Neto Gomes
e Faro
Vimo-nos e revimo-nos, como farenses que há 78 anos o somos, nessa
jornada admirável, simbólica jornada que em si mesmo encerrou o preito de
merecida homenagem pelos “50 anos a comunicar – O Algarve na Voz e A Voz do
Algarve” do companheiro de percurso e irmão de afeto, Neto Gomes. Porque a sua
brilhante e generosa ação desenvolvida, ao longo deste meio século, tem a ver e
a servir a capital sulina, numa dádiva de intenções e viveres que este
“construtor de ponte entre os homens” sempre o tem feito. Muitas dezenas de
farenses, aqui nascidos, radicados ou servidores também desta “Terra de Santa
Maria”, das mais diversificadas áreas, do desporto à política, da economia à
cultura, da comunicação social ao rotarismo, ali estiveram no NERA, para dizer
“Obrigada, Manolito”, como a sua venerada professora das letras primeiras, D.
Isabel Pato, à boa maneira vila-realense o tratava.
Manuel Joaquim Neto Gomes, um coração maior que todo o Algarve, das
serranias fronteiriças ao Mar Atlântico e da Costa Vicentina ao serpentear do
Guadiana, está profundamente enraizado em Faro. É-o não apenas porque veio
oficializar as suas provas do ensino secundário, como aqui tem mercado uma ação
positiva, em iniciativas múltiplas que abrangem diferentes áreas onde este
“homem do servir” tem marcado a sua generosa e benquista presença. Foi-o várias
edições do “Natal dos Hospitais de Faro”, no promover de figuras farenses em
muitas das quase duas dezenas de livros que a sua investigação gerou e de que
destacamos pela sua profundidade, labor e saber os que se referem aos “Cem anos
de República”, “História do Governo Civil de Faro” ou os trinta anos primeiros
da vivência do que é hoje, o Centro Hospitalar do Algarve. Como o foi também as
suas sempre mais que apetecidas, esperadas e desejadas crónicas “Bancadas
Vazias” que, a partir do então Emissor Regional do Sul eram irradiadas de Faro
para o Mundo.
Este e sem beliscar a condição de que tanto se orgulha de nascido ali à
beira rio, na cidade pombalina ou do seu viver, sempre marcante em Portimão,
Silves, Vilamoura ou Loulé, Neto Gomes, o nosso irmão Manolito, marido dileto
de Maria dos Aflitos ou pai justificadamente “babado” dos seus filhos Dr. Pedro
Gomes (um dos nomes maiores da Urologia no Algarve) ou da Educadora Teresa
Gomes ou desse pleiade dos seus amores que são os netos deste Avô-Neto – o
Guilherme, a Maria e o Manuel, são mais que razões para havermos ido à jornada,
em que Faro como todo o Algarve, quiseram e souberam, com dignidade havida
dizer – “Obrigada, Neto Gomes!”
João Leal
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