domingo, 6 de agosto de 2017

PERÍODO DE FÉRIAS


Meus  caros amigos!
Como sabeis, nesta altura do ano, a ASSOCIAÇÃO FECHA PARA FÉRIAS.

Como é natural o BLOG fica aberto mas com menos assiduidade.

E assim, para que não percam a oportunidade de ver ou ler algo, aqui fica um pequeno texto de ficção com humor, 
um arranjo do ROGER.

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CANTINHO DOS MA RAFADOS
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Se gosta de merda, leia;
Se não gosta de merda, leia, para evitar que lhe suceda um episódio idêntico.


»UMA VIAGEM DE MERDA«

Porque temos uns negócios aqui em Faro, e uns assuntos a tratar em Vila Nova de Gaia resolvi, com o meu sócio, Alfredo, fazermos a viagem de avião. Através da Internet adquirimos as passagens para o Porto.
E hoje, com os bilhetes na carteira, dirigimo-nos ao estacionamento dos autocarros »próximo« do concelho de Faro, na Avenida da República, junto à doca, para apanhar a carreira do circuito para o aeroporto. Estava em cima da hora da partida do autocarro. Ao colocar o pé no autocarro senti uma pequena cólica no baixo ventre, e penetrante; “logo agora que o autocarro vai partir..” “Bem, 15 minutos de viagem até ao aeroporto e descarrego lá”. Sentei-me ao lado do meu Alfredo e o autocarro partiu. Olhei para ele e sussurrei,
“ Mal posso esperar para chegar á merda do aeroporto e ir ao quarto de banho para largar o “calhau”. Nem acabei de falar, senti algo quente a beliscar as cuecas; tentei arranjar força e vontade para segurar o »calhau«.
Na estrada nacional 125, a tal, e ali junto do Fórum Algarve, o autocarro parou. Soubemos que tinha havido uma colisão entre dois veículos e a estrada estava interrompida. E o »calhau« queria cair a qualquer custo. “Logo agora, que merda!”. E tentei segurar a queda com cólicas á mistura. E enquanto cheio de nervos, olhava pela janela e via o trânsito parado pensava num banheiro e “porra!”, senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do banco e percebi consternado que havia »cagado«. Meio sólido e comprido daqueles que geralmente dão satisfação... Só que a situação era diferente e bastante  tensa. Olhei para o Alfredo como quem procura ajuda e sussurrei: “caguei”. Quando ele parou de rir disse-me para “relaxar”. “Que se dane, pensei, limpo-me no aeroporto”. E, nesse momento, o autocarro começou a andar. E a cólica no baixo ventre recomeçou forte. Escancarei os olhos, agarrei-me ao banco, mas não consegui evitar, sem cerimónia, veio a segunda »cagada«. Senti uma pasta morna, caganeira, borrando e besuntando o rabo, cuecas, fralda da camisa, pernas, calças e peúgas. Seguida de outra cólica de aviso anunciando nova cagada, desta vez em estado líquido que »queimou o buraco« rumo á liberdade. E a seguir uma grande »bufa sonora«, que não consegui segurar e todos os passageiros a olharem de repente para mim;  o meu sócio na gargalhada. Finalmente chegámos ao aeroporto e saí apressado com passos curtos dizendo ao Alfredo que levasse a minha mala ao sanitário para que pudesse mudar de roupa. Nenhum dos gabinetes tinha papel higiénico. Gritei:
- já chega, porra!
Entrei num e tirei a roupa toda. O meu sócio demorou um pouco a chegar. Já tinha feito o »check-in« e ia a correr segurar o voo. Jogou por cima da porta o cartão de embarque e a maleta de mão, desaparecendo dizendo que despachara a minha mala. 
A maleta de mão apenas tinha objectos de uso pessoal, documentos e uma camisola fina de verão. A temperatura no Porto era de 35 graus C. O maluco do meu sócio trocara a mala. “Que raiva!”
Analisei o que tinha vestido: as cuecas deitei no balde do lixo, as meias idem. Virei as calças do lado do avesso e raspei para a sanita a «merda» colada nas calças. Meti as pernas da calça dentro da sanita e puxei pelo autoclismo para as lavar. Sabão não tinha. Esfreguei e continuei a puxar pelo autoclismo até conseguir tirar toda a borra. . . Com um pivete desgraçado. Vesti a camisola enfiando pelas pernas até tapar as «miudezas»; peguei as calças e fui ao secador das mãos para as tentar secar. Enquanto o secador trabalhava entrou um fulano vestido com um saiote escocês. Mirou-me de alto a baixo e arreganhou a »fúcia« com um rasgado sorriso inglês enquanto se colocava em frente ao urinol para fazer a sua necessidade. 
Voltei ao gabinete para colocar a camisola na parte de cima do corpo e vesti as calças muito húmidas e calcei os sapatos depois de os lavar na sanita; peguei na maleta e corri para a porta de embarque, mas caminhei com dignidade. Duas simpáticas hospedeiras esperavam o passageiro que se atrasara no WC. Franziram o nariz com o cheiro, quando entreguei o cartão de embarque. Percorri o corredor até ao meu assento ao lado do meu sócio que sorria. Uma hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de alguma coisa, solicitando-me que colocasse o cinto. Agradeci dizendo que estava tudo bem mas... o meu pensamento estava numas Boas Toalhetes perfumadas para disfarçar o cheiro pestilento de “merda”.

Eu só queria esquecer este dia de »cagado«

E o avião levantou com um cheiro pestilento dum passageiro »emporcalhado«.

Um arranjo do Roger

NOTA DA REDACÇÃO: escrevam um comentário. O autor agradece

PARA ENTRETER 
As respostas a este artigo já lá estão. Veja se acertou.