PEDAÇOS
DE VIDA I
Esta tarde, apetece-me dizer algo sobre
mim mesmo.
Ao pensar em mim e na Família que tenho,
penso ao mesmo tempo nos outros. Como católico assumido, sou a dizer-vos, que a
minha maior riqueza é a Família. Como Família, já perdi entre outros, os meus
Pais e os meus Sogros, para além do meu Cunhado.
Tenho na Família, três pessoas
maravilhosas para além de um Irmão que vive há longos anos nos EUA e que
mantemos um contacto regular através do telefone ou por e-mail.
Neste momento, faz
na próxima segunda feira três semanas, que minha mulher fez uma fratura no ombro
esquerdo mas, Graças a Deus, a situação vai melhorando. O serviço, tem sido
repartido entre todos da casa e, assim se vai resolvendo os problemas dos
banhos, da alimentação e arrumos de casa.
Para facilitar na confeção das comidas e
outros, tenho a ajuda da minha amiga bimby que me vai proporcionando refeições
agradáveis e, do agrado da Família.
Temos ou, tenho que dar Graças a Deus,
por ter tido uns Pais que me deram educação e alguma instrução. O resto,
aprendi no serviço militar, no CISMI em África "Moçambique - Tete e na
Beira", e nos locais de trabalho por onde passei. Mas, foi gratificante
todo o trabalho que tive na Câmara Municipal de Faro desde 1991a 2014. Durante
estes anos, lidei com alguns executivos da Autarquia de Faro que me marcaram
mais pela positiva do que pela negativa, assim, como alguns assessores entre
eles, um por quem tenho muita consideração, de seu nome António Fernandes.
Enquanto funcionário da Câmara Municipal de Faro, desempenhei o cargo de
Encarregado do Parque de Campismo e, em 1997 fui colocado como Encarregado dos
Cemitérios.
Em relação a este último cargo, para o
qual não tinha qualquer formação profissional nem conhecimentos, foi aquele que
mais me enriqueceu em todos os sentidos. Desde o lidar com subordinados com
alguns vícios, os quais, ao encontrá-los na rua me agradecem o bem que lhe fiz,
e, lidar com a dor dos munícipes na perda de um Familiar, dando sempre uma
palavra de consolo e, acompanhando o seu cortejo fúnebre da entrada do
Cemitério até à última morada. Para além deste gesto, marquei sempre presença
na exumação dos corpos e, sendo curioso neste sector, ainda assisti a algumas
autópsias.
Digo-vos que foi uma experiência
com algumas coisas positivas e, outras menos positivas. Mas, as amizades
adquiridas ficaram registadas, sendo um enorme prazer da minha parte encontrar
alguém na rua questionando-me, isto é, fazerem-me .críticas sobre o estado em
que se encontra o Cemitério ou outro assunto de outra natureza.
Peço desculpa por vos ter roubado o
vosso preciso tempo, mas senti necessidade deste desabafo depois de ter feito
uma visita aos meus Pais.
Termino, desejando umas boas saídas e
umas melhores entradas em 2017
Dezembro de 2016
Florêncio Vargues
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