quarta-feira, 11 de agosto de 2010



COMENTANDO UMA NOTÍCIA
(VENDA DE ARMAMENTO)

O negócio de armamento, nas mais variadas épocas, foi sempre uma "mina" para muita gente, ilustres civis e militares que de um ou de outro modo, negociavam a compra e venda de material de guerra, novo ou usado, para depois os revender a outros países ou a movimentos de libertação de estados africanos do médio-oriente e até da América Latina .
Foi o caso de milhares de espingardas automáticas FN que vieram do antigo Ultramar cuja existência e destino pouca gente sabe.
Muito material de guerra foi aquirido nos Parques Americanos de armamento excedente e obsoleto da II Guerra Mundial, vendido como ferro vélho, que depois era reciclado e, por portas e travessas, ia parar às mãos dos guerrilheiros.
Constava na altura que algumas firmas recorriam aos serviços de operários epecializados da Fábrica de Braço de Prata,particularmente, para recuperar o armamento e até fazer alterações e beneficiar certas armas. Grande parte desse armamento era depois encaminhado por "corredores de venda"para a África do Sul e países Asiáticos, comprados a preço de oiro.
Fizeram-se grandes fortunas com esse negócio depois do fim da guerra e a ele estavam ligados elementos judaicos.
Até aviões eram vendidos pelos EUA, alguns ainda com grande capacidade de voar.
Lembro-me que há alguns anos vivia na Quinta da Marinha, em Cascais, já milionário, um antigo sargento paraquedista que em Moçambique, depois de desligado do serviço militar dirigia um lucrativo negócio de armas para o Médio-Oriente. Enriqueceu e com a guerra do Ultramar regressou ao seu refúgio em Portugal. Hoje, esses negócios são mais sofisticados, uma vez que a energia atómica requer outros esquemas como é o caso do Irão, Paquistão e outros .

A pistola metralhadora- " Styer ", que usei na India, era uma boa arma, muito robusta, com coronha de madeira, mas muito perigosa também porque a mola-recuperadora facilmente se distendia ao mais pequeno movimento no sentido vertical e armava a culatra.
A "FBP" era uma arma mais leve,de menos qualidade, com problemas no sistema automático que a tornavam também perigosa. Foi distribuida e usada pelo Exército Português , a partir dos anos cinquenta.

A "UZI", fabricada por Israel, mais pequena, podia ocultar-se facilmente no vestuário e tinha boas caracteristicas para ser usada por Comandos e Forças de Assalto . Esta arma foi aquirida pelo Estado Português muito sigilosamente, uma vez que as relações diplomáticas e o apoio dos judeus aos movimentos de libertação de Angola e Moçambique não permitiam um negócio
directo.
Outro país servia de intermediário, que as adquiria e vendia a Portugal, com muita confidencialidade, uma vez que o negócio era feito à revelia da NATO. A política internacional assim o exigia, ontem como hoje, e continuará pelos séculos fora !!

Muito mais haveria para dizer sobre esta matéria , uma vez que tudo rodava à volta do secretismo e o negócio de armas visavam sempre dar cobertura a grandes interesses políticos. O preço era coisa secundária.

Um abraço do Maurício S. Domingues
POLÍTICA, RELIGIÃO E FUTEBOL



Embora não tivesse participado na assinatura da escritura de constituição da nossa Associação, fiz parte do grupo inicial. O meu número de membro é prova factual do que escrevo.

O texto da escritura, não me recordo quem o redigiu, reflecte a pretensão da plena harmonia entre a família costeleta e para isso dele se eliminou todo e qualquer tema de carácter religioso e político.
Contudo, a essência destes dois temas fazem parte da nosso quotidiano. Na organização das sociedades actuais, politícos e sacerdotes convergem para proporcionar aos povos o bem estar económico, social e espiritual .

Perguntar-se-à então: Porquê omitir estes temas do convívio entre os costeletas?

Será que,por ignorância, não sabemos discutir estes assuntos ? Será porque não temos a inteligência de os discutir sem radicalismo de linguagem? Será porque quando os abordamos esquecemo-nos dos outros e só olhamos para o nosso umbigo? Será porque mantemos presente na nossa memória fantasmas do passado, de que não nos conseguimos libertar?

Não tenho respostas para estas perguntas! Os dois temas são demasiados fracturantes, na nossa sociedade em geral e no nosso blogue em particular.

Todavia, termino este meu pequeno texto lembrando alguns costeletas que a nossa farda escolar era o fato-macaco de ganga azul e que hoje, mesmo vestindo fatos de alpaca, complementados com gravatas de seda, aquela farda estará sempre sob esta farpela sofisticada.

Para ajudar a esclarecer alguma curiosidade inerente a este texto ou anteriores, e fugindo dos temas em apreço, aproveito para esclarecer que, se fosse jogador de futebol jogaria a defesa central ...não sou benfiquista, mas sou um apreciador do jogador DAVID LUIS, pela suas qualidades dentro das quatro linhas.

JORGE TAVARES
COSTELETA 1950/56
DE CÁ..... PARA LÁ

inéditos do poeta ALEIXO

---Sabes quando me convenço
---A pensar como tu pensas?...
---E quando tu me convenças
---Que pensas tal como eu penso.

-------------------------------------


---Mas como sei que não queres
---Pensar p'la minha cabeça..
---Tu pensas o que quiseres,
---Eu penso o que me apeteça.

Dos costeletas para os costeletas que divergem de opiniões
jorge tavares
costeleta 1950/56