domingo, 25 de outubro de 2009

A ESCOLA (III)

ANO LECTIVO 1960/61

Foi o meu último ano na Escola Industrial e Comercial tendo frequenteinesse ano, a Secção Preparatória que dava acesso ao InstitutoComercial em Lisboa e ao Magistério Primário. Academicamente foi umbom ano escolar, pois fiz as Secções com aproveitamento e os exames deadmissão ao Instituto Comercial e ao Magistério, onde ingressei em Outubro de 61 e no ICL dois anos mais tarde.
A malta do meu tempo, nessa Secção, eram, na fila do meio, a Celina e a Fátima Oliveira, o Morgadinho e o Manuel Jacinto, o Quinta Nova e o Elói, o Firmino Cabrita Longo e eu. Fila da esquerda, Isabel Gregório, Teresa Xufre, Zé e Chico Gabadinho. Fila da direita, Helena Caravela,José Andrez, Luciano Machado, João Mário Mascarenhas e …
Professores, o Dr. Queiroz a Literatura e o Dr. Jorge Monteiro a Matemática e Física. No primeiro teste de matemática tive 4 e o Xico Gabadinho e o Luciano Machado tiveram 20. Vai daí fui para aexplicação do Capitão Vieitas, com o Zé Guta e a coisa compôs-se.
O Dr. Queiroz, dava uns toques na Literatura mas não era uma sumidade, ensinava q.b.
Excelente, excepcional mesmo era o Dr. J. Monteiro, que ao tempo era o Director da Escola. Foi um grande professor e um grande amigo.Encontrei-o mais tarde, algumas vezes em Lisboa.
As aulas do Dr. Jorge Monteiro eram duma clareza acima da media edadas num clima de respeito, silêncio e disciplina. Não havia foliasna aula do Dr. Monteiro. Era um ambiente de total aderência à causa deaprender. A Escola cumpria o seu papel, colocando-nos o prof. àdisposição, o Dr. Monteiro, que nos dava as aulas e nós aprendíamos asmatérias. Era isto, sem tirar nem pôr, o que acontecia.
Como é sabido, o processo de aprendizagem escolar hoje, vive, na generalidade, uma crise profunda, com os professores reclamando dobaixo nível de compreensão dos alunos.
Com o Dr. Jorge Monteiro não era assim, porque o seu método de ensino estimulava o gosto na aprendizagem.
Aprender, consiste num processo activo de interpretação pessoal da informação recebida, tendo como objectivo, a actualização e ocrescimento cultural e técnico do aluno.
Nas aulas do Dr. Jorge Monteiro, nós aprendíamos porque o professor sabia não só da matéria, mas sobretudo, expor.
O Dr. Jorge Monteiro foi dos melhores professores que tive em toda a minha vida.
Deixo estas notas, em honra (ou memória) desse grande pedagogo e amigo.
Porque era competente.
Saudações para todos do
João Brito Sousa

DO CORREIO

A minha identificação:
Antonio Viegas Rodrigues Palmeiro
Rua de São Sebastião, 9
Apartado 127565
Alvalade Sado
Associado 485
Pela primeira vez optei por uma intervenção, uma vez que sobre o assunto, muitas são as coisas que directa ou indirectamente me tocam profundamente.
Ao ler as noticias no blogue deparei-me com uma matéria do nosso colega António Encarnação sobre o assunto em epígrafe que me acho deveria ter um mais amplo desenvolvimento, tal é o melindre da questão em apreço.
Antes de continuar gostaria de referir que residi durante vários anos no Brasil, concretamente em São Paulo capital e também em São José dos Campos, também no Estado de São Paulo. Viajei pelo Brasil durante 10 anos, viagens de 30 dias com contempladas com 15 de descanso no final. Conheço mais Brasil do que muitos brasileiros e tenho por aquele País o maior respeito e pelo seu povo uma grande admiração.
Quando falo aqui em povo é o povo mesmo, quero aqui destacar o sertanejo. Tenho pelo sertanejo uma profunda admiração, é honesto e respeitador, desconfiado no inicio mas depois de conhecer bem é amigo e leal.
Sobre o mais do que comentado video, entendo, contrariamente ao colega Encarnação, que o caso não poderia passar em brancas nuvens.
Sobre o derrube o helicóptero, sendo um assunto que só aos brasileiros diz respeito é preocupante. Permito-me transcrever o título de uma matéria desenvolvida hoje, dia 23 de Outubro, na Revista VEJA on line: "UMA PROVA DE FOGO As cenas de um helicóptero pegando fogo no ar, abatido por tiros de um fuzil, deram ao mundo a dimensão trágica que o banditismo atingiu no Rio de Janeiro. A sede da Olimpiada 2016 já tem seu maior desafio, desbaratar as quadrilhas, prender os criminosos e libertar os bairros sobre o seu comando" Esta será matéria desenvolvida na VEJA a sair para as ruas no próximo dia 28. Pela minha parte apenas um comentário: Façam isso, limpem a área, mas não exportem para cá mais bandidos, a Costa da Caparica e a Bela Vista em Setúbal, estão rebentando pelas costuras, não comportam nem mais um. No entanto todos os brasileiros de bem e que venham por bem, certamente serão recebidos de braços abertos, como eu fui quando um dia resolvi fazer do Brasil a minha segunda Pátria.
A história da violência no Brasil é muito mais profunda do que uma análise superficial pode fazer crer. Nem o Brasil se resume ao Rio, a S.Paulo ou a Belo Horizonte. Estatistica recente considera o Recife a cidade mais violenta do Brasil.
Quanto ao video não vou fazer mais comentários vou enviar em separado o dito cujo e manter no mesmo o comentário feito por uma amiga brasileira.
Se puderem ouçam umas noites de poesia de Catulo da Paixão Cearense, declamadas no linguarejar matuto, de preferência observando o luar do Sertão.
Quem o faz uma vez jamais esquece.
Um abraço costeleta
Antonio Palmeiro
NOTA: - Manda uma foto, em anexo, via e-mail

DO CORREIO

Para si, prezado amigo Rogério
O meu abraço e muito obrigada,
por ter transmitido, ao nosso amigo
Comum, Maurício Severo, o meu "recado".

Para si, meu especial amigo, Maurício,
Não sei como lhe agradecer, tanta dedicação
E fomentar, com sinceridade a minha simples poesia, muito obrigada.
um grande abraço

Ao Senhor Professor João de Brito de Sousa.
não sei o que dizer.
mas sinto-me muito honrada, por
apreciar a minha modesta lírica,

Brevemente enviarei alguns textos
até breve saudações literárias
Prezado Senhor
Professor Alfredo
Foi, com muito agrado, que recebi a sua mensagem e agradeço o interesse pelos meus contos e crónicas, que enviarei brevemente.
um grande abraço
Maria Romana
25 de Outubro de 2009

POESIA


SONETOS IMPERFEITOS.

É a minha poesia em forma de soneto que não é soneto. Os aspectos fundamentais que privilegio são a mensagem, o ritmo, a musicalidade...Vou escrever a minha poesia, com amor. Gosto de escrever e devagabundear por aí.
Queria deixar registada aqui, no SONETOS IMPERFEITOS, a minha forma de pensar. Já publiquei um livro de ficção que foi um sucesso relativo junto daqueles que me conhecem.
Verifiquei que ainda não ultrapassei as fronteiras de mim. Mas venderam-se alguns exemplares e estou motivado para continuar.
A poesia em geral e a minha poesia em particular é um gesto, é uma atitude, é a vontade de dizer, é escrever uma ideia, é a forma de comunicar que mais me adapto.
Tenho centenas de poemas feitos que me agradam a mim e a mais alguém, mas que não agradam nada a outros. Mas eu quero escrever assim, bem ou mal, porque isso é sempre reconfortante ...
Escrever poesia, ou escrever a minha poesia, para mim é tão importante como sentir o cheiro de uma flor, como tirar partido dabeleza de uma paisagem, como observar a harmonia de uma frase, como verificar a serenidade de uma mulher bonita, como observar a leveza de uma corsa, como ter consciência da visível bondade de Jesus Cristo, como absorver uma verdade filosófica ou uma pintura de Picasso, ou observar a ingenuidade do Samona, meu cozinheiro na Companhia de Diamantes em Angola, de 1983/ 87.
A poesia traz-nos para dentro da vida e ajuda-nos a perceber essa mesma vida, o lado bom e o lado mau. Com a poesia apercebemo-nos do equilíbrio necessário para nos colocarmos diante das dificuldades do dia a dia. A poesia ajuda-nos a ser melhores pessoas porque nos traz verdades na sua forma mentirosa de estar. A poesia pode não nos tornar felizes mas evita que possamos ser infelizes, como disse Mário Vargas Llosa.
Os poetas às vezes mentem.
O poeta é um fingidor, disse Pessoa.
Tenho inveja dos poetas disse António Lobo Antunes.
Trago sempre um poema no bolso disse Miguel Veiga
Não conto as sílabas. Quero é dizer coisas em verso.
E com amor.
Um dos SONETOS, inseridos na obra
ESCREVER
(à minha professora primária)

É uma necessidade que gosto de satisfazer.
E que sinto me ajuda a ser melhor pessoa....
E porque é isso mesmo o que eu quero ser
Sinto-me orgulhoso de possuir essa coisa boa
Que é a vontade e necessidade de expressar
O desacordo que há entre mim e a humanidade
Porque eu gostava que pudéssemos mostrar
Que entre todos nós haveria solidariedade...
Camarada... sim... por que não... qual é o mal?..
Não se assustem amigos… o homem é igual …
E o caminho a percorrer é apenas o da verdade..
Um homem que se preza terá de ser honrado...
E isso, na família e escola deverá ser ensinado
Para nas obrigações e direitos haver igualdade.

João Brito Sousa

BILHETES POSTAIS ILUSTRADOS

Os espaços urbanos evoluem lentamente.
O registo da transformação de toda uma área delimitada por ruas, jardins ou praças, evidencia-se e acentua-se melhor, quando nos cruzamos com um antigo Bilhete Postal Ilustrado, que um mero acaso nos fez encontrar no fundo de um qualquer baú, descoberto por entre teias de aranha, num escurecido e esconso canto de um velho sótão.
Eles não só historiam a evolução do espaço urbano; aquela rua, aquela janela, porta, ou ainda aquele resistente banco de jardim, mas também nos transportam a um passado, por nós intensamente vivido e que só agora mais amadurecidos, tomamos consciência, que a adolescência e a sua ingenuidade, tornavam imortais, aqueles efémeros momentos.
Essa frustrada imortalidade, faz com que eu os contemple com um comovente encanto.
Que pormenor encerra este postal, que nos conduz a um velho amigo costeleta, que, infelizmente já não se encontra entre nós?
Qual a particularidade que o faz recordar?
Quem era o costeleta?
Jaime Cabrita Reis