terça-feira, 29 de março de 2011

ABRIL       ANIVERSÁRIOS
de Associados Costeletas

1 - Jorge de Sena Cristina Aleixo; Manuel Francisco Uva Jacinto; José Epifânio Auurélio Ramos; Maria Solange Madeira Isidoro. 2 - Lília Rosalina Santos Matos. 3 - Maria Isabel Leiria Eusébio Correia; Dra. Ilda Belo Carmona Samorrinha. 4 -Álvaro Manuel Correia Ponte; João Vitorino Mendes Bica. 5 - Rui Patrício da Rocha Guerreiro; Ana Paula Gonçalves Moreno. 7 – Maria da Piedade Coelho Santa Rita C. Correia. 9 – Maria da Conceição Carmo Sério; Maria Mabel R. Paiva Pires Gomes. 10 - Silvino dos Santos Cabecinha; Daniel da Silva Farias. 11 - Estanislau Miguel Conceição Silva; José Domingos Barão; Horácio Pereira Rodrigues. 12 - Daniel Pinheiro Bernardo; João Vítor Jesus Martins; José João Horta; Marília Vicente Viegas Pedrinho Martins; Joaquim João Sabino Correia 13 - José Paixão Neves Pudim; José Hermenegildo Mendonça Soares; José Alfredo de Sousa. 14 - António Belo Carvalho; Edéria Maria Apolo de Mendonça Gama.15 - José Manuel Clérigo do Passo; José Travassos Machado; Leonilde Soares Paulo. 16 – Maria de Fátima Silva. 17 - José Quirino Espírito Santo Cabrita; Augusto Maria Coelho. 19 - Amaranto José Cavaco Romão . 20 - Hernâni Manuel Adro Simão. 21 - Alberto Santos Pereira Rocha; Maria de Lourdes Oliva Dentinho; Sérgio Pires do Nascimento; António Guilherme; Anselmo de Jesus Nunes Correia. 22 – Maria de Lurdes Simão Vale; Maria Graciete Passos Valente Santos Transmontano de Carvalho. 23 - António Jorge Pereira da Silva Gago. 25 – Umbelina Conceição Máximo Cavaco. 26 - António José Oliveira e Sousa; José António Oliveira e Sousa; Fernando Manuel Gomes Palma; José Francisco Coelho Cabanita.  27 - António Machado Gomes Paulo. 28 - Rui Nobre Rodrigues; Maria Paula Eusébio de Sousa Ferreira. 30 – Maria Graciete da Piedade Santos Ribeiro.

PARABÉNS A TODOS
OPINIÃO


COMENTÁRIO CRÍTICO À ESCRITA DO MONTINHO

Por João Brito Sousa


A escrita do Montinho traduz-se num trabalho interessantíssimo, principalmente pela forma como desenvolve o enredo das suas crónicas. Por mim, seduz-me aquele envolvimento, porque não me deixa sair do texto, mesmo quando vou a meio já estou ansioso para chegar ao fim.

Porque aí está o melhor da prosa, pela imprevisibilidade.

Nos textos do Montinho, cada palavra tem ternura e força, simultaneamente, o que me leva a saborear as imagens que ele cria e recria no conjunto da crónica. Às tantas, mete-lhe uma frase poderosa, que nos esmaga e amarra-nos mais. Chegados ao fim, olhamos para cima, onde está o começo do texto e a nossa alma fica cheia nesses segundos. E voltamos a ler.

Estas últimas crónicas ILUSÃO 1 e 2, são trabalhos de muita qualidade em pouco espaço. Parece que há ali qualquer coisa de misterioso. E como eu deixei escrito no comentário, penso haver muito espaço por preencher.

As imagens que o Monitnho nos deixa andam uns dias connosco. No dia seguinte, ao pequeno almoço, elas lá estão, ao almoço idem e voltam ao jantar.

Os amigos ficarão a conhecer-te melhor … PURA ILUSÃO.

É um bom tema este. Os melhores amigos que eu tenho nunca os vi. Sério. Mas tenho amigos à distância de um brado. Os meus grandes amigos são os livros.

E as crónicas do Montinho.

A importância de que a literatura ainda se reveste nos nossos dias, decorre do facto de que ela, através da sua capacidade intrínseca de representação, continua a conter em si as possibilidades de um conhecimento insubstituível do homem e do mundo. Nada existe no mundo que a literatura não possa exprimir. Por outro lado, é ainda através da literatura que melhor podemos ter acesso à experiência de vida de uma época ou à interioridade do seu tempo social e cultural.


Pensa nisto.

Ab.
JOÃO BRITO SOUSA
INDIGNAÇÃO...!

Tenho o direito de estar indignado...e estou!
Como é possível tanta irresponsabilidade? Como é possível deixar que estas situações aconteçam? Como é possível??.......Enfim, como é possível tudo o que está a acontecer?
Medianamente informado nas questões económicas, até por dever de ofício, fiquei estupefacto ( não muito surpreendido ) com as notícias vindas na comunicação social sobre os bancos portugueses. Instituições de referência no meio financeiro de Portugal e no estrangeiro baixaram o seu nível de solvência: Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, BPI e Santander Totta desceram a situações preocupantes. O MillenniumBCP, que foi um banco de referência nas últimas duas décadas, foi classificado de "lixo", e baixou a um nível muitíssimo preocupante!
Será que a grande maioria dos portugueses tem a noção do que isto pode representar para o futuro da economia portuguesa, e consequentemente para os portugueses?
A denominada "Dívida Soberana" é de facto, um grande problema. Mas o clima criado à banca portuguesa, vai ser, seguramente, um enormíssimo problema.
Hoje contactei alguns amigos com quem me relaciono nos bancos, particularmente aqueles que ocupam lugares de alguma responsabilidade, abordando este tema. Foi com tristeza que senti a mágoa que lhes vai na alma e que veio de encontro ao meu pensamento. Nas instituições financeiras em Portugal prestam serviço muitas dezenas de milhar de trabalhadores. Massa cinzenta, valor humano inquestionável, a quem alguns "iluminados de gabinete " se permitem colocar em igualdade com os trabalhadores que se ocupam do tratamento de lixo ( sem qualquer menosprezo para a actividade).
Estou muito indignado! Já me questionei e questiono: Aonde estão os causadores deste "tsunami financeiro"? Porque não se justificam? Porque não assumem perante todos nós o porquê de tudo isto?
Meus caros costeletas, com esta indignação recuei cinquenta anos da minha vida, e lembrei-me dos meus filhos e das suas asneiras de crianças: Quando as praticavam e até ao momento de confessarem, "encolhiam-se" , bastando esse pequeno gesto para que de imediato identificássemos o "culpado"....
Agora, é só verificar quem está "encolhido"...

Jorge Tavares
costeleta 1950/56
ILUSÕES (II)

Na sala da casa de José, que visitava pela primeira vez, Fernando sentado no sofá e olhando para a marquise perguntou
- Onde é que aprendeu isso tudo, José? Você sabe tanto… Ou talvez seja eu que estou convencido disso. Não. Realmente você sabe imenso.
José pendura o lenço de seda acabado de lavar na corda da marquise, volta-se e responde:
- Num livro!
- Num livro?
- Sim, o Manual da Salvação. É uma espécie de Bíblia dos Mestres. Devo ter um exemplar na estante, que lhe posso emprestar se estiver interessado.
- Estou, sim! É um livro que ensina…?
José procurou afanosamente na estante e voltou com um pequeno volume, tipo livro de bolso, encadernado num material que parecia ser camurça. Impresso a letras pretas, podia ler-se:
Manual das Ilusões
Meditação para o Espírito Evoluído
- Manual da Salvação, disse você? Mas neste está escrito Manual das Ilusões.
- É mais ou menos isso, respondeu ele, começando a recolher os vários objectos espalhados sobre o maple, como a preparar-se para se sentar.
Fernando folheia o livro, verificando que se tratava de uma série de máximas e parágrafos curtos. Num deles leu em voz alta “Perspectiva. Se abriste o livro nesta página estás a esquecer-te de que o que se passa à tua volta não é uma realidade. É uma ilusão. Pensa bem nisto”
- José, você leu isto acerca da perspectiva?
- Não!
Tomei a resposta como uma brincadeira. Continuei a folhear o livro; reparei que estava ali tudo o que um Mestre precisava de saber.
“Aprender é descobrir aquilo que já sabemos”, “Todos são alunos e professores” “Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto como tu”.
- Está muito calado Fernando, disse José, como se quisesse falar comigo.
- Estou, respondi continuando a ler. Se aquele livro era só para Mestres, não o queria deixar escapar.
- Há uma coisa estranha neste livro, as páginas não estão numeradas!
- Pois não, respondeu. Basta abrir para encontrar aquilo que precisamos.
- É mágico o livro?
- Não. Isso pode acontecer com qualquer livro e até com um jornal, o que interessa é dar atenção ao que se lê. Já experimentou abrir um livro quando está com algum problema e ler o que está escrito?
- Não.
- Então há-de experimentar
Fechei os olhos e tentei fazer o que ele disse, perguntando para comigo o que iria acontecer se eu continuasse na companhia daquela estranha criatura que conhecera há poucos dias. Sempre a pensar nisso, abri o livro e li:



“Os teus amigos ficarão a conhecer-te melhor
nos primeiros encontros?
PURA ILUSÃO”

Montinho

nota - E fico-me com este último encontro.
Espero que outros se encontrem por aqui