sexta-feira, 2 de outubro de 2009

TRABALHO COM PALMA









“EMPREITA”

De Alfredo Mingau

O meu grande amigo Costeleta, Maurício, em comentário, solicitava-me um trabalho escrito sobre a “palma”. Resolvi aceder e aqui está a minha pesquisa sobre este tema.

A “palma” produzida por palmeiras anãs, cresce no mato do barrocal Algarvio. Estou-me a referir à palma que é utilizada no fabrico de artesanato.
Porque a produção era inferior à procura, houve a necessidade de importar o produto quer de Marrocos em navios costeiros, quer da Andaluzia, no Sul de Espanha. De cor levemente esverdeada, passava para o branco em banhos de enxofre, podendo ser tingida com diversas cores.
Em Faro existiam alguns armazéns de comerciantes deste produto, onde guardavam os seus stoks. Recordo um deles, de nome Viegas, que era apelidado por o “Viegas da Palma” que, se a memória não me falha, possuía um armazém na Rua Heliodoro Salgado, junto da antiga fábrica da moagem.
Esta matéria prima era utilizada no fabrico de artesanato com o nome de “empreita”. A palavra “empreita” era derivada da palavra empreitada, porque, o trabalho destes artigos era pago em função da quantidade.
A “empreita” era geralmente produzida por mulheres que entrançavam tiras estreitas ou largas, conforme o produto a ser confeccionado. Depois, as tiras eram cosidas com “baracinho”, fabricado com folhas de palma finas e humedecidas para facilitar o trabalho. As folhas mais grossas são utilizadas na confecção de vassouras, ceiras, açafates e cestaria. As finas, além do “baracinho”, eram empregues em chapéus, esteiras e outros objectos.
A “empreita de palma” teve a sua origem na necessidade de embalar os figos, amêndoas e alfarrobas, para transporte. As esteiras, por serem mais baratas, eram utilizadas em casas mais humildes.
Presentemente a “empreita” é fabricada com fins decorativos, com incidência no Concelho de Loulé e Castro Marim, subsistindo por todo o Algarve, com destino, principalmente para os turistas que nos visitam. Era normal verem-se as mulheres, nos meios rurais, fabricando estas peças sentadas na soleira das portas.
Creio ter deixado uma percepção resumida deste tema.
Satisfeito, Maurício?
Inté.

TEXTOS, COMENTÁRIOS... E MAIORIA SILENCIOSA

Jorge Tavares

Textos, comentários... e maioria silenciosa


Quem se dedica a escrever, fá-lo quase sempre pelo prazer de comunicar, consigo e com aqueles que tiverem interesse em ler o que está escrito. Livros, revistas, jornais, e nesta nova era de tecnologia - blogues - são o espaço previligiado dos escritores e/ou pseudo-escritores.

Iniciei o meu contacto com o blogue da AAAETC, e desde logo pensei em participar. Conhecedor das minhas fracas capacidades de escrita, reconheci no blogue um espaço onde poderia comunicar informalmente com os outros costeletas, sem que os intervenientes fossem demasiado exigentes com a qualidade da minha prosa.

Tenho feito! Alinhavando assuntos diversos, desde as recordações da juventude, até à seriedade dos impostos e da informática.

Outros costeletas ( infelizmente muito poucos ) tambem têm espraiado a sua escrita pelo blogue. Algumas escritas bastante interessantes, outras menos conseguidas. Todavia, não devemos esquecer que o blogue é um espaço de escrita ( prosa ou poesia ) e tudo o que nele se faça é com espirito de "missão", pelo que, sempre de enaltecer e incentivar.

Que falta então, para que estes e outros escritores se venham juntar a nós? Saber que a nossa escrita é lida e para que o saibamos, ela tem de ser comentada: Apreciada ou não, concordando ou discordando, o que se pretende é que se comente, que se opine, que se troquem conhecimentos e vivências. Só teríamos a ganhar com essa troca. Alimentar o nosso blogue tal como, metaforicamente falando, o sangue que nos corre nas veias, alimenta o nosso organismo.

Apelo assim a todos os costeletas representativos duma maioria silenciosa, que "fale", escrevendo para sustentar o nosso blogue.

Obrigado a todos

Jorge Tavares

costeleta 1950/56

PARA O J. TAVARES, J. ELIAS e R. CORREIA

Exmo. Sr. João Brito de Sousa,

Andava aqui eu a tentar encontrar uma forma de estabelecer contacto com o Sr. Rafael Correia, quando dou com um belo texto da autoria de Jorge Tavares, que li com o máximo interesse e me proporcionou conhecer melhor uma pessoa que muito admiro mas que nunca vi: o autor do magnífico "Lugar ao Sul".
Ora como o Sr. Jorge Tavares diz que já teve a honra de assistir a uma montagem do programa presumo que seja uma pessoa da confiança do Sr. Rafael e nessa medida talvez pudesse fazer o favor de indagar junto do próprio se terá sido por estrita e livre vontade dele que não há "Lugar ao Sul" desde o dia 1 de Agosto passado, ou se foi forçado a tal por uma qualquer contingência a ele alheia.
É que se o problema foi um suposto contrato à margem da lei, que lhe terão apresentado, ou outra qualquer atitude ofensiva da sua dignidade, e caso haja disponibilidade dele para continuar (dentro da lei, pois tal é possível, já o confirmei) cabe a todos os seus admiradores lutarem por isso.
São muitos os ouvintes que desejam o seu regresso, pelas reacções que tenho recebido quer de dentro da nossa comunidade de amigos quer de fora. E não será um qualquer ignorante, que não sabe usar o poder que alguém irresponsável lhe colocou nas mãos, que o vai impedir.
O estimado Sr. João Brito de Sousa pode ajudar-me a estabelecer contacto com o Sr. Jorge Tavares? Tem inteira liberdade para lhe encaminhar esta carta.
Grato pela atenção,
texto recebido por email e colocado por
Joao Brito Sousa

HOJE,

DE TARDE...

Talvez venha aqui falar um pouco da minha estadia aqui. Intè, como diz o Fred.

JOAO BRITO SOUSA