«A ESTAÇÃO INTERMODAL»
Desde que nos lembramos que paira na nossa memória já gasta pelo longo
acumular destes quase 85 anos de vida, a questão do caminho de ferro em
Faro. Foi-o sempre um tema cadente, sem avança nem recuos assinalados,
que não o fossem meras questões colaterais (casos dos desaparecimentos dos
apeadeiros das Portas de Mar e de São Francisco , que tão úteis eram para as
populações utilizadora, que não necessitava, de ir até à Estação Central.
Mas a questão de retirar a via férrea, que aqui (a todo o Algarve entenda-se
«chegou tarde e a más horas») essa toda a vida e com especial acutilância em
períodos marcantes (caso das eleições) o temos ouvido falar, e como é normal
«cada um puxando a brasa à sua sardinha».
Estará muito perto da linha de água, o que motivou, por exemplo, a criação da
doca e a secagem e urbanização do extenso Largo de São Francisco? Estará
distante dos sítios «lait motiv», com o desenvolvimento acontecido nas últimas
décadas (Alto Rodes, Penha,
hospital, etc.)?
Recentemente tivemos o grato ensejo de ler um excelente estudo
assinado pelo nome do prestigiado Eng. José Caramelo (um vida feita com
toda a dignidade, competência e saber ao serviço do sector ferroviário),
intitulado «A ferrovia no Algarve» e inserto no volume 44 dos «Anais do
Município de Faro - 2022».Nele se narra com a preciosidade de informações o
que foi a longa história da chegada deste desejado meio de transpor te a terra
sulinas. E para lá dos múltiplos aspectos, que vão do caciquismo político aos
indesejáveis propósitos de alguns «caciques», importa-nos sobretudo o que o
douto Eng. José Caramelo aponta em relação à sempre discutida alteração da
linha férrea no seu percurso concelhio, bem como a localização da discutida e
fundamental Estação Intermodal de Faro
Como e bem afirma a propósito deste discutido empreendimento: «Afirmar
o modo ferroviário na mobilidade ao serviço da qualidade urbana de uma
capital urbana moderna»
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