LER O JORNAL Á BORLA
Alabi, alabá, bum, bá, escola, escola, escola.
Por João Brito Sousa
Em especial, para o ALFREDO MINGAU.
Tenho muita pena de não conhecer o Alfredo. Por muitas razões. Por um lado, porque gosto de conhecer pessoas e por outro, porque achei piada áquela comparação, digamos, entre o ler o jornal á borla e tomar notas no bloco, para depois escrever os textos para o espaço costeleta, entre outras.
A mim, particularmente, interessa-me e agrada-me vir aqui escrever umas coisas, como o estou a fazer agora, porque entendo que fazendo-o, aprendo a ser melhor pessoa, ou seja, estando os meus textos sujeitos a muitos olhares, penso eu, quando houver razão vem crítica e eu tenho continuadamente que aprender a lidar com essas situações. Quero dizer, o estar aqui, educa-me e aqui tenho aprendido a ser humilde.
Dentro deste aspecto, da humildade, tenho a suficiente para reconhecer a subida de popularidade do Alfredo Mingau, com quem estive e continuo a estar contra, quanto à utilizção do pseudónimo. Mas essa “guerra” foi ganha pelo Alfredo e pelo mano Roger. Resta-me a consolação de ter pdido dizer não.
Os meus textos são dos menos comentados no blogue e isso faz com que tenha um certo cuidado na elaboração dos mesmos. Mas não entrei bem aqui, penso eu. Nos jornais para onde escrevo, bato-me com os outros de igual para igual e têm-me chegado alguns comentários favoráveis. Um deles foi do Viegas Palmeiro sobre um texto que escrevi para o “Avezinha”. Que disse que o texto estava bem escrito. Fica aqui o meu agradecimento, se ele o aceitar.
Há um princípio básico que deve ser seguido por quem gosta de falar, como eu, que gosto: é dizer o que pensa. E é isso que eu faço. De cabeça erguida sempre mas sem sobrancerias. Reconhecendo aos outros o direito de discordar.
Todas as manhãs vou ao café, um velho hábito, peço a habitual “bica” e lanço uma olhada pelo local onde costuma estar o jornal. Se ele está lá… eu vou lá e trago-o Às vezes é a senhora que o traz. Portanto, há sintonia nos interesses em cada um de nós; à patroa interessa-lhe que eu continue como cliente permitindo-me a leitura á borla do periódico e eu vou lá, porque posso ler o jarnal… de borla.
Uma coisa que toda ou quase toda a gente faz. O que nem todos fazem é escrever no bloco de notas, como faz o Alfredo.
Que, repito, tenho pena de não o conhecer. Ou se calhar conheço. O mundo é tão pequeno.
Deixo-lhe um abraço.
E aos outros costeletas, outro.