quarta-feira, 4 de agosto de 2010



GOSTAVA DE VER AQUI,



Um texto do NORBERTO CUNHA que considero dos melhores prosadores que a Escola deu.

Falo com ele muitas vezes e está sempre preparado para dar uma aula, nunca se atrapalha e fala com a propósito sobre qualquer assunto, literatura, sobretudo. Mas também sobre filosofia, psicologia, sociologia, história e por aí fora.

Por isso gostava de o ouvir sobre o tema do J.A. Saraiva, a crise, onde eu, não estive muito bem no comentário que lá deixei, depois de ler o Diogo e o Montinho.

No fundo, tenho que dar a mão à palmatória e, num pormenor, concordar com o Saraiva, quando ele diz que a crise interna tem a ver com a nossa adesão à UE. Efectivamente, creio que as fronteiras não se abriram à livre circulação de pessoas e bens e outras coisas mais.

E aqui a coisa não deu certo, parece-me.

Outra coisa, gostava de deixar um abraço apertado ao Rogério Coelho, que faz o que pode para manter este ponto de encontro. È muito importante aprendermos a dialogar, ouvir os outros e sermos tolerantes. Quero-vos dizer que tenho aprendido muita coisa aqui em temos de relacionamento social.

E que venha o Palmeiro também.

E o Encarnação com os seus cozinhados.

E o Alfredo com os seus relatos de viagens.

E o velho amigo Maurício, duro como um raio mas de coração ao alto.

E venham todos os poetas que a Escola formou. Ser poeta é a coisa que mais me amacia a alma. Por isso, tragam-me a Maria Romana e o Augusto, o Casimiro e a Maria José e o Mário Zambujal, mais essa revelação última ali do Chelote que fez aquele poema das noras, o amigo José Elias Moreno.

Não conheço outro homem tão sereno.

E peço-lhes um minuto de silêncio, em memória desse grande poeta e homem da cultura e das letras que foi Luís Cunha.

Velha Escola que tanta coisa boa me deste.

Deixo-vos a todos um abraço.

JOÃO BRITO SOUSA