ANAIS DO MUNICÍPIO DE FARO
Opinião de João Leal
Volvidos 5 anos e no âmbito das acções comemorativas
das “Jornadas Europeias do Património” foi apresentado o 38º volume dos “Anais
do Município de Faro”, uma referência participada e participativa do viver
farense e que assim volvido um lustro de apagamento, ressurgiram para desta
feita o terem, conforme voto expresso, a sua continuidade anual, como é norma e
objectivo da sua edição.
O ato, com ampla e muito positiva participação,
decorreu no auditório da Biblioteca Municipal António Ramos Rosa e com intervenções
quer do responsável por esta publicação, o ilustre algarvio mestre da
Universidade de Coimbra, professor Dr. Joaquim Romero de Magalhães, da Dra
Salomé Horta, responsável pela Biblioteca da Universidade do Algarve e do
presidente da Câmara Municipal de Faro, Dr. Rogério Bacalhau.
Criados em 1969, sendo então responsável pela
autarquia farense, o sempre lembrado major João Henrique Vieira Branco, teve o
seu primeiro diretor e mentor o saudoso Mestre Professor José António Pinheiro
e Rosa, então regressado do “exílio lacobrigense a que fora votado”, com uma
orientação e conteúdo bem diferentes dos atuais e uma presença reveladora do
que foi sempre o seu modo de viver, com a inteligência e valor que lhe eram e
são merecidamente votados o seu obreiro nº1. Desses estudos do prof. Pinheiro e
Rosa muitos foram depois publicados em separatas e constituem hoje verdadeiras
preciosidades bibliográficas.
Ao insigne Mestre sucedeu, já após o 25 de Abril, o
conceituado jornalista e investigador, o sociólogo Dr. Libertário dos Santos
Viegas, que prosseguiu com saber, vontade e determinação e a publicação
periódica dos “Anais do Município de Faro”, funções para as quais seria depois
convidado o seu atual diretor, o Prof. Dr. Joaquim Romero Magalhães.
Há 5 anos que, por vicissitudes várias, entre as quais
a situação económica difícil que a autarquia conheceu e ora já respira mais
afogada, esta obra básica para a história farense contemporânea, não eram
editados o seu reaparecimento bem como os testemunhos expressos de continuidade
regular, levam-nos a expressar a certeza de que este fim da tarde vivido na
Biblioteca António Ramos Rosa, é uma pedra assinalada!
João Leal
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