sexta-feira, 27 de agosto de 2010


DAQUI E... DALI!
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LOBO ANTUNES É PARVO OU...

Lobo Antunes é parvo ou é tão arrogante que pensa que pode vencer a História. Quando o velho pensamento dominante sobre a guerra colonial, aquele dos refugiados em Paris e outros belos refúgios europeus para elites culturais com poder de refúgio em condições, está em perda e declínio em favor do sentido da força de quem deu o sangue para escrever a Historia, o escritor único e inigualável LA (estilo Nabokov), vem desferir sobre os militares envolvidos nessa guerra, umas enormidades blasfemas que depois quer disfarçar com literatura.
António Barreto até já bota discurso de elogio ao combatente, Manuel Alegre foge de ser apodado de desertor como tratador da boca do leão, os cantautores de letras anti-guerra evitam canta-las, quase todo o mundo intelectual que construiu o pensamento dominante de que herói era o fugido à guerra, já pouca coragem têm agora para defender tal tese.
Não podemos calar as atrocidades cometidas de parte a parte mas também não podem os combatentes dessa guerra deixar que a História dela seja mal contada com acrescentos injuriosos inventados. Na guerra participaram em maioria jovens analfabetos das nossas aldeias e lugares mais desconhecidos e atrasados de Portugal, sem a mais pequena possibilidade de escaparem ao serviço militar obrigatório. Se o tentassem fazer arriscavam-se a levar um tiro pelas costas como sucedeu ao Búzio, vizinho e com familiares na minha aldeia.
Milhares desses jovens deram a vida e ficaram enterrados no mato assinalados por algum imbondeiro, tal como aconteceu ao Soldado raso Pires que morreu de um tiro apontado a mim. Estes jovens pagaram um tributo de sangue ao país que era o seu e os enviou, inescapavelmente, e de repente para o centro da guerra sem mais explicações. E com o sangue de milhares de jovens portugueses não se deve nem pode brincar às literaturas de escritor exibicionista.
A História acaba sempre por concordar e reconhecer o sacrifício do sangue, mesmo quando dado por mal empregue ou tenha servido para nada. No tempo arcaico as Erínias não dispensariam a respectiva resposta também sanguínea, e mesmo depois de transformadas em benevolentes jamais condescenderiam com a apologia do anti-herói. E sobretudo relegariam ao desprezo total qualquer atitude de cobardia sobre acto de guerra ou acto intelectual acerca da guerra, perante a comunidade do povo de pais e mães dos combatentes.

Labels: guerra colonial

posted by josé neves
AS 701 ESCOLAS.

REFLECTINDO MELHOR.

O problema que se deve colocar, é saber , qual das duas questões em conflito, é a mais proveitosa para conduzir o aluno para o patamar de Homem realizado.

Os pais querem os seus meninos por perto com receio da violência que grassa fora de casa enquanto o estado acha que os jovens, desde tenra idade, se incorporem, numa espécie de vida militar e comecem a saber que a vida não é o colo da mãe mas outra coisa muito diferente, para pior.

Os 15% sim e os 85 % não apresentados pelo Alfredo, são valores cobertos pelos sentimentos paternais, derivados das emoções que a situação produziu, mas não são, em minha opinião, valores fiáveis.

Os nossos colegas que vinham de Tunes, S. Marcos, Albufeira Boliqueime, Almancil e por aí fora no comboio correio, alguns deles apanhavam-no às 5 da manhã e regressavam às 7 da noite, por não haver alternativa, estavam o dia inteiro forra de casa e dispunham de pouco tempo para estudar.

Alguns deles foram para Lisboa onde seguiram a carreira académica, num mundo totalmente desconhecido nessa altura e venceram

O Estado julga que a integração social dos alunos mais cedo será mais útil. Talvez seja.

Mas eu defendo o ensino ao pé de casa nas primeiras idades.

O meu contributo para o debate está dado.

Não voltarei ao assunnto.

Ab.
JBS