terça-feira, 3 de maio de 2011


APRESENTAÇÃO DO LIVRO

ACERCA DA CAÇA



Convidamos todos os Costeletas para apresentação do ensaio ACERCA DA CAÇA que terá lugar na Biblioteca Municipal de Faro, dia 17 de Maio pelas 18 horas.
A apresentação está a cargo do Costeleta João Manjua Leal.

Manuel Inocêncio da Costa


A CABRINHA E O FRIO

Alfredo Mingau


Se alguém não compreender alguma coisa do que está escrito, volte a ler o texto.
Se continuar a não entender, então o defeito está no conto. Não há gente estúpida, só há contos mal escritos.
Geralmente os contos são textos com valor.
E os pequenos contos, como gosto de escrever, têm uma pequena vantagem. É que, enquanto esperamos que o “ovo esteja cozido” ou que o número de telefone que marcámos fique desimpedido, podemos ler o conto. Basta ter o portátil aberto, refiro-me aos textos deste blogue.
Podemos lê-los sentado, de pé, ao vento, à chuva não porque ela é o inimigo número um dos electrónicos.
Portanto, não levantam obstáculos à má disposição e ao nervosismo.
Tudo nos "trinques". Como eu gosto!
E, enquanto esperam que o “ovo esteja cozido”, aqui vai uma pequena história.
O “Moce”, Costeleta dos quatro costados, criou na sua quinta, ali para os lados da meia légua, uma cabrinha de estimação. Com grande paciência e pachorra foi ensinando a cabrinha a executar certas habilidades. Bem domesticada e ensinada, o “Moce” resolveu apresentar a cabrinha na televisão. E se bem pensou melhor o fez. E a cabrinha, sem rede de protecção, deu um espectáculo na televisão equilibrando-se no gargalo de uma garrafa.
Este “Moce” com o passar dos tempos – não tenho conhecimento se a cabrinha fez o último equilíbrio num belo assado no forno – resolveu afastar-se do frio. Adquiriu um apartamento em S. Paulo, no Brasil. No Inverno calor no Brasil, no Verão calor em Quarteira.
E porque o ovo já deve estar cozido, termino esta pequena história.
Acham que é ficção ou precisam de voltar a ler?
Inté!

PS – Fugindo à minha forma e tipo de escrita, gostaria de dedicar este texto ao nosso amigo Costeleta Venâncio de Jejus. Um abraço.