sexta-feira, 4 de março de 2011

Indignação? Não! Falta de cortesia...talvez.


Há precisamente três meses e uma semana, resolvi suspender a minha colaboração no blogue.
Os motivos que estiveram na génese desta minha atitude foram diversos e dispenso-me de falar deles, porque, a vida não anda para trás. O passado para além de servir para corrigir atitudes, só deve servir para fazer história.
Como já tive ocasião de escrever, a leitura do blogue faz parte dos meus hábitos diários. Obviamente que não podia ficar indiferente ao conteúdo dos textos e comentários, que durante este período foram publicados. Falou mais alto o espírito costeleta e eis-me de volta, a escrever um texto alusivo ao carnaval.
Fi-lo com suporte nas recordações duma época em que todos nós apenas nos preocupávamos em estudar e divertir, aproveitando a juventude que em breve se iria transformar em responsabilidades e compromissos.
Remeti o referido texto à Associação para publicação com conhecimento do Rogério Coelho, como costume. Prontamente fui correspondido e consequentemente, o texto publicado. Mas... e em tudo há sempre um mas, tive uma desagradável surpresa: O meu texto é publicado e em cima dele um "copia e cola" dum livro editado em tempos pela Farense e bife, Lina Vedes. Mas, e lá vem o mas novamente, não é um texto "normal", mas uma extensa cópia de 8 ecrans sucessivos para se poder efectuar a sua leitura.
Não quero utilizar a palavra indignação, mas quiçá falta de cortesia, quando no mesmo dia e no seguimento dum texto dum costeleta (goste-se ou não), se asfixia o mesmo com tamanha publicação.
O livro de Lina Vedes é interessante, como tantos outros livros de prosa ou poesia, e o blogue deve publicar.
Quando o deve fazer? Estas publicações tipo "copia e cola" deverão estar reservadas para períodos "mortos", isto é , quando não há participação de costeletas. Nunca, retirando ao texto de qualquer um dos nossos, a possibilidade de pelo menos durante algo tempo ser apreciado e comentado. Escrever não é fácil... e como já tive ocasião de dizê-lo em tempos, quem escreve fá-lo para ser lido, porque esse é o alimento do escritor.

jorge tavares
costeleta 1950/56
I N T E R L Ú D I O

“É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma, do que ter uma oportunidade e não estar preparado"

OPINIÃO




OS INTOCÁVEIS

Por João Brito Sousa



“Estudando não diria, meu caro, mas lendo. Tentando a cada dia que passa saber mais....seguindo o lema do Mestre Olivio... Nao se deitava nunca sem saber mais!... Foi o segundo homem que mais me ensinou na vida.
Um pai na escola.”

Recebido por mail do DIOGO COSTA SOUSA

INTOCÁVEIS, foram os nossos PROFESSORES, aqueles que de algum modo nos ajudaram a formar o nosso carácter, que nos ensinaram as primeiras letras, que nos deram os melhores conselhos, que nos castigaram, bem ou mal, mesmo os que, inclusivamente, terão sido menos competentes e menos capazes.
Tive talvez aí uma centena de professores, mas, professores a sério, daqueles que deixaram a sua marca de grandes mestres, efectivamente, não tive muitos. Falar dos que tive e citar os nomes, pode criar uma situação de injustiça por citar uns e não outros.
Falemos então, como forma de homenagear esses bravos, dos que foram bons professores mas que não tiveram nada a ver comigo porque não me ensinaram nada directamente. Soube do seu valor por ouvir dizer. Mas fiz questão de confirmar o que ouvira.
Comecemos por trazer para este palco, arbitrariamente, o Engº Diamantino Piloto, que na opinião do Manuel Poeira e do José Elias Moreno, as minhas fontes, foi um pedagogo de excepcional craveira, que, alem de professor na nossa escola, foi escritor de mérito e músico de excepção, tendo-se dedicado com grande empenho e mestria à guitarra clássica.
Outros grandes professores que quero citar aqui, nas opiniões do Renato de Olhão, Bernardo Estanco dos Santos, Diogo Costa Sousa, Bartolomeu Neves Caetano foram o senhor Mestre Olívio Adrião e o senhor Mestre Mendonça, duas grandes personalidades na área do ensino e que elevaram altamente essa categoria profissional.
Ser professor nunca foi fácil. Durante séculos exigiu-se que o professor fosse um modelo de virtudes, e mais recentemente que desempenhasse as funções de um técnico, capaz de mudar os comportamentos e atitudes de todo o tipo de alunos, já que se trata de uma profissão que exige um saber especializado, aliado a práticas específicas que o profissional necessita de dominar, adquiridas através de uma formação profissional estruturada.
O profissional afirma-se perante outros, a quem se dirige, exercendo a sua actividade por motivos altruísticos, não se pautando por interesses particulares obedecendo a um código deontológico que determina e regula o conjunto de deveres, obrigações, práticas e responsabilidades que surgem no exercício da profissão.
Sem prejuízo de outros, o meu grande mestre, que peço licença para citar e que respeitou os quesitos atrás descritos foi o Dr. JORGE MONTEIRO, director da Escola em 61 e seguintes..
E foi um grande amigo como são os grandes professores.
Aguardo opiniões... ou comentários.

jbritosousa@sapo.pt



Bibliografia consultada : internet