"COSTELETAS MELOS"
A não existência durante décadas, o que só viria a
acontecer, na segunda metade do século XX, do ensino secundário oficial, fez
com que milhares de estudantes do concelho de Olhão, o viessem frequentar a
Faro, utilizando nas deslocações os mais variados meios de transporte, com
primazia para o ferroviário, seguindo-se a camioneta, a bicicleta, a
motorizada, etc. Repartiam-se entre o Liceu Nacional / Liceu João de Deus e a
Escola Industrial e Comercial / Escola Tomás Cabreira, frequentando também
nesta última e sabe Deus com que sacrificios os cursos noturnos. Os tempos
livres entre a chegada ou o retomo e o início das aulas era utilizado, não
raro, em animados desafios de futebol, nos campos denominados «Blocos» (frente
ao apeadeiro do Bom João) ou no Largo de São Francisco ( defronte do apeadeiro
do mesmo nome). Por uma questão de ser aluno da Tomás Cabreira («costeleta»,
portanto), não obstante conhecer muitos «bifes», nomes dados em linguagem
académica de um e outro estabelecimento, que eram naturais ou residentes na
terra olhanense, era superiormente maior o número de «costeletas meios» do que
dos liceais. Ao acaso, pedindo desde já desculpa pela não citação de centenas
de outros por omissão ou ser uma longa lista, refiro a muita amizade com os
«filhos de Olhão»: João Parra, Manuel João Poeira, Eduardo Pires, Humberto
Ferreira, António Paulo, Malaia dos Santos, Adriano Zeferino, os irmãos António
e José Molarinho, Raúl Piloto, João Lima Alegria, João Odílio Raimundo, José Martins
Palma, Eduardo Cruz, Virgílio Martins e tantos outros a quem abraço numa
saudosa recordação. Como não esqueço muitos do professores, entre os quais os
Engs. Diamantino Piloto e Martiniano Leal, o Dr. Salvatore Cocco e, pelo
casamento o cantor símbolo do 25 de Abril o Dr. José Afonso. Seja-me permitido,
por ser o meu lar quando neste Concelho vivi, recordo alguns dos muitos
naturais da Fuseta, que foram como eu, «costeletas»: Reis de Andrade, Clérigo
do Passo, José Agostinho, Nuno Agostinho, Joaquim Luís, Maria José Fraqueza,
Vivelinda, a Divina e a irmã gémea, sem esquecer o Prof. Honorato Ricardo que,
havendo nascido na Conceição de Faro, viveu o período maior da sua vida na
«Branca Noiva do Mar».
Joáo Leal
NOTA DO ADMINISTRADOR: - O Rogério Coelho também vinha de Olhão e desembarcava e reembarcava no apeadeiro de S. Francisco. No princípio dos anos 40, quando iniciou o 1º ano na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, na rua do Município.
NOTA DO ADMINISTRADOR: - O Rogério Coelho também vinha de Olhão e desembarcava e reembarcava no apeadeiro de S. Francisco. No princípio dos anos 40, quando iniciou o 1º ano na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, na rua do Município.
Sem comentários:
Enviar um comentário