quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


REFLETINDO



Não conheço o costeleta, Jorge Tavares, mas permito-me fazer-lhe um pedido.
Ficar-lhe-ia muito grato se me conseguisse uma “carta de chamada” com visto de entrada, para o seu país.
Sabe, eu sou português, moro em Portugal e aqui é tudo ao contrário do que você descreve.
Deve ser muito bom viver num país como o seu, embora haja algumas coisas de que não gosto.
O que menos gostei foi o facto de vocês, assim como quem não quer a coisa, chamarem uns aos outros aldrabões, sim, porque para mim quem não é honesto, é vigarista, é aldrabão. (Tive o cuidado de ir consultar o velho dicionário, o Torrinha”.
Mas do mal o menos, a aldrabice é só intelectual.
Outra coisa que não me agradou muito no seu país foi o “devemos” várias vezes repetido, o “temos que” o “deverá ser”, escritos com uma convicção inabalável.
Parecem-me tiques pouco ou nada usuais em democracia, onde as pessoas deverão ser livres de pensar, falar e de ser o que muito bem entendam, desde que não ofendam, nem coloquem rótulos nos outros (intelectualmente desonestos).
Sabe meu caro, eu sou filiado num partido único, sou também o único militante, é o partido da minha cabeça (não é o da cabeça partida). Adquiri o “mau hábito” de pensar e nada faço sem consultar o chefe do meu partido e também dou aos outros o direito inalienável de pensarem pala sua própria cabeça.
Não quero mais ir para o seu país, fica sem efeito o meu pedido, continuo por aqui, apesar de todos os dias ao virar da esquina encontrar a miséria que no seu não existe.

Com um forte abraço costeleta para todos
António Viegas Palmeiro

ENSAIO SOBRE EMIGRAÇÃO


EMIGRAÇÃO

Causa e efeito.

Foram pelo menos três as grandes vagas de emigração portuguesas. Muito pode e tem sido dito e escrito sobre este fenómeno que não e' estritamente português. Os homens movem-se como a agua, procuram sempre o seu leito, o mais baixo ou mais profícuo. E sempre a causa e efeito os acompanha.

A nossa causa foi sempre a procura de uma vida mais abastada e desafogada, o fugir a' desfortuna.

A primeira onda dá-se ainda na segunda dinastia, a de Avis. O Norte de África, a África desconhecida era o apelo. Sabia-se que havia trigo! A "Ínclitica família” delineou um plano; a conquista primeiro depois repovoar a' nossa maneira sob a bandeira do cristianismo. Não correu muito bem no seu epilogo mas, muitos foram os portugueses de norte a sul que abandonaram as pobres aldeias na miragem de melhor vida embrenhados no Magrebe fazedor se sonhos e miragens.

A segunda "levada" migratória em massa acontece a seguir ao evento das descobertas ou encontro com novas paragens, mais ou menos povoadas mas que povoaram a imaginação das nossas gentes.

O Brasil, o sertão sul americano abria-se-nos, criaram-se "os bandeirantes",novamente as nossas aldeias se despovoaram. A segunda onda ai estava. Partimos de armas e bagagens em procura da fortuna ,sempre difícil, sempre miragem que nos fugia entre os dedos mas o sonho acompanhava-nos, a quimera vivia mais alem...era preciso agarrá-la. Alguns conseguiram, muitos mais falharam .O "el dourado"estava la', acenava-nos.

A conjuntura Europeia com o evento da revolução francesa alterou-se. A emigração descuidada, feita ao gosto e necessidades individuais ganhou nova forma. A corte e as suas elites ao refugiarem-se onde ate' então só a emigração procurava abrigo alterou o conteúdo, aumentou outro dado a' equação, o sonho de Nação independente e de emigrantes nasce. A génese dum pais novo ganhou vida.

Ao independentizar-se o pais necessitou de mais bracos, a hemorragia das nossas terras consumou-se e ficaram a um passo da desertificação humana. Mas um pais de emigração havia nascido. Filho nosso...nem sempre agradecido.

A terceira vaga dá-se durante a vigência do Estado Novo. As circunstancias de uma Europa, outra vez destruída por uma guerra, desta vez sem par em destruiçãode infraestruturas e perdas de vida, em influenciar-nos sem que entremos directa e activamente nela. Foram vinte milhões de Europeus que pereceram, na sua grande maioria jovens, os jovens que seriam necessários para a reconstrução. A Franca, Alemanha, Bélgica e Aústria receberam-nos de braços abertos mas nem sempre de coração.

Nasceu a "emigração a salto", aquela que se proibia sem se proibir...ao proibir incitava-se a' "partida" que trazia contrapartidas chorudas em divisa ao Estado Novo ja' decadente .A politica cega não soube avaliar e julgar os ventos de mudança que assolavam o "euromundismo".

A emigração não terminou ate' hoje embora tenha mudado de "cara".A globalização, a movimentacão de pessoas e bens não e' nada mais nada menos que a "outra" face da emigração.....E como me dizia um dia destes um amigo meu, da diáspora e costeleta de sucesso ,o Francisco Rodrigues do Poço Longo:

"os homens movem-se e encontram-se..as montanhas não!..."


Um abraço.
DIOGO COSTA SOUSA
JÁ É NATAL

Sinto no rosto das pessoas
E nas atitudes
O entrelaçar das mãos

Já vejo o sinal
De Natal

Gostava de ver, também
O mundo mais fraterno
Onde fosse sempre
Primavera!

E onde
Houvesse um abraço à espera

De todos nós
Porque todos ainda somos poucos
E de fraca voz.

Ainda nem todos sorriem

Nem sonham
Nem têm esperança
Enquanto noutros

A alma ri e até dança

Sejamos solidários
Era tão bom que pensássemos assim
E que eu tivesse a certeza
Que não seria mais ruim

De ti irmão,
Quero o tal abraço, forte e cheio
Com uma boa dose de felicidade
Pelo meio
Porque
Para ti e para todos
O meu voto é igual

BOM NATAL


JOÃO BRITO SOUSA

POSTAL ILUSTRADO

Faro
FOTOS ALGARVIAS
Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Dezembro - 3 . Quinta feira

* Dia Internacional da pessoa portadora de deficiência

1906 - Fundado, na Itália, o Clube Torino Cálcio;
1912 - Termina a guerra nos Balcãs contra a Turquia;
1972 - Avião espanhol despenha-se ao levantar das Ilhas Canárias, causando a morte a 155 pessoas;
1985 - Inaugurado, em Lisboa, o Museu de Etnologia;
1998 - Gravuras rupestres de Foz Coa são declaradas, pela UNESCO, Património Mundial.~

Frase do dia: - Não aceito nem recuso nada de modo absoluto; mas consulto sempre as circunstâncias (Confúcio).

Rogério Coelho

UM SANTO NATAL E UM MELHOR NOVO ANO DE 2010

PARA TODOS OS COSTELETAS E FAMÍLIA

Do Maurício Severo Domingues