segunda-feira, 7 de março de 2011


SOLIDARIEDADE COSTELETA

Enviei uns trabalhos meus ao costeleta NORBERTO CUNHA, que teve a gentileza de os criticar, com a isenção de homem conhecedor e isento.

Trago ao vosso conhecimento este gesto do Norberto, porque é um costeleta solidário.

Aí vão os ses comentários:

1 - O título do opúsculo "Aqui Posso Chorar" é excelente. Agarra qualquer potencial leitor. Mas depois a promessa não se cumpre. É pena, pois podes fazer bastante melhor. O primeiro texto é um conto, mas tem muita ganga à mistura.

2 - Devias retirar o "Eu e Paderne" e iniciar a narrativa com os desentendimentos entre o Ti Zé e a mulher para dar mais força ao desfecho e neste ressaltar melhor a alcunha que ele acabou por receber.

3 -"Rouba-me", não parece ter a mínima relação com o texto que intitula, ou então o defeito é meu. Por outro lado, não chega a ser um conto. Parece ser antes uma introdução. E o resto? "

4 - O CANADINHAS" ainda mal começa já termina e com uma pergunta sem resposta. Não se sabe o que é. Não te esqueceste de nada?

5 - Quanto ao "Viver sem ti", há nele uma pequena pérola na ideia de se "dormir" com o país amado. Mas formalmente, fica muito aquém de outros sonetos teus.

O conto do Ti Tonho é o melhor. Ainda assim, exploras mal as potencialidades do epílogo "Aqui posso chorar". Este desfecho, se estivesse ligeiramente "subentendido" a partir de certo momento da narrativa, não seria talvez tão surpreendente, mas seria a cereja óptima a coroar o bolo.

Estes comentários não são para te desanimar. Pelo contrário. Mas um incentivo para que trabalhes mais aquilo que fazes e és capaz de fazer melhor. Um abraço. Norberto.

MEUS COMENTÁRIOS

1 - Este texto esta publicado no jornaltv. info e já tem 89 visitas. Concordo com o que dizes.

2 – Claro que retiro, isto foi enviado para o jornal.

3- Rouba-me e um mau esboço. Concordo.

4 – Canadinhas está inacabado.
5 – O Viver sem ti é um poema que a Marília me pediu para fazer exultando o seu patriotismo. Faz-me um poema João, pediu-me ela. E eu fiz

VIVER SEM TI



Viver sem ti, é não ser, é não estar
Não é viver se não te puder mexer,
Olhar-te, sentir-te, tocar-te e amar
Tudo isso está dentro do meu querer


Meu País, minha vaidade e paixão
Fui-me embora e senti que vibrava
E por ti estremecia o meu coração
Tive sempre a certeza que te amava


É verdade, também te amo e quero
E ninguém há com amor mais sincero
Por ti, meu País enamorado querido


Para onde tu fores eu vou e lá ficarei
Enamorada e apaixonada como eu sei
Tanto, que sonhei contigo já ter dormido.


João Brito Sousa