domingo, 22 de novembro de 2015


Lagoa promove
“Feira das Velharias”
no recinto da Fatacil
Está marcada para o próximo domingo, 22 de novembro, a realização da “Feira das Velharias”, no recinto do Parque Municipal de Feiras e Exposições de Lagoa (Fatacil).
Neste evento, que se realiza há cerca de oito anos neste concelho, é possível encontrar à venda todo o tipo de objetos e utensílios, nomeadamente usados, para coleção ou uso corrente, à semelhança, por exemplo, daquilo que acontece na “Feira da Ladra”, criada em 1882, em Lisboa.
“É intenção da Câmara de Lagoa dar mais projeção a um pequeno evento local, é verdade, que pretende transformar em lugar visitado por milhares de pessoas, no sentido de encontrarem e negociarem as antiguidades colecionáveis que os feirantes expõem”, realça a autarquia lagoense, que organiza pela primeira vez esta feira (após a extinção da Fatasul).
IN JA

Olhão expõe réplicas de coches 

dos séculos XVI a XVIII

.
.
A Sala das Arcadas do Museu Municipal de Olhão, Edifício do Compromisso Marítimo, tem em exposição réplicas à escala 1/10 de coches que serviram de meio de transporte entre os séculos XVI e XVIII.
A mostra intitula-se “O Transporte nos Séculos XVI a XVIII – Dos Veículos de Aparato aos de Utilização Comum”, foi inaugurada esta sexta-feira e estará patente até 26 de Fevereiro de 2016.
Esta exposição nasce das mãos do mestre José Cardoso Brito, um autodidacta curioso, interessado e empenhado, dos poucos artistas a desenvolver este trabalho, e cujo lema é: “Com trabalho, paciência, carinho, perseverança e gosto tudo se resolve”.
colecção de réplicas, que o modelista reconhecido internacionalmente apresenta, reproduz fielmente alguns dos originais expostos no Museu Nacional do Coches.
No período compreendido entre os séculos XVI e XVIII, em Portugal predominou um regime monárquico de características absolutistas, assente na estratificação rígida da sociedade em três grandes grupos: o Clero, a Nobreza e o Povo. O Rei representava a divindade na Terra.
Na arte encontra-se, também, um reflexo de toda esta aura de opulência, que busca a surpresa e o deslumbramento, num verdadeiro apelo aos sentidos.
Os meios de transporte, sobretudo os das classes mais elevadas, eram o espelho destes ideais, transbordando magnificência através das decorações, sobretudo em madeira dourada. Desta forma, dava-se a conhecer o estatuto social do seu proprietário, sempre que o seu coche passava.
IN JA



“Quando a poesia acontece”

De há alguns anos a esta parte, com uma persistência admirável e uma dedicação notável tem vindo o Elos Clube de Faro, na sua estatuária e assumida missão de defesa e promoção da lusitanidade e de modo especial do idioma português (“A minha pátria é a minha Língua…” – Fernando Pessoa) a promover, excepto no período de Verão, as participadas sessões de “Quando a Poesia acontece…”.
Sucede no auditório da Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, com a valiosa colaboração desta entidade e ao cair da tarde em todas as segundas quartas-feiras de cada mês, sendo cada encontro dedicado a um tema ou a um escritor ligado aos países de língua oficial portuguesa.
Presenças, digamo-lo, “obrigatórias”, por adesão voluntariosa ou em função dos cargos que ocupam, lá encontramos sempre, as Drªs Sandra Martins (dedicada directora daquela biblioteca ou o seu colaborador Dr. Homero Flor) e Dina Lapa (assumida presidente dos elistas farenses) a professora Maria José Fraqueza e, entre outros e distinguidos poetas o salirense, há mais de quatro décadas residente em Faro, Isidoro Cavaco, a par do casal de aplaudidos músicos que são a Dra Rosinda Vargues e seu marido o eng. Luciano Vargues.
Na última sessão, que ocorreu um meados de Outubro, foi a mesma dedicada ao grande herói da luta pela independência de Timor Lorosae (o mais jovem país de língua portuguesa) e vate de grande reverência, que é o chamado “poeta guerreiro” Xanana Gusmão (“uma obra literária muito sentida”).
A matriz central era excerto de um dos seus poemas – “Pátria é a vida, orgulho e aliança, Da alegria, do amor do sentimento” em redor da sua poesia e de quanto se refere a Timor intervieram uma dezena de participantes.
Ali se recordaram, entre outras, as figuras dos algarvios Família Carrascalão (Machados – São Brás de Alportel), Major Vieira Branco (Faro), Padre Lopes da Cruz (São Brás de Alportel) e coronel Viçoso (Fuseta), numa vivência acontecida, por vezes em trágicas situações).
Certo é que nestas tardes do final do dia de todas as “segundas quartas-feiras” a poesia e com ela, quanto comporta de belo, de elevado, de liberdade e de solidariedade, acontece na Casa da Cultura que funciona junto à Alameda João de Deus.
João Leal