terça-feira, 20 de outubro de 2009

MANIFESTO.

Caros Amigos Costeletas

Sentindo na pele os prejuízos causados por indivíduos irresponsáveis, na minha casa e na dos vizinhos, escrevi este Apontamento, revoltado, mas fazendo votos que seja lido, compreendido, e sensibilize os Professores do Ensino Básico, os grandes formadores da nossa Juventude.

QUANDO ACABARÁ ESTA PRAGA?

Assiste-se diariamente a actos de puro vandalismo e destruição da propriedade pública e privada, não escapando os monumentos, as placas toponímicas e sinais de trânsito que por toda a parte se encontram conspurcadas por mãos sebentas e gordurosas de tanta porcaria.
A “arte" dos grafites exterioriza bem a confusão, o distúrbio, e até a loucura do que vai na mente de tais "pintores", cuja vocação pictórica se deve, talvez, à alienação mental provocada pelo consumo de drogas, álcool, e outros estupefacientes que leva uma geração a arruinar-se, a prostituir-se, e a perder a sua personalidade.
Que futuro se poderá adivinhar para uma Sociedade que se pretende evoluída, esclarecida, e democrática , que se pretende capaz de garantir a continuidade dos VALORES MORAIS que herdámos dos nossos avós ao longo de séculos pela experiência e saber humanos, e que todos os povos procuram preservar ?
Os responsáveis deviam debruçar-se mais sobre estes problemas, educando as massas Jovens nas Escolas de Educação Básica e Pré-primária, local onde começa a formação da personalidade de nossa juventude.
Não esqueçamos de que é nestas Instituições que se mo1da, se fortalece e consolida toda a personalidade do futuro cidadão, que queremos forte, saudável e capaz de assumir-se com toda a pujança, já adulto, na continuidade dos destinos do país e na prática democrática, no respeito pelos outros e pelo Património Cultural e Espiritual que é de todos.
Será que a preocupação maior de alguns responsáveis é a despenalização do aborto, o '"ensino'' da prática sexual, como se deve ou não dar continuidade à espécie humana, ou fortalecer o espírito juvenil com os verdadeiros pilares da Moral?
A vossa consideração e respeito
Maurício Severo Domingues

3 comentários:

  1. AO MAURÍCIO

    Parabens mais uma vez.

    Este texto, é um grito de alerta e simultaneamente de revolta, dum homem que, no pleno exercício dos seus direitos de cidadania, veio aqui dizer NÃO, ISTO NÃO PODE SER.

    Por aqui, tem toda a minha solidariedade, porque o problema é nocivo e contraria as regras de boa convivência e de bem estar social.

    E isto tem que ser dito, para bem de todos.

    Mas alguém tem de se lembrar de dar um HELP aos professores primários. Eles estão sós e são o melhor que o País tem.

    Voltarei ao assunto, que reputo de importancia vital.

    Ab.
    João Brito Sousa

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  2. Meu estimado Mauricio,
    Li atentamente o teu texto (entre costeletas não há "você" nem " senhor"), e faço questão de colocar duas pequenas observações:
    -É verdade que é gravíssimo o que se passa em Portugal e no mundo, com esta juventude. Tambem é verdade que o principal alicerce da formação dos jovens é a familia, e esta na sua grande maioria destituiu-se desta função.
    Assim, quando os jovens são entregues à escola a tarefa dos professores é prejudicada, por essa atitude, agravada pelo contínuo desinteresse demonstrado pelos familiares, apesar das facilidades hoje existentes no campo laboral para esta assistência.
    -É injusto colocarmos a fasquia tão baixa. Temos de ter sempre presente que o 25 de Abril tambem democratizou o ensino,e levou a escola a todas as classes sociais.
    Tem havido um esforço de todos os responsáveis para que o ensino evolua acompanhando a própria evolução dos tempos e as suas necessidades. Não é fácil. Acredito na seriedade e vontade de todos actuais e ex-governantes para dotar este país dum ensino que possa ombrear com o que há de melhor...embora se questione sempre, qual o melhor?
    um abraço
    jorge tavares
    costeleta 1950/56

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  3. Meu caro Jorge Tavares

    Tens razão na apreciação que
    fazes do meu texto.

    Não quiz entrar com a grande
    responsabilidade da família, nesta
    questão, por ser melindrosa. Ela
    é a primeira responsável por este
    estado de coisas.

    Tive o Pelouro das Escolas (sete
    do Ensino Básico) na Freguesia do
    Estoril. Conheço bem os problemas
    com que se debatem os professores.
    Deves ter conhecimento do que era
    o Bairro do Fim do Mundo, o super
    mercado da droga, da delinquência,
    num Concelho em que a riqueza e a
    miséria vivem paredes-meias, lado
    a lado,com problemas de toda a
    ordem, onde a educação e os bons
    costumes não existem.

    A maior Escola da Freguesia está
    no lugar de S. João do Estoril e é
    frequentada, em maioria, por famílias ciganas, negros, caboverdianos e, por estranho que
    pareça por muitos dos nossos que
    aqui se radicaram.

    ``A familia cumpre educar os filhos,eu sei, e à Escola cumpre
    o dever de complementar essa educação, o retoque, o burilar de
    muitas arestas para que a criança
    se complete. A maioria delas só
    vê maus hábitos e costumes condená-
    veis em casa, onde passa todo o
    dia.
    Quanta dificuldade não têm os professores desta e outras EScolas
    para corrigir todos esses hábitos ?
    Depois das aulas , aonde só lá
    estiveram a marcar presença, re-
    gressam a casa, a maioria barracas
    cheias de lixo e alcoolismo, para
    esquecerem num minuto tudo o que
    lhes foi ensinado.
    Poucos são os professores que
    conseguem permanecer mais do que um
    ano lectivo na Escola.
    A discipima escolar é muitas vezes imposta pelos pais ,ciganos
    e negros, que por vezes ameaçam
    professores e funcionários, como
    toda a gente sabe .
    A Polícia pouco pode fazer e a
    Lei não favorece a sua actuação.
    Isto provoca desmotivação e os
    professores são pouco apoiados.
    É um problema muito complexo,
    mas estou certo de que mais uma
    geração e novas mentalidades irão
    modificar este estado de coisas.

    É verdade que o 25 de ABRIL, já
    lá vão 35 anos, democratizou muita
    coisa e até o Ensino. Pouco se fez
    nestas três décadas!!
    Vivi intensamente essa época e os
    quartéis, especialmente onde eu
    prestei serviço, foram os locais
    onde a esquerda irresponsável men-
    talizou as F.A. negativamente.
    Muitas histórias e factos vividos
    teria para contar e que a grande
    maioria dos Portugueses desconhece.
    Sou militar, como sabe, agora na
    situação de reformado, e vivi toda
    essa época de transformação social.
    de que não tenho saudades.
    A Educação é assunto para se
    debater, com Leis novas ,pois sem
    ela continuamos a viver na obscuri-
    dade e ignorância.

    Um abraço apertado do
    MAURÍCIO S. DOMINGUES

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