
RECORDANDO O LUÍS CUNHA
Eu conheci bem o Luís Cunha, apesar de nunca ter falado com ele, porque ele andava uns anos à minha frente lá na ESCOLA. Acontece que, uns meses antes do Luís falecer, trocámos umas ideias sobre poesia, que eu achava que ele fazia melhor do que eu.
Vejamos:
SONETO, para o Luís Cunha
AO NOSSO ENCONTRO.TELEFÓNICO
MEU VELHO
Foi um prazer contactar contigo a passear
Nessa rua da nossa cidade de há tantos anos
Tantos que até tu já nem te podes pentear
E com eles se foram os sonhos e desenganos
E foi um prazer também porque és portador
Do mesmo mal que eu possuo igualmente.
Só que tu serás mais sóbrio e eu mais sonhador
Mas somos dois sofredores como toda a gente
Luís Cunha, meu velho e honrado amigo
Que sejas feliz e tudo decorra bem contigo
E votos de um Bom Natal e Bom Ano Novo
São os votos sinceros que aí vão para ti
Que eu por enquanto irei ficando por aqui
Na cidade do trabalho e do bom povo. ..
João Brito Sousa
PS- Sem tempo para revisão.
E, na resposta Luís Cunha, disse:
Alô JBS, Não sou repentista como tu, mas cá engendrei - qual novo Sá de Miranda - uma resposta adequada ao teu soneto. Desejo que continues a deliciar-nos com as tuas crónicas. Grande abraço. Luís
SONETO
Caríssimo João, aqui te envio
Num versejar mui tosco e obsoleto
A gratidão imensa que confio
Aos catorze versos deste soneto
Tu tens a arte, a graça e o talento
De recordar vivências já passadas
E as gentes que quiseram mais isento
O mundo nosso e desses camaradas
Fiquei feliz de ouvir a tua voz
Mas há um mal atroz que me atormenta
E a ti também, pois rói dentro de nós
Esqueçamos por agora a negra sina
E enquanto brilha a luz que nos sustenta
Viva a cultura que nos ilumina
L.C
Quando soube do falecimento do Luís, escrevi
O LUÍS CUNHA MORREU...
Ainda ontem pensava em telefonar-lhe...
Queria saber dele .. no todo e em particular...
Como ia a sua saúde queria perguntar-lhe...
Queria saber se estava em casa ou a passear...
Não o fiz.. errei... mas devia tê-lo feito!...
Porque o Luís gostava daquilo que eu escrevia...
E eu queria ir vê-lo.. mas agora só no leito...
Deitado sempre .. como vou eu esquecer este dia!..
Perdoa-me ó Luís Cunha ... foste tu que me disseste
Que não me conhecias mas que os meus poemas leste
E gostavas .. mesmo desconhecendo quem era eu.....
E só porque ontem eu não fui perguntar por ti.....
Resolveste caro amigo Luís desaparecer daqui
Mas terá sido mesmo o Luís Cunha que morreu.?...
Eu conheci bem o Luís Cunha, apesar de nunca ter falado com ele, porque ele andava uns anos à minha frente lá na ESCOLA. Acontece que, uns meses antes do Luís falecer, trocámos umas ideias sobre poesia, que eu achava que ele fazia melhor do que eu.
Vejamos:
SONETO, para o Luís Cunha
AO NOSSO ENCONTRO.TELEFÓNICO
MEU VELHO
Foi um prazer contactar contigo a passear
Nessa rua da nossa cidade de há tantos anos
Tantos que até tu já nem te podes pentear
E com eles se foram os sonhos e desenganos
E foi um prazer também porque és portador
Do mesmo mal que eu possuo igualmente.
Só que tu serás mais sóbrio e eu mais sonhador
Mas somos dois sofredores como toda a gente
Luís Cunha, meu velho e honrado amigo
Que sejas feliz e tudo decorra bem contigo
E votos de um Bom Natal e Bom Ano Novo
São os votos sinceros que aí vão para ti
Que eu por enquanto irei ficando por aqui
Na cidade do trabalho e do bom povo. ..
João Brito Sousa
PS- Sem tempo para revisão.
E, na resposta Luís Cunha, disse:
Alô JBS, Não sou repentista como tu, mas cá engendrei - qual novo Sá de Miranda - uma resposta adequada ao teu soneto. Desejo que continues a deliciar-nos com as tuas crónicas. Grande abraço. Luís
SONETO
Caríssimo João, aqui te envio
Num versejar mui tosco e obsoleto
A gratidão imensa que confio
Aos catorze versos deste soneto
Tu tens a arte, a graça e o talento
De recordar vivências já passadas
E as gentes que quiseram mais isento
O mundo nosso e desses camaradas
Fiquei feliz de ouvir a tua voz
Mas há um mal atroz que me atormenta
E a ti também, pois rói dentro de nós
Esqueçamos por agora a negra sina
E enquanto brilha a luz que nos sustenta
Viva a cultura que nos ilumina
L.C
Quando soube do falecimento do Luís, escrevi
O LUÍS CUNHA MORREU...
Ainda ontem pensava em telefonar-lhe...
Queria saber dele .. no todo e em particular...
Como ia a sua saúde queria perguntar-lhe...
Queria saber se estava em casa ou a passear...
Não o fiz.. errei... mas devia tê-lo feito!...
Porque o Luís gostava daquilo que eu escrevia...
E eu queria ir vê-lo.. mas agora só no leito...
Deitado sempre .. como vou eu esquecer este dia!..
Perdoa-me ó Luís Cunha ... foste tu que me disseste
Que não me conhecias mas que os meus poemas leste
E gostavas .. mesmo desconhecendo quem era eu.....
E só porque ontem eu não fui perguntar por ti.....
Resolveste caro amigo Luís desaparecer daqui
Mas terá sido mesmo o Luís Cunha que morreu.?...
João Brito Sousa
PS- Penso que, o tal estado de alma com que o professor Américo caracterizou o costeleta, está aqui bem demonstrado .
PS- Penso que, o tal estado de alma com que o professor Américo caracterizou o costeleta, está aqui bem demonstrado .
Texto de
JBS
Sem comentários:
Enviar um comentário