terça-feira, 1 de dezembro de 2009

RIR… NÃO É O MELHOR REMÉDIO!

Introdução

Não há dois sem três. Este não é por imposição do João Brito de Sousa. Saiu-me, porque o Palmeiro e o Diogo pediram mais. E é verídico!

Como afirmei nalguns textos que escrevi, frequentei a Escola Industrial e Comercial Tomás Cabreira, nos anos 40, com início em 41 ou 42 não me lembro. Além dos colegas da turma que recordei no texto “O Aparo de Cana”, relembro o José Grade e o Amável. A memória vai trabalhando…
Naquele tempo, quando faltava um professor, a “malta” corria para o “estádio do Largo da Sé”, para disputar aqueles grandes e importantes “derbies”, a pontapear com a “trapeira”. Trapeira que era feita com as meias da mãe que surripiávamos sem ela dar por isso.
Naquele dia, em que faltara um professor, a “malta” dispersou-se na direcção do Jardim Manuel Bívar, descendo a rua do Município. Como não me apetecia ir naquela direcção resolvi subir a rua. No Largo da Sé nem vivalma. Pensei então, como gostava muito de ler, entrar na Biblioteca Municipal.

A Biblioteca

Entrei na biblioteca; o silêncio era absoluto. Três ou quatro pessoas sentadas a ler. Dirigi-me à bibliotecária e perguntei “posso escolher um livro para ler”? Na resposta perguntou-me se tinha cartão de leitor. Respondi que não, que era a primeira vez que ali entrava. A senhora entregou-me um impresso para eu preencher e me ser entregue um cartão de leitor, podendo então permanecer dentro da biblioteca, ler ou requisitar livros aprovados para ler em casa.
Depois de cumprir o solicitado e identificado, dirigi-me às estantes procurando algo que me interessasse. Não me recordo o título mas o nome do livro deu-me a entender que seria algo atraente. Solicitei o livro junto da bibliotecária que me entregou dizendo que só o poderia ler ali, não podendo levar para casa.
Sentei-me numa das mesas e iniciei a leitura. A obra continha contos tradicionais cheios de humor, que incitavam a uma boa disposição e a rir.
Recordo o que narrei no texto o “Aparo de Cana”, as gargalhadas do Otilio Dourado tinham provocado em mim o vício do sorriso ruidoso.
E, à medida que ia lendo as histórias, o “sorriso” fazia-se ouvir dentro da biblioteca.
A bibliotecária fazia “cheeeeee”, eu olhava para ela rindo e via o seu dedo indicador encostado aos lábios, no sentido vertical. Dava para perceber. Acalmava e, abrindo de novo o livro, lá estava outra história em que o riso já gargalhava com mais ruído. E, junto de mim, estava a bibliotecária a sussurrar-me “não podes fazer barulho, estás a incomodar as outras pessoas”. Eu respondia que sim, que faria os possíveis.
Mas as histórias eram infernais e a gargalhada repetiu-se, desta vez com uma sonoridade inconcebível.
Do gabinete sai em passos largos o Dr. “Chouriço”, Director da biblioteca, com a bibliotecária no seu encalço, olha para mim e diz:
- Ponha-se na rua!
E voltando-se para a bibliotecária:
- Este senhor fica proibido de pôr os pés na biblioteca. Retire-lhe o cartão. Nunca mais cá entra!
Dá meia volta e regressa ao gabinete.
A bibliotecária olha para mim e em voz baixa:
- Entregue-me o cartão.
E a minha vida como leitor da biblioteca foi efémera.

Moderador

DO CORREIO

Sobre Educação Espartana.

Esparta localizada numa região de terras apropriadas para o cultivo da vinha e da oliveira na Antiguidade, nunca desenvolveu uma área urbana importante!.

Constituída no Século IX a.C . O problema gerado pelo aumento da população e escassez de terra o governo de Esparta optou por fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e autoridades, com treino, organização e disciplina intensivos e nunca vistos até então.

De acordo com uma frase célebre de Demócrito de Abdera "Tudo que existe no universo é fruto do acaso e da necessidade“ !

Como a Historia não se Repete!
Ao longo dos tempos diversas situações podem ter algumas semelhanças com acontecimentos passados pela existência de pontos em comuns, o que não tira a identidade dos factos!
Se generalizou conceitos em que o Espartano é aplicado para designar uma filosofia de vida optado de forma individual ou por grupos com comporta-mentos e hábitos austeros!

A frase de "a educação espartana, não terá mais por fim seleccionar heróis, mas formar uma cidade inteira de heróis – soldados prontos a devotarem a sua vida à pátria" (Marrou, 1966: 36).

Demonstra a especificação da Educação espartana!

Bons soldados, nunca representou a invencibilidade de qualquer exército!
na mesma forma que uma equipa com os melhores jogadores de futebol no Mundo pode perder para outras com poucas estrela!

A nossa professora de Português no ciclo cujo nome não me recordo, há quase 60 anos falou para os alunos que os maiores gênios militares de sempre foram Alexandre o Grand. Napoleão Bonaparte e o nosso Afonso de Albuquerque!? ( até há data não encontrei forma de contestar! ) .

A minha Cultura pessoal considero-a dentro de uma classificação Medíocre ! No entanto poder ter a faculdade de publicar aqui no Blog alguns artigos me permite conviver com os “Costeletas“ mais Ilustres e Cultos do meu tempo, aproveito para agradecer as referências que tem feito sobre os mesmos.
Já que sempre ouvi a frase de: que a melhor forma de aprender é com quem tem mais conhecimentos que nós!

Saudações Costeletas.
António Encarnação

QUE PORTUGAL QUEREMOS?


Que Portugal queremos? (continuacao)
Caros colegas e amigos, nao creio sair das normas do nosso blog ao voltar ao tema. Metermos a cabeca na areia nao resolve nada. Então porque nao falar do que nos preocupa?
Ontem, ja' no adiantado da noite,recebi uma mensagem de SMS, era do nosso dr Brito de Sousa, para mim o Joao Manuel e,era uma mensagem telegrafica,sintetica,"estas vendo o "pros e contras"?... Nao,nao estava, vivendo do outro lado do Atlantico, os programas da nossa RTP, a nao ser os noticiarios,nao sao sincronizados com o que se ve' ai no cantinho... veem mais tarde. E, vi mais tarde. Era sobre economia. Nao me trouxeram aqueles senhores nada de novo. Eu havia escrito aqui neste nosso "lugarinho" e com palavras mais modestas a mesma coisa. Quem viu o programa e quem leu o que escrevi deve chegar a essa conclusao. Modestia a' parte.Todos vemos o que esta mal. Eu (desculpem,estou sendo egocentrista com este eu) tenho essa impressao. O que passo a dizer ja' o tinha escrito antes como alias disse em comentario ao colega Mauricio.
A verdade nua e crua e' que nao pode haver Democracia sem sustentabilidade econo'mica. Portugal nao tera credito externo,neste momento tao necessario como "o pao para a boca" se nao oferecer um governo que de' garantias de estabilidade politico-social, assente em formacoes democraticas.
Os "politicos profissionais" recusam o imperativo patriotico de rever a constituição da republica.
Levam, assim, Portugal para o fundo. Pelo seu egoismo e falta de sentido de Estado de nao quererem perder a face, ao reconhecerem que o sistema politico "deles" situacionistas e que defenderam erradamente uma vida inteira, afinal falhou.
O "ego "deles, situacionistas, sobrepoe-se ao interesse nacional.
A Educacao e' uma vergonha.
As escolas, mero deposito de gente. Inclusivamente dos que nao querem estudar. Sem exigencias no conhecimento, nos valores do trabalho e da disciplina democratica,sem cultura, ignorando a lingua e a nossa historia. Sem exigencia na aprendizagem da matematica,da fisica e das linguas tao necessrias no mundo global que quer queiramos quer nao estamos inseridos.
E' uma educacao armazenista que nem sequer cria alternativas profissionais onde sao tecnicamente necessarias. E' a demagogia de tudo ser doutor mesmo que fique desempregado.
E, dizer isto nao e' ser contra um servico nacional de educacao. Este tem de ser diferente para muito melhor, a par da existencia de condicoes para o ensino privado com liberdade de escolha de opcao para as familias.
Ja' vou demasiado alongado. O tema e' vasto, visto de aqui ainda ha' muito para dizer.
Prometo voltar se o "moderador" deixar passar este. Se não, paciencia!.. expuz o meu ponto de vista. Nao e' de certeza o de todos. Aceito sempre outras ideias e, estou pronto para dar a mao a' palmatoria se me provarem errado.
Um abraço a todos.
Diogo
(O moderador sabe ver e sente. Só não vê quem não quer ver, porque não sente.)

POSTAL ILUSTRADO

Faro
FOTOS ALGARVIAS
Enviada por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Dezembro – 1 – Terça feira

* Dia mundial de luta contra a AIDS/SIDA

1640 – Proclamação da Restauração da Independência de Portugal , após 60 anos de domínio Castelhano;
1868 – Fundado, no Porto, o Jornal Primeiro de Janeiro;
1954 – Inaugurado, em Lisboa, o estádio da luz do Spor Lisboa e Benfica, substituído por um novo recinto, junto do mesmo local em 25.10.2003;
1960 – Independência da República Centgro Africana;
1975 – Proclamação da República Popular do Laos;
1997 – Representantes de 170 paises reúnem-se em Quioto, Japão, na terceira conferência de signatários da Convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

Frase do dia: - Só é digno da vida e da liberdade quem todos os dias se esforça por as conquistar (Goethe)

Rogério Coelho
ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS
Fazem anos na 1ª quinzena de Dezembro
01 - Bertília Maria Rilhó Sousa Rodrigues Pereira. 02 - Esmeralda M.M. Carmo Bolas Soares. 03 - João Sabino Ladeira 04 - Alberto Afonso Cavaco; Olinda Maria Revés Celestino Lino Torres; Rosália da Conceição Correia Fernandes dos Santos; Maria Vitória Ramos Raposinho Rosa da Cunha; Ana Bela Soares de Mendonça da Silva. 05 – Maria do Carmo Santos Cabrita Oliveira 06 - Manuel Martins Felizardo. 08 - José Conceição Mendonça Contreiras; Eduardo Concei-ção Pires; Maria Amélia C. Sebarrinha D. Fernandes; Francisco Gago Assunção; Rosélia Conceição Correia Fernandes Tomás; Tomé da Conceição Apolo; Manuela Conceição Verissimo Bernardo Cavaco. 09 – Rosa Maria Machado Martins. 10 - Maria de Fátima Ferro da Costa; Olinda Maria Grade da Silva. 11 - Vítor Manuel Gomes Palma. 12 - Ângelo Leal Costa; Valdemiro Pinheiro Bispo. 15 - Maria Filipe Vieira Sousa Guerreiro; Manuel Justino da Conceição Pedro.

CANTINHO DOS MARAFADOS

POR ONDE ANDAM AS NOSSAS MENINAS?


Fui procurar e salvo duas honrosas excepções, refiro-me às ilustres costeletas, Maria José Fraqueza e Maria Romana, não encontrei mais nenhuma, pelo menos nos tempos mais recentes.
Quando se trata destes assuntos, eu sempre gosto de ouvir a opinião do meu compadre Chico do Carapetal.
Fui ao cerro onde costumamos conversar, mas não o encontrei. Lobriguei de longe as ovelhas no redil e pelo adiantado da hora e do frio que fazia, calculei que já estaria no monte em volta do lume.
Dirigi-me ao monte e verifiquei que não me tinha enganado. O meu compadre estava sentado numa cadeira baixa, de bunho, recostado de forma que a cadeira só tinha os pés de trás assentes no chão, as botas caneleiras de sola grossa e cardadas, compradas na última feira de Castro, estavam quase em cima do lume.
Do outro lado do borralho e em cima de uma trempe estava metade de uma linguiça (fabricada lá em casa mesmo, no dia a seguir à morte do porco criado no monte com as bolotas de 6 azinheiras que resistem ao tempo), espetada num garfo, a assar.
A minha comadre veio a correr, atender à chamada do Chico.
-Traz uma cadeira aqui para o compadre e bota noutro garfo a outra metade da linguiça.
-Ai Chico que vergonha que me fazes passar!
-Mas porquê? Indaga o Chico;
-É que eu era para ter cozido hoje, mas tive que ir apanhar o resto das azeitonas e cheguei tarde, o pão que tenho foi cozido há 5 dias.
-Comadre não se preocupe, o seu pão com 5 dias é melhor do que o de hoje das padarias da cidade, acrescentei eu, sem fazer qualquer favor, porque era a verdade.
Veio o pão, o vinho e uma tigelinha com azeitonas, acabadas de adoçar. Veio também um canivete para ajudar a cortar o pão e a linguiça, um pano que dava para os dois limparmos os “gadanhos”.
Ao fim de 1 hora de boa prosa, com a agricultura em primeiro plano, os subsídios, os preços de miséria pagos pelos produtos cultivados, o veneno lançado à terra e aplicado nas culturas, numa tentativa desesperada de sobrevivência de uma actividade em extinção.
Finalmente o meu compadre deu-me oportunidade de explicar ao que ia, ou seja, ouvir a opinião dele sobre a ausência “das nossas costeletas”.
-Então o que te trouxe aqui hoje?
-Olha é o seguinte: Eu já te disse o que é ser costeleta, já disse também que temos um local na internet, chamado blogue, onde cada um escreve, histórias, umas verídicas, outras nem tanto, falamos de outros tempo, relembramos factos; como também te disse, politica não.
- Sim lembro de falarmos sobre isso. Mas continua:
Numa pesquisa que fiz concluí que as meninas quase desapareceram, não participam, o que achas?
-Se calhar vocês eram mais!
-Olha, havia de facto naquele tempo uma separação, meninas para um lado rapazes para o outro, mais tarde isso acabou, daí que não dava para contar, mas acho que a diferença não está aí.
Na minha rua as meninas eram mais que os rapazes, embora algumas fossem “bifas”, mas nós exercíamos, uma espécie de guarda, que quem não fosse da rua tinha que pedir autorização para namorar a menina, ou era corrido de lá.
Esta “lei” acabou no dia em que apareceu um tipo que começou a namorar uma garota chamada Ruth, filha de uma funcionária dos Correios, creio que o nome dele era Areias. Só houve ali uma pequena diferença, em vez de nós corrermos atrás dele, foi ele que correu atrás de nós. Era um “fortão” que não dava para enfrentar.
-Estive a ouvir-te e parece-me que não estás bom da “cachimónia”. Esqueces completamente que as meninas de que falas são hoje respeitáveis senhoras, muitas serão avós, que preferem contar as histórias que viveram, aos netos, do que publicarem lá nesse tal de “blogui”
-Blogue!
- Sim, que seja isso! Quem sabe os filhos, ou os maridos, não vão achar piada verem publicadas coisas que acham dever ficar a bom recato!
Talvez tenhas razão, compadre, mas eu vou fazer-lhes uma provocação e ao mesmo tempo um pedido!
Meninas, o que é isso? Tiveram todas más notas a Português? (Esta a provocação)
Venham, participem, tenho a certeza que o mediador vai publicar tudo, ajudem! (este é o meu humilde pedido)
Um abraço costeleta
António Viegas Palmeiro