segunda-feira, 28 de novembro de 2016

COMENTANDO


Respondendo ao texto de João Leal em CRÓNICA DE FARO de ontem

Estimado João Leal,

Li e reli o teu texto publicado no blogue  - O Manipanço ficou em Faro “.
Muito obrigado João.
Retroagi  mais de 60 anos da minha vida.
Depois de a minha mãe falecer, com três e até aos oito ano de idade, fui morar para a Rua da Boavista.
Mudamos para a Rua de Loulé, e lá vivi entre os nove e dezasseis.
A Rua da Boavista desce do Largo do Carmo, nas traseiras da Igreja, e desemboca justamente no Museu e na cadeia. “Vejo” o Zé da Cadeia, carcereiro, o guarda do museu, a advogado Dr. Cachola, o empresário sr. Carrilho, o Manelinho carpinteiro, o Romão da mercearia, o sapateiro Caxolinha, o Manelinho barbeiro, a casa das “meninas” no número 13, a família “ Caréu”, etc.
Tantas brincadeiras dentro do museu,  o “medo” que provocava tocarem o sino do “manipanço” e a benevolência do guarda.
A GNR e o hastear da bandeira ao final do dia, com o pai do “Pita” e tocar o clarim. A prisão do “ladrão”  sr. Oliveira, que impecavelmente vestido assistia à entrada para o cinema, para depois assaltar as casas, desempenhar o serviço de acólito, ajudando à  missa domingueira na cadeia, celebrada pelo padre José Gomes da Encarnação.
Enfim um rosário de recordações, e também, o conhecimento de algo, que confesso ignorava.
João, conhecedor do teu saber, e  da tua virtude como  grande entendedor da história contemporânea da nossa  cidade, deixo uma réplica à vereadora da cultura da Câmara Municipal de Faro, que recorra aos teus serviços elaborando uma “biografia” das gentes, bairros e histórias da nossa cidade, Encomendo o primeiro volume.
Um abraço

Jorge Tavares


Nota: “escrito sem revisão de texto”


6