quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ALMOÇO DE NATAL COSTELETA

NA QUINTA DA SENHORA MENINA
DIA 8 DE DEZEMBRO
INSCREVE-TE
O restaurante já está a pedir o número de inscritos
MUSICA PARA DANÇAR, AO VIVO
Menú
Buffet com dois pratos quentes
20 €
Troca de prendas
(Não te esqueças de trazer uma, compra nos 150)
Telefones de contacto
Mimi - 919367688
Isabel - 919029068
Isabel Coelho

BOAS FESTAS

PARA TODOS OS COSTELETAS
Recebido do Jorge Cachaço

CANTINHO DOS MARAFADOS

Quando se é inocente, olha-se para as coisas de maneira diferente


Um lavrador da Amareleja meteu-se no seu jeep, foi a um monte vizinho e bateu na porta. Um jovem rapaz de cerca de 9 anos, veio abrir.
- O teu pai está em casa? perguntou o lavrador.
- Nã senhori ele nã está, foi a Évora!.
- Bem! E a tua mãe está?
- Nã senhori, ela também não está aqui, foi com o mê pai a Évora!
- E o teu irmão Maneli, ele está aqui?
- Nã senhori, ele também foi com o mê pai e com nha mãe!
- O lavrador ficou ali durante alguns minutos, mudando de um pé para o outro e murmurando com ele mesmo.
- Posso ajudá-lo nalguma coisa? Perguntou delicadamente o rapaz.
- Eu sei onde estão as ferramentas se quiser alguma emprestada., ou talvez eu possa dar algum recado ao meu pai; acrescentou ele.
- Bem! Disse o lavrador com cara de chateado; eu queria falar com o teu pai por causa do teu irmão Maneli ter emprenhado a minha filha Raquel!
- O rapaz pensou por um momento: - Terá de falar com o pai acerca disso, disse finalmente.
- Mas se lhe servir de alguma ajuda, eu sei que o pai cobra 500 euros, pelo touro e 50 pelo porco, mas realmente não sei quanto é que ele leva pelo Maneli.

Um abraço
António Viegas Palmeiro

UM TEXTO...DIÁRIO, SEMANAL...OU DE VEZ EM QUANDO

UM MOMENTO DE REFLEXÃO

Durante o passado fim de semana resolvi hibernar e não abri o computador.

Na segunda-feira, e na habitual visita ao blogue, desejei continuar a hibernação. Alguns dos últimos textos e comentários colocados são, na minha modesta opinião, lugares comuns com alicerces muito frágeis e que resultam em crítica fácil e destrutiva.

O blogue também necessita de quem escreva sobre a vida portuguesa, noutra perspectiva. Falar das mutações de Portugal nos últimos trinta anos: Como mudou a saúde, a educação, a habitação, o desporto amador e profissional, os equipamentos desportivos e sociais, as regalias salariais e sociais dos empregados, as comunicações, as ciências e tecnologia, a cultura, as artes, o tecido empresarial, a mentalidade e os hábitos da grande maioria dos portugueses, o respeito por Portugal no mundo e em particular na Europa, a integração de centenas de milhares de retornados oriundos das ex-colónias, a posição cimeira de Portugal nas novas tecnologias, etc.
Devemos falar com ênfase, do que é regra e não da excepção.
Devemos falar positivo e não negativo. Deixemos de ser os "velhos do Restelo".

Um país com oito séculos de existência, com a riqueza da nossa história e participação no mundo, deve merecer maior patriotismo.
Devemos apoiar tudo o que foi bem feito, deixando de olhar só para o nosso umbigo.
Temos de ser solidários com todos aqueles que ao longo de décadas, abdicaram de parte da sua vida em prol do país...e são muitos. Esses merecem o nosso testemunho de gratidão e a melhor forma de o fazer é enaltecer o seu trabalho, não os englobando nos "outros" que, felizmente, são muito poucos. Aos últimos, devemos ignorá-los e não publicitá-los.

Pela nossa idade, experiência de vida e sobretudo por sabermos como era este país há trinta anos, é nossa OBRIGAÇÃO ajudarmos a melhorar o que não está bem, construindo e não destruindo. Meus caros costeletas, a escrita é um veículo de comunicação terrível, e deverá ser utilizado com rigor e honestidade intelectual.
Jorge Tavares
costeleta 1950/56

JÁ LA VÂO MAIS DE 100 ANOS

Sobre tudo aquilo que se tem falado, vejamos o que escrevia Guerra Junqueiro do comportamento do povo português; já lá vão mais de 100 anos, tal testemunho se aplica sem deslocar uma vírgula que seja…

“PATRIA – Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
(.) Uma burguesia física e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente tornado absoluto pela abdicação unânime do país…” IN - GUERRA JUNQUEIRO 1890

Moderador

Vejamos como mudaram os tempos...




Situação: O fim das férias.

Ano 1978:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.

Ano 2008:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia

Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.

Ano 1978:
Não se passa nada.

Ano 2008:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão

Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.

Ano 1978:
O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.

Ano 2008:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro
para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.

Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.

Ano 1978:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.

Ano 2008:
A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar,
O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal,
mesmo debaixo de chuva.

Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.

Ano 1978:
Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.

Ano 2008:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime
parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.

Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.

Ano 1978:
O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.

Ano 2008:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura
paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua
irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís
começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.

Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.

Ano 1978:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.

Ano 2008:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.

Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado 'chocolate' ao outro.

Ano 1978:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa.
Amanhã são colegas.

Ano 2008:
A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.

Situação: Fazias uma asneira na sala de aula.

Ano 1978:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'

Ano 2008:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.


É o que temos!
António Viegas Palmeiro

POSTAL ILUSTRADO

Carvoeiro
FOTOS ALGARVIAS
Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides
Dezembro - 2 - Quarta feira

* Dia Internacional para abolição da escravatura

1700 - Tropas Austríacas ocupam Bruxelas e esmagam a revolução;
1945 - Inaugurado o aeroporto de Pedras Rubras, Porto;
1956 - Fundado o Jornal Diário Ilustrado;
1964 - Incêndio destroi o Teatro Nacional de D. Maria, Lisboa;
1971 - Independência da Federação dos Emiratos Árabes;
1984 - Inaugurado, em Itália, um dos maiores túneis da Europa, com 10,2 quilómetros de extensão, na montanha de Gran Sasso, a Leste de Roma;
1997 - Tratado para a proibição total de minas anti-pessoais assinado, em Otava, Canadá, por 121 paises.

Frase do dia: - Quem é escravo do seu corpo não é verdadeiramente livre (Séneca)
Rogério Coelho