sábado, 13 de fevereiro de 2016

UM CONTO ERÓTICO


Uma tarde, um garoto,
uma garota e um muro
Ela Pediu-me:

- Ajuda-me a subir no muro?

Assenti e levantei-a pela sua cintura. Celestina usava um cachecol listrado, uma saia jeans e botas pretas de couro envernizado.

Ela encarou-me por um minuto e disse:

- Se você não fosse gay, eu faria amor com você.

Seus olhos tinham a profundeza de um abismo. Com uma falsa timidez, a sua mão caiu e acariciou ternamente a minha, fazendo um calafrio  percorrer-me a superfície do corpo.

- Gay? - perguntei, surpreso. - Eu não sou gay - respondi.

Ela riu, inclinou-se para a frente; depois, puxando-me de encontro a si, colou os seus lábios nos meus. Abriu agilmente as pernas e prendeu-me entre elas. Por fim, não mais podendo nos mantermos equilibrados, acabamos despencando do outro lado do muro, sobre os arbustos. Assustado, pretendia pedir desculpas quando a ouvi gargalhar e a sua assombrosa naturalidade me deixou demasiado tranquilo. Meus cotovelos ardiam devido à queda, meu coração ardia ainda mais devido ao sentimento. Era a dor de cotovelo mais prazerosa que mulher alguma jamais me fizera sentir. Desde então, para mim, tal expressão ganharia um significado totalmente distinto. Dor de cotovelo, agora, tinha a ver com sentir-se vivo, muito vivo, e não mais com sentir-se morto. São as contradições da vida.


IN Autor desconhecido

UM BEIJO A CONTRA-LUZ

HOJE DIA DE S. VALENTIM

DIA DOS NAMORADOS


Olá Costeletas!
Que tal esta beijoca ao freso da Ria Formosa?

Um arranjo de Roger
Para este DIA.