sexta-feira, 9 de novembro de 2018

RESPOSTA A CRÓNICA "S. MARTINHO" DE JOÃO LEAL



Estimado João Manjua Leal,
Com a tua crónica sobre o São  Martinho naveguei e recuei nas minhas memórias setenta anos.
Tudo o que descreves relativo ao teu bairro – Ribeira – não muito longe, no bairro -São Sebastião – festejávamos a noite de igual modo, percorrendo desde o quartel da GNR até ao inicio da antiga estrada de Loulé, percorrendo as ruas de Loulé,
A padiola ornamentada com folhas de palmeira, o peso pluma com a cara pintada, iluminada com uma vela, batendo às portas das “vizinhas”, cantando o  -Sâo Martinho Lapa.... – na espectativa de receber uns cobres, que no dia seguinte eram utilizados para comprar rebuçados nas latas que podiam premiar com uma bola de “cauchu” . Se a sorte nos premiasse então teríamos um trabalho extra de a proteger com o afamado “ sebo da holanda” .
Meu caro João, os anos passam mas a memória ( infelizmente nem sempre ) permite  estas pequenas viagens ao passado, quiçá sinónimo de alguma vitalidade que ainda nos resta.
Um abraço e cantemos - São Martinho Lapa vamos ao Larapa, São Martinho vinho vamos ao Copinho -
Jorge Tavares
costeleta 1950/56