
PROFESSORES
retirado de APGorjeios
retirado de APGorjeios
e solicitado autorização ao
ADOLFO PINTO CONTREIRAS
Assisti, desde a passagem da cabeça da manisfestação no Rossio até à passagem da cauda nos Restauradores, durante cerca de duas horas, à grande manifestação de má-vontade dos professores contra a avaliação e não carreira única.
Quem passou pelos vários graus de ensino sabe, de experiência própria, que em cada e todas as escolas há um restrito núcleo de bons e dedicados professores vocacionados para ensinar e que valem ouro, enquanto um largo grupo cumpre o dever a que está obrigado mais preocupado consigo próprio e a carreira do que com a escola e o ensino, e ainda resta um razoável naipe de professores feitos a martelo que o são apenas como modo de vida e futuro garantido que nem a receita pré-estabelecida são capazes de aplicar devidamente.
Estes últimos são irrascíveis quanto a qualquer mudança, os cumpridores indiferentes deixam-se arrastar pelo medo a alguma perda de privilégio e fazem grupo com aqueles e tornam-se, em algumas escolas, grupos activos maioritários enquadrados e dirigidos por sindicalistas com objectivos partidários.A síntese perfeita do espírito da contestação está nas declarações da professora Beatriz Duarte ao "Público" do dia 9 : -Se for preciso, manifesto-me todos os fins-de-semana-.
Nem mais nem menos, o trabalho de avaliação é uma canseira insuportável para a qual não está disponível, para tal peditório não dá o seu tempo, mas se for preciso dará todos os fins-de-semana para desfilar semanalmente em Lisboa ou qualquer lugar do país. A professora acha que dar algum do seu tempo extra ao serviço do ensino estorva insuportavelmente a sua vida pessoal ou familiar, mas está alegremente disponível para, durante a semana reunir, discutir, estudar, preparar e organizar a deslocação e sobre esse tempo ainda dá mais tempo, e duro, para desfilar um dia inteiro em marcha lenta cantando, dançando e apregoando slogans. E se entender necessário fá-lo-á todas as semanas, e viva a festa.
publicação de
João Brito Sousa
Boa noite João
ResponderEliminarUm abraço
O retrato que fazes da situação é
real e verdadeiro.
Lamentávlmente a nossa juventude
está entregue a grande parte desses "martelados "
Concordo com a selecção de valores e que se escolham os mais habilitados para transmitirem o saber aos alunos, mas isso devia ter sido feito no acto do recruta-mento e admissão dos professores.
Tinhamos poupado todo este espe-ctáculo vergonhoso, incitando até
crianças a colaborarem na cena.
E as outras profissões, os engenheiros , os médicos e os agentes do serviço público ?
A grande maioria limita-se a cumprir horários e a receber o salário ao fim do mês,sem se importar em exercer o seu mister
com o dever que têm para com os alunos e a Sociedade .
O PROFESSORADO devia ser um sacerdócio, uma profissão nobre, e
não me parece que o seja. Vejo-a como
se fosse a actividade de um simples
funcionário público, limitando-se
a cumprir os horários.
Tudo o resto deixo à vossa con-sideração e espírito observador.
Um abraço mais do
MAURÍCIO S. DOMINGUES
O QUE EU PENSO,
ResponderEliminarO alvo do texto retirado do APCgorjeios, do ADOLFO PINTO CONTREIRAS, parce-me ser o professor.
E isso não me parece justo.
PORQUE,
será que o prof. não terá direito a manifestar-se? Quanto a mim tem.
a classificação de bons professores, prof. mais preocupados consigo próprios e um naipe feito a martelo, sempre houve, portanto esta classificação não trás mais valia ao processo.
Resta-nos a avaliação.
O texto diz que os professores a rejeitam. Eu não enetndo assim.
Além de terem legitimidade para isso, o que os professores rejeitam é esta avaliação que o MINISTÉRIO QUER, o que é diferente de não quererem ser avaliados.
Penso que o que está em causa e será objecto debate é um sistema de ensino e não, fulano, beltrano ou cicrano.
JOÃO BRITO SOSUA
Estou do lado dos professores.
Muito boa tarde !
ResponderEliminar"PROFESSORES TEMA PARA DEBATE"
Tudo a que assistimos no quotidiano, é a triste realidade ao que este País chegou.
Quem ingressou na carreira por mérito próprio, por amor à profissão, não tem quaisquer problemas em ser ou não avaliado.
Quem se revolta, quem contesta, (há excepções) são na sua maioria aqueles que ingressaram por apadrinhamento, favores, etc.
Mas não é só no ensino. Se percorrermos o Serviço Nacional de Saúde defrontamo-nos com "quadros" muito mais tristes. Convido todos a visitarem o rés do chão do Hospital Distrital de Faro, mais parece um necrotério do que um serviço de urgências dum hospital.
Cumprimentos
Lídia Machado
Boa Tarde,
ResponderEliminarInteiramente de acordo com a análise feita pela Dª. Lídia Machado.Está lá tudo !
Cumprimentos para TODOS.
AGabadinho
Sou visita assídua deste blog, uma vez que as pessoas mais importantes na minha formação como Homem e tendo-as como referência, resolvi escolher seguir a via profissional do ensino, são também professores e membros desta associação.
ResponderEliminarSenhor Adolfo Contreiras, é notória a falta de conhecimento de V. Exa pelo que se passa actualmente nas escolas do nosso país, o mesmo acontece em relação ao Sr. João Sousa que concordando consigo, fez a publicação deste texto. Vejo nele um pouco da cegueira e do autismo da nossa Ministra da Educação.
Apelidar de “manifestação da má vontade” ao que aconteceu na tarde do dia 8 nas ruas de Lisboa, só revela que o senhor desconhece o que o M.E. tenta impor aos professores. O conjunto de imposições a que me refiro, e ao contrário do que seria de julgar não foram tomadas tendo como preocupação os nossos estudantes e não visam de forma alguma o seu sucesso educativo. São somente um instrumento para uma enviesada avaliação do estado da educação e das suas estatísticas em Portugal.
Esta manifestação foi ao contrário do que os senhores pensam, um enorme sucesso, um verdadeiro exemplo de força e união, ou o senhor também é daqueles que pensa que os 120 mil foram convocados pelo PC?? Tenho as minhas dúvidas.
Um pequeno exemplo de como este Modelo de Avaliação do Desempenho, é condenável, para além de configurar uma arquitectura burocrática absurda e desajustada daquilo que é relevante no processo de ensino/aprendizagem, pode desencadear, no quotidiano escolar, processos e relações de extraordinária complexidade e melindre, mercê de contingências disparatadas, como os avaliadores de hoje serem avaliandos amanhã, e vice-versa, avaliadores com formação científico-pedagógica e académica de nível inferior aos avaliandos, ou ocorrerem avaliações da qualidade científico-pedagógica de práticas docentes empreendidas por avaliadores oriundos de grupos disciplinares muito díspares (os quais, nem sequer foram objecto de uma formação adequada em supervisão e avaliação pedagógica, quanto mais científica).
Alerto ainda o Sr. Adolfo e Sr. João Brito para os graves problemas de indisciplina que se vivem nas nossas escolas e que são mais que muitos e não se resolvem como na década de 50, quando os membros desta associação ocupavam os bancos da escola. E que este modelo de avaliação de desempenho imposto pelo ME, quer avaliar os professores em função da sua relação com a comunidade escolar.
Sou professor com muito orgulho e preocupo-me com o sucesso dos meus alunos, quando me sinto prejudicado e injustiçado, sou capaz de abdicar do meu descanso semanal, as vezes que forem necessárias para me deslocar sem medo a Lisboa, e reivindicar justiça. Sim, porque agora podemos fazê-lo, ao contrário do que acontecia nos saudosos anos 50 e 60, sempre recordados neste blog, em que poucos, mas bons tiveram coragem de o fazer.
Francisco José Marques Alves Miguel
Boa tarde João.
ResponderEliminarOs professores merecem-me todo o meu respeito e admiração,especialmente aqueles que nos ensinam as primeira letras e contribuem grandemente para a
formação do cidadão.
A minha filha foi durante sete ou oito anos professora do Ensino Secunário, que abandonou a seu pedido, requerendo a exonera-
ção,por discordar com a politica do Ensino durante o consulado do Ministro Roberto Carneiro.
O mal já vem e longe e pena foi
que este Ministro e outros que o
seguiram não tivessem tomado medi-
das que se foram arrastando anos
seguidos e tivessemos chegado a
este caos, cujo tratamento é dolo-
roso para Professores, Alunos e
pais.
Confio e creio que a selecção
será feita, desta ou de outra maneira,mas com a preocupação de
melhorar o Ensino em Portugal.
O comentário anterior foca também o caso da Saúde. Não é só
o Hospital de Faro. Visite o Hospital de Cascais, onde eu pró-
prio estive dois dias numa maca, nos corredores, por não haver camas .
É nas Autarquias, nas Repartições
Públicas, onde Técnicos Superiores
arrogantemente impõem as suas leis
e interesses para conseguirem benefícios pessoais, etc, etc.
Todos os dias a imprensa, a rádio
e a Televisão nos mostram a imagem
triste e vergonhosa a que chegámos.
Fico-me por aqui hoje.
MAURÍCIO S. DOMINGUES
A MINHA OPINIÃO É,
ResponderEliminarSou visita assídua deste blog, uma vez que as pessoas mais importantes na minha formação como Homem e tendo-as como referência, resolvi escolher seguir a via profissional do ensino, são também professores e membros desta associação.
Senhor Adolfo Contreiras, é notória a falta de conhecimento de V. Exa pelo que se passa actualmente nas escolas do nosso país. Vejo nele um pouco da cegueira e do autismo da nossa Ministra da Educação.
Apelidar de "manifestação da má vontade" ao que aconteceu na tarde do dia 8 nas ruas de Lisboa, só revela que o senhor desconhece o que o M.E. tenta impor aos professores. O conjunto de imposições a que me refiro, e ao contrário do que seria de julgar não foram tomadas tendo como preocupação os nossos estudantes e não visam de forma alguma o seu sucesso educativo. São somente um instrumento para uma enviesada avaliação do estado da educação e das suas estatísticas em Portugal.
Esta manifestação foi, ao contrário do que o senhor pensa, um enorme sucesso, um verdadeiro exemplo de força e união, ou o senhor também é daqueles que pensa que os 120 mil foram convocados pelo PC?? Tenho as minhas dúvidas.
Um pequeno exemplo de como este Modelo de Avaliação do Desempenho, é condenável, para além de configurar uma arquitectura burocrática absurda e desajustada daquilo que é relevante no processo de ensino/aprendizagem, pode desencadear, no quotidiano escolar, processos e relações de extraordinária complexidade e melindre, mercê de contingências disparatadas, como os avaliadores de hoje serem avaliandos amanhã, e vice-versa, avaliadores com formação científico-pedagógica e académica de nível inferior aos avaliandos, ou ocorrerem avaliações da qualidade científico-pedagógica de práticas docentes empreendidas por avaliadores oriundos de grupos disciplinares muito díspares (os quais, nem sequer foram objecto de uma formação adequada em supervisão e avaliação pedagógica, quanto mais científica).
Alerto ainda V. Exa. para os graves problemas de indisciplina que se vivem nas nossas escolas e que são mais que muitos e não se resolvem como na década de 50, quando os membros desta associação ocupavam os bancos da escola. E que este modelo de avaliação de desempenho imposto pelo ME, quer avaliar os professores em função da sua relação com a comunidade escolar.
Sou professor com muito orgulho e preocupo-me com o sucesso dos meus alunos, quando me sinto prejudicado e injustiçado, sou capaz de abdicar do meu descanso semanal, as vezes que forem necessárias para me deslocar sem medo a Lisboa, e reivindicar justiça. Sim, porque agora podemos fazê-lo, ao contrário do que acontecia nos saudosos anos 50 e 60, sempre recordados neste blog, em que poucos, mas bons tiveram coragem de o fazer.
Portalegre, 12 de Novembro de 2008
Francisco José Marques Alves Miguel