quinta-feira, 9 de julho de 2009

PARABENS MARIA JOSÉ


PELO RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO TEU TRABALHO.

Os administradores do blogue e todos os costeletas, vêem entregar (simbolicamente) um ramo de rosas brancas à costeleta MARIA JOSÉ FRAQUEZA pela sua dedicação à poesia e êxito conseguido, levando longe o nome da ESCOLA que nós frequentamos.

ALA BI, ALABÁ, BUM.. BÁ.... ESCOLA, ESCOLA, ESCOLA.

Texto de
João Brito Sousa

CONVERSA COSTELETA




À CONVERSA COM DIOGO COSTA SOUSA


Homem vertical está ai.. Nasceu na fronteira do campo com a cidade foi sempre um homem da cidade. Conhece Faro como poucos. Todos os recantos lhe são familiares. E pessoas, também conhece muitas. É companheiro da primária. Gosta de ler. Um bom livro não lhe escapa e lê duas, três, quatro vezes. É isso que diz Lobo Antunes. Gosta de discutir política e temas sociais. Aflige-se com a pobreza, é uma injustiça, diz ele. Sou contra as desigualdades. Tem amigos que o adoram. Pedimos uns comentários à malta.

Do Adolfo, bife, do sítio do Pau, Gorjões.

O Diogo é um bom elemento. Tem umas ideias arrumadinhas e às vezes e difícil aguentar com a sua argumentação. Joga forte. São para ele estes versos.

O COSTELETA

Homem sério e de carácter
Preparou-se e bem para a vida
Não é Obama cem por cento
Mas anda lá perto
Não acredito que iria a um concerto
Do Jakson, o Michel
Mas sabe tudo da vida
Moderna e antiga
De hoje e de ontem
Podem contar com ele
Vai e vem
A Washington
Anualmente
E é nessa altura
Que almoça cá com
A gente.

Adeus e até ao meu regresso
Conversa de tropas que ele conhece bem
E eu também.

Adolfo Pinto Contreiras/Gorjões.

E a nossa conversa foi;

BLOGUE COSTELETA (BC) – A saudade, diz coisas.

DIOGO COSTA SOUSA (DCS) – A saudade é estar ausente, é um ente querido que desaparece, é muita coisa, mas pode ser também a Escola que frequentámos e os amigos que lá deixámos, pode ser a primeira rapariga que beijámos, um momento inesquecível, pode ser tudo isso e foi certamente uma coisa boa. Por exemplo, o meu tempo de tropa com o Rabeca nos Açores.
BC – Colegas da Escola que et deixaram essa saudade.

DCS – Todos. Ainda hoje são meus amigos. Toda a escola primária com destaque para o meu parceiro Bernardo Estanco dos Santos. Mais tarde na Escola Comercial e Industrial, o Ferro do Carmo, Anselmo do Carmo e o irmão, o Jorge Tavares, o Rogério Coelho e a esposa e esse gentleman de nome Maurício Severo.. Em geral, toda a malta.

BC – De leituras, como vamos

DCS – Gosto efectivamente de ler, e às vezes leio duas e três vezes a mesma obra. Aliás foi o que disse António Lobo Antunes, acerca de Hemingway e John Fitzgerald Scott. É preciso lê-lo três e quatro vezes para lhes apanhar a “cintura”. Um bom livro, para mim, é um bom companheiro.

BC – Poesia, como é.

DCS – Casimiro de Brito e Maria José Fraqueza, obviamente.

BC – Conheces algum poema deles?

DCS – Sim, do Casimiro,

FUGA


Alto estou a teu lado
no verão deitado

Alto no esplendor de possuir-te
e trocarmos silenciosamente
os frutos mais fundos da morte

Como se navegasse um rio
por dentro
e na tua fragilidade encontrasse
a minha força

Um caminho rigoroso de silêncio


Da Maria José Fraqueza

VEM AMOR

Vem amor
Trago-te búzios marinhos
Do outro lado do mar
Dourados por minha mão
Vem amor
O búzio canta
Trazido nas marés de acalmia
Numa onda de embalar...
Vem amor...
Trazer-me conchas e estrelas do mar
Para enfeitar meus cabelos de sereia
Vem amor...
A maré está cheia
Há beijos na areia branca
E na preia-mar
Alguém os pode levar
E o búzio deixar de cantar
E as ondas já não param quietas
Vem amor...
Vem conter o Mar
BC – O blogue vai também dedicar-te um soneto, aceitas.

DCS – Obviamente, sim


A RUA DAS PALMEIRAS


A rua das Palmeiras é no local
Onde eu ultimamente habitei
Por ter um amigo bom e leal
Com quem tanto acompanhei

Por bons caminhos, é verdade
E na hora que tanto precisei
Tive o apoio que na realidade
Muito e muito e muito apreciei

Fracos versos boa amizade
Fraca inspiração na verdade
Poema a revelar já cansaço..

Voltemos atrás para recordar
Os bons momentos e realçar
A minha amizade e o meu abraço.

JBS

MARIA JOSÉ FRAQUEZA PREMIADA NO BRASIL








2º PREMIO - POESIA CLÁSSICA - MEDALHA DE PRATA

ATRIBUIDO PELA ACADEMIA SANTISTA DE LETRAS

CASA DE MARTINS FONTES

SANTOS – SÃO PAULO – BRASIL


PRISIONEIRO DAS ONDAS

O mar foi o teu berço embalador
Aprisionaste as ondas uma a uma
E a poesia rendilhada de espuma
Beijando a linda pauta desse amor!

A carícia que afaga o escritor…
Nesse mar que no peito se avoluma
Tão suave, tão leve… como a pluma
Exalando o perfume duma flor!

Na barca do amor, junto ao convés…
Exalando o perfume das marés,
Erguendo o seu mais nobre pedestal

Quero louvar-te em teu aniversário
Porque do mar fizeste o relicário,
Como esse Mar Poeta és Imortal!


Maria José Fraqueza
Recebido e colocado por Rogério Coelho

JOGATANAS FUTEBOLÍSTICAS




Os estádios de futebol:
A sua e a nossa história.
Hoje vou recordar os locais onde nós, costeletas da década de cinquenta, fazíamos as "jogatanas" futebolísticas. Os intervalos das aulas, algumas faltas dos nossos distintos mestres, ou mesmo os percursos de vinda e ida para a escola, transportavam-nos de imediato aos nossos estádios, para uma peladinha. O equipamento caracterizava-se pela roupa e calçado que tínhamos em uso, e as nossas pastas, em regra, serviam para delimitar as balizas.
A arbitragem ficava a cargo de todos os intervenientes, e com alguma frequência jogadores e árbitos, envolviam-se em acessa discussão, pelas faltas ou foras de jogo.
Os estádios, esses, eram escolhidos em função do tempo disponível, e também do número de intervenientes. Se eram poucos jogadores, podíamos jogar no Campo dos Marinheiros. Se o número aumentava, nos Blocos ou em São Francisco.
O Campo dos Marinheiros, também conhecido por Rádio Naval, adquiriu esta denominação, pela proximidade da Instituição da Marinha ali situada e no qual estavam instalados os serviços de rádio em uso naquela época. Os marinheiros em serviço naquele estabelecimento da A.P., nas suas horas de ócio, ali faziam também a sua peladinha, e daí se chamar Campo dos Marinheiros.
O Campo dos Blocos, situado para lá da linha férrea e à beira da fábrica de cortiça do Fritz, foi o local onde se produziram os blocos em cimento destinados ao molhe de protecção da barra FARO/OLHÃO. Este trabalho demorou alguns anos a ser concluído, pelo facto de, numa primeira fase os blocos terem sido fabricados com dez toneladas, e na primeira tempestade, o mar ter varrido completamente o molhe, obrigando a refazê-lo, desta feita com blocos de tonelagem superior para assim, poder aguentar a força do mar. Resultou! Mas o nosso estádio encerrou.
O Campo de São Francisco, que deve o seu nome à Igreja lá existente, foi de todos o mais carismático. Envolveu costeletas de todos os tempos, inclusivé os que frequentaram a Escola na Rua do Município (Comercial) e no Largo da Sé (Industrial).
Todos os costeletas que, vindos de Olhão, Fuzeta, Tavira e Vila Real de Stº. António, via caminho de ferro, chegavam ou abalavam no apeadeiro de São Francisco, participavam na peladinha, que era jogada à chegada ou à partida, quando os horários permitiam.
Dedico este pequeno texto aos costeletas mais novos, para que possam reflectir, comparando as nossas actividades futebolísticas e os nossos estádios " sem relva", aos meios que hoje lhes são proporcionados para a prática desportiva, e ocupação dos tempos livres. Para esta alteração de condições de vida, nós os "velhos costeletas" lutámos e trabalhámos, e hoje partilhamos um sentimento generalizado de DEVER CUMPRIDO. Nota: Mais de meio século, é justificação para a memória falhar num ou noutro pormenor, que algum costeleta mais atento possa encontrar no texto. As minhas desculpas se tal acontecer.

Jorge Tavares

costeleta 1950/56
Recebido e colocado por Rogério Coelho