domingo, 15 de agosto de 2010


CANTINHO DOS MARAFADOS


Um sujeito sente-se mal no meio da rua e é transportado por uma ambulância que passava, com a maior urgência, para o hospital mais próximo, uma unidade hospitalar gerida por freiras.
De imediato foi verificada a necessidade de ser operado ao coração, o que foi feito com êxito.
Quando acordou tinha a seu lado a freira responsável pela tesouraria que o informou que a operação tinha sido bem sucedida e que ele estava salvo, mas que havia um pequeno problema que era urgente resolver:
- Como o senhor pretende pagar a conta do hospital?
- Tem seguro-saúde?
- Não irmã!
- Tem cartão de crédito?
- Não irmã!
- Pode pagar em dinheiro?
- Não tenho dinheiro, irmã!
- Em cheque, então?
- Também não, irmã
- Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar a conta?
- Irmã, eu tenho somente uma irmã solteirona, que é freira, mas não tem nem um tostão.
Desculpe que o corrija, mas nós as freiras não somos solteironas, como o senhor disse, nós somos casadas com Deus!
- Óptimo! Então por favor mande a conta para o meu cunhado!

ASSIM NASCEU A EXPRESSÃO “DEUS LHE PAGUE”


Desconheço o autor circula por aí!
Um abraço
António Viegas Palmeiro




MAIS DO MESMO

De uma forma mais ou menos cíclica aparecem publicados e bem, artigos cujo objectivo parece ser o de calar, ou no mínimo reduzir, as vozes mais incómodas para os mentores da actual situação económica, politica, social e de direito.
Quando digo que esses artigos são bem publicados é porque entendo que todos temos o direito de manifestar a nossa opinião e nesse sentido o nosso colega Rogério tem tido um comportamento exemplar, inclusivamente dando as respostas adequadas no momento certo.
Parece-me absurda a insistência de que os Estatutos ou a escritura de constituição da nossa Associação tenha qualquer referência (o Rogério já disse que não) ou limitação sobre determinados temas, mas se tal acontecer é urgente a revisão, uma vez que é cometida uma ilegalidade que fere a Constituição da República Portuguesa. Não vou transcrever mas aconselhar a consulta do Artigo 37º (Liberdade de expressão e informação) da CRP.
Por vezes acho que não frequentei a mesma escola que alguns colegas, passo a explicar melhor o meu raciocínio:
- Nunca ouvi falar de unanimidade de ideias
- Nunca ouvi nenhum professor ensinar a obrigatoriedade de aceitar a mentira para reforçar o espírito costeleta.
- Entendo até como ofensivo à memória dos que já partiram e dos que estando ainda entre nós, deram o melhor de si para nos ensinar e educar em termos que certamente repudiariam pressões para a criação de tal espírito costeleta, na base de pressupostos da negação da Liberdade e do Livre Pensamento.
- Ensinaram-me sim que participar da mentira, divulgar ou nada fazer para que a verdade seja reposta é tornar-se conivente com a dita cuja.
O que é politica, escrever sobre politica ou fazer politica?
Será que denunciar a fome e a miséria, a corrupção, a má gestão dos dinheiros públicos, o “amiguismo”, o compadrio, a falta de vergonha na cara, a falta de honradez, a falsidade e a mentira, a falta de justiça, o alheamento da gravidade da situação, e muitas, muitas razões que seria exaustivo apontar, é fazer politica? Se é, então eu sou politico e escrevo sobre politica.
Alguém poderá explicar-me porque razão vários presidentes de Câmara, de todo o País confessaram que os orçamentos dos municípios a que presidem são falseados com números irreais, nas previsões da alienação de eventual património, que de antemão sabem que não será alienado, ou cujo valor real é muito inferior aos valores inscritos e até hoje, nada aconteceu? Não aconteceu nem vai acontecer (digo eu, que até sei como estas coisas funcionam). O que assusta neste caso é o facto do leque se estender da ponta direita à ponta esquerda (os casos públicos e confessados)
Alguém pode imaginar a existência comprovada pela Justiça, de corruptores, sem corrompidos?
Alguém com bom senso e de boa fé pode pretender gastar biliões que não temos, em obras faraónicas, só para satisfazer o ego dos governantes e o bolso de certas empresas (sempre as mesmas), comprometendo o futuro dos vindouros, até à quarta ou quinta geração. Ou pior ainda criando condições para uma bancarrota, que não se deve fazer esperar.
Por último e os últimos são os primeiros, a assustadora falta de segurança no País.
Os fogos e a falta de material para que os abnegados e heróicos bombeiros voluntários possam combater essa praga (aqui cabe uma pergunta inocente, porque os bombeiros municipais não participam no combate aos fogos?)
Os roubos, a violência contra pessoas e bens, o desrespeito generalizado, o número crescente de crimes, por meios cada vez mais violentos, o descaso (e bem) dos agentes da autoridade.
Digo bem, porque se um agente de qualquer das forças responsáveis pela segurança dos cidadãos, tiver a infelicidade de matar um bandido, nunca mais se livra da prisão, arruinando a sua vida e dos seus familiares. Como se não fosse suficiente, aparecem de imediato os defensores dos direitos humanos (e são tantos, os defensores) a que certa comunicação social se encarrega de divulgar de forma exaustiva.
E as vitimas? Onde estão os direitos das vitimas? Certamente enterrados com sete palmos de terra em cima.
Duvido que se as vitimas fossem filhos, pais, irmãos, cônjuges ou outros parentes próximos desses senhores, onde se inclui o juiz que os solta e o legislador que fabrica os abortos que permite ao juiz soltar, bem como os 230 senhores, confortavelmente sentados em cima do poder, certamente as coisas seriam diferentes.
Será que estou sugerindo uma ditadura? Não! Estou sugerindo, respeito, honestidade, a punição de quem prevarica, o fim da “rebaldaria” instalada.
Sei que não estou só nesta luta, embora saiba também que os interesses instalados são muitos e com muitos tentáculos também, mas enquanto eu puder lutarei.

Permito-me transcrever a resposta a uma pergunta feita há `escritora Rita Ferro, publicada na revista Domingo do Correio da Manhã na rubrica “face oculta” (Não tem nada a ver com outras faces ocultas).
Eis a pergunta; - PROJECTOS
Eis a resposta: - Além do livro que tenho em mãos, a prioridade é acordar os portugueses antes do despertador da bancarrota. Continua tudo a dormir, ninguém acredita que em breve passaremos fome.

Terminarei prometendo voltar, com uma citação de Ruy Barbosa (aconselho vivamente a quem não conhecer, a leitura da sua obra):
“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantar os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
e a ter vergonha de ser honesto.”

Finalmente mesmo, quem duvidar de muito ou de tudo o que afirmo, está convidado para um dia diferente. Um passeio por lugares que visito normalmente com amigos, mas que em nada são agradáveis. O almoço deverá ser um naco de pão com linguiça, podendo o jantar ser num restaurante. Deverá ser uma refeição ligeira, como convém a pessoas das nossas idades, mas também duvido que alguém tenha apetite ao fim do dia para um lauto repasto, mas se tiver mesmo assim, disponível para a jantarada não haverá problema, eu pago a conta.

Um grande abraço para todos

António Viegas Palmeiro