Margarida Vargues, filha do nosso Presidente Florêncio Vargues, enviou-nos estes POST's do seu Blog "Pano P'ra Mangas", para apreciar-mos e que gostosamente publicamos:
Clicar sobre as fotos para aumentar.
...e o sonho subiu, novamente, ao palco!
Sempre que ouvia falar em D. Quixote, o meu imaginário
viajava até à infância, quando, sentada em frente à televisão via os episódios de desenhos animados de D. Quixote na TVE. D. Quixote entre os moínhos, Sancho
Pança, o seu fiel amigo e Dulcineia, a sua amada. Sim, confesso a minha
ignorância e até há uns meses era, apenas esta a imagem que tinha desta obra de
Cervantes (calma...o autor eu sabia quem era! Não me atirem já com a lança).
Faz
agora um ano que começámos a balancear umas valsas. Em Outubro vieram umas
piruetas e mais tarde uns passos a que chamámos “passos de cavalo” - whatever! Uma
pessoa quando não cresce no meio do ballet e só se mete nestas aventuras depois
de uma "certa idade", a memória para os nomes já não é a mesma, por
isso, inventa-se mnemónicas para decorar os passos 😀
O
desafio estava lançado. Iríamos levar a palco D. Quixote - não o dos desenhos
animados, mas aquele que
faz as delicias de milhares de pessoas em várias salas por esse mundo fora.
Obviamente, não toda a obra, mas quase quatro minutos de coreografia, o
que, também é obra!!!
Lembro-me
de ouvir a musica pela primeira vez e de chorar. Chorar de emoção. Comprei-a no iTunes e
ouvi-a muitas e muitas vezes ao adormecer. Vi e ouvi o bailado completo umas
três vezes no youtube, enquanto trabalhava. A música tinha de entrar no ouvido
e ai...como eu sou dura de ouvido!
Tendo
eu uma costela espanhola e uma paixão por todo o salero - e flores na cabeça -
de nuestros hermanos, não podia - porque não podia mesmo! - falhar.
Inclusivamente fui buscar as minhas primeiras pontas, porque apesar de mortas,
falavam melhor a minha língua de pés do que as mais novas - e foi com elas que
ensaiei a maior parte do tempo, mesmo correndo o risco de me magoar.
Como
nos anos anteriores, as aulas começaram a ter uma componente técnica e uma
parte de coreografia. Foi um desafio do demo! Para mim, para nós e para a
muito, muito querida professora, que sonha e faz a obra nascer 💓 e
se ela sonha é porque sabe que estamos à altura. (Agora a sério: mete-se e
mete-nos em cada uma!!!! Oh God! Não sei de que lado está o grau
maior de insanidade, se nela que nos convence se em nós que nos deixamos
convencer!).
A
meio do percurso o que é que aparece? Um D. Quixote! Um verdadeiro D. Quixote,
ou pelo menos como o imaginamos: alto, magro de barba e bigode...à D. Quixote!
Foi agarrado com unhas e dentes e já não foi libertado e só ele encheu o palco
- ele e a sua lança talhada à altura do evento.
Este
ano fizemos as duas apresentações no mesmo dia. O São Pedro esteve do nosso
lado e adiou o verão para o dia seguinte. Não, não estou a brincar - calçar,
descalçar e voltar a calçar as pontas com calor excessivo teria sido um
pesadelo.
Não
fomos perfeitas, mas ninguém deu por isso (ou pelo menos é o que eu acho...). O
vermelho de 24 saias de folhos de tule, o som de 24 leques a abrir e a fechar e
os passos do nosso D. Quixote roubaram o protagonismo às imperfeições
Prova
superada! Mais uma vez este meu AMOR MAIOR valeu e fez-se valer.
Voltaremos
ao palco no dia 12 de Janeiro no Teatro das Figuras.
Contamos convosco na plateia!
Quanto
às aulas, recomeçam no início de Setembro e qualquer inscrição ou pedido de
informação pode ser enviado directamente para o Atelier do Movimento.
NOTA DA REDACÇÃO: - Gostaríamos que a margarida nos autorizasse a transferência de postes ou outras publicações do seu para o nosso Blog.
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