado colaboração nalgumas Rádios da nossa província, em programas de poesia e teatro radiofónico. Igualmente, tenho poemas musicados e gravados em disco.

Dei apoio literário a muitos poetas. Fiz revisão de livros de poesia de oito poetas algarvios e da II Antologia "Poeta é o Povo" - editada pela Associação de que fui presidente do Conselho Fiscal.

Colaborei na Rádio durante oito meses, num espaço que me foi destinado, a que dei o nome de ESPAÇO POÉTICO apenas dedicado à divulgação de Poetas Algarvios.

Colaborei no jornal O Farol editado na escola onde leccionei. Colaborei no jornal Byte-Papo, publicação do Pólo Minerva - Universidade do Algarve - Escola Superior de Educação - Faro.

Ao longo da minha carreira, tenho escrito e ensaiado algumas peças de teatro, que apresentei a público, nalgumas escolas por onde passei.

Resta-me dizer, que faço parte de um grupo artístico de teatro da minha terra - o CAF. Sou associada na Asorgal. Faço parte da secção cultural do Elos Clube de Faro, onde tenho feito alguns recitais de poesia.

Amo a minha profissão e a Poesia.

(Adaptado da Autobiografia apresentada na obra Vendavais da Alma)

Maria José Fraqueza tem sido galardoada com centenas de distinções internacionais, dos quais se destacam:

Galardão de Poeta Trovador do Século - Rio de Janeiro - Brasil

Troféu de Prata de Personalidade internacional "Intelectuais de 1998", atribuído pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil - S.Paulo

Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Portugal

Prémio Fra Urbano della Motta, atribuído pela Academia Internazionale "Il Convívio - Castiglione - Sicília - Itália

- Elemento do júri no I Concurso Internacional de Poesia Clássica e Moderna da Sociedade de Cultura Latina do Brasil - Mogi das Cruzes - São Paulo - Brasil, em 4 de Junho de 2005.

- 3º Prémio atribuído ao Livro - Vendavais da Alma - Concurso promovido pela Academia lnternazionale - "IL Convívio" - Castiglione - Sicília - Itália, em 12 de Outubro de 2005.

À Terra que me Viu Nascer

Fuzeta do meu encanto,
Beijada pelo Rio Eta...
De espuma teu lindo manto
Fuzeta, quero-te tanto...
És o sonho do poeta!...

O mar, o teu belo rio...
Alma da terra algarvia
Vai correndo ao desafio
Cantando a canção do estio
que te dá cor e alegria!

O Algarve do mar dourado
Pela ria te dá um beijo
Ternura de namorado,
Meu paraíso sonhado,
deste amor em que te vejo!

Terra-Mãe, quanta emoção!
Minhaternura infinita!
Da Bela Armona de Olhão...
Trago-te no coração...
E a poesia me visita!
Minha terra sem jardim
A vida te perfumou...
Com alga do mar sem fim
A esperança dentro de mim!
Um sonho me ficou!

Farás dos meus simples versos
Flores a desabrochar...
O teu jardim é o mar,
Que te enche os universos
De flores que tens p’ra dar!

Do céu a tonalidade...
Tapete de cor anil!...
A mais bela claridade!
És clara manhã de Abril...
Um hino de Liberdade!

Porque o mar o teu quartel,
É grande na liberdade...
E na sua imensidade,
Tu venceste o mar cruel,...
Com a tua heroicidade!

Com a minha alma algarvia,
À terra que me viu nascer
Aqui estou p’ra lhe oferecer
Meu tesouro de poesia...
Meu Amor sempre a crescer!


O MEU SONETO PARA TI


Não Fujas Depressa Infância


Tanto que nós sonhámos ó infância
Tanto que eu te disse para que ficasses
Mas consideraste isso sem importância
E foste embora sim sem que reparasses

Que ficaria isolada, desgraçada e triste
E que as noites eram mais longas agora
E que a vida galopa e que a ela nada resiste
Às vezes o meu coração repara nisso e chora

Ó minha infância que tens o tempo que tens
E quando um dia te chamo já aqui não vens
Porque consideras isso uma insignificância

Mas não percebeste ainda ó amiga e camarada
Que, afinal, tu sem mim pouco vales ou nada
Eu bem te disse: “Não fujas depressa infância”

JBS

texto de
João Brito Sousa