terça-feira, 30 de maio de 2023

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE A CASA DOS CANTONEIROS É ali, meio caminho entre Faro e Olhão, na chamada «Meia Légua» que se situa a icónica «Casa dos Cantoneiros», uma presença que nos trás sempre à lembrança esta laboriosa classe de trabalhadores das estradas, extinta como outra prestável instituição, que eram os guarda rios. Quase frente a frente com o marco que lembra a batalha travada, em 1808, entre a força napoleónica aquartelada e Faro e os revoltosos portugueses que em Olhão haviam dado o brado da libertação do jugo estrangeiros. É uma curiosa construção, no estilo tradicional português, que serviu de lar a várias famílias de honestos cantoneiros. Extinta esta prestimosa classe, com todos os conhecidos inconvenientes daí resultantes e cada vez mais acentuados, a «Casa dos Cantoneiros» fechou há anos. Muito se tem falado nos últimos tempos da falta de habitação e dos imóveis devolutos, por via da legislação governamental visando reduzir a gravidade da questão. Há que dar préstimo a este imóvel propriedade do Estado e que está a degradar-se, com tanta gente com falta de casa para morar. JOÃO LEAL

 

A CASA DOS CANTONEIROS


É ali, meio caminho entre Faro e Olhão, na chamada «Meia Légua» que se situa a icónica

«Casa dos Cantoneiros», uma presença que nos trás sempre à lembrança esta laboriosa classe

de trabalhadores das estradas, extinta como outra prestável instituição, que eram os guarda

rios.

Quase frente a frente com o marco que lembra a batalha travada, em 1808, entre a força

napoleónica aquartelada e Faro e os revoltosos portugueses que em Olhão haviam dado o

brado da libertação do jugo estrangeiros.

É uma curiosa construção, no estilo tradicional português, que serviu de lar a várias famílias

de honestos cantoneiros. Extinta esta prestimosa classe, com todos os conhecidos

inconvenientes daí resultantes e cada vez mais acentuados, a «Casa dos Cantoneiros» fechou

há anos.

Muito se tem falado nos últimos tempos da falta de habitação e dos imóveis devolutos, por

via da legislação governamental visando reduzir a gravidade da questão.

Há que dar préstimo a este imóvel propriedade do Estado e que está a degradar-se, com

tanta gente com falta de casa para morar.


JOÃO LEAL

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