sábado, 2 de fevereiro de 2008

CARNAVAL COSTELETA

Recepcionistas-Ramalho-Rogério.João (A mesa do grupo de Setúbal
(o pé de dança-1º plano Presidente Assembleia)
(O Cesar Nobre e a Noélia) --------------------(Mesa de Foliões)

(O pagem ou o bobo da corte eleito)


(Os reis no trono - ao lado os reis cessantes)


(A valsa dos Reis)

Neste Sábado 2 de Fevereiro, fizemos o nosso almoço-dancing-convívio de Carnaval no AlgarCatering-Senhora Menina.

Foi uma jornada que decorreu com muita alegria. Bastantes destrajados e mascarados, como se pode apreciar nas fotos, deram brilho ao evento. Entre os presentes tivemos o prazer de receber 10 ekementos da Associação congénere de Setúbal, com o seu Presidente e nosso amigo Nelido Vagueiro. Como vem sido norma no nosso Carnaval, elegemos os Reis do Carnaval Costeleta e o melhor destrajado para pajem ou o "bobo" dos Reis. Os prémios, bastante "valiosos", constaram de uma sombrinha chineza para o pagem, um soutian gigante para o Rei e coroamos a rainha com um penico azul celeste. O Júri que elegeu os soberanos e o pagem era composto pela Laura Teixeira, o Almeida Lima e a Suzete Casaca, Os reis foram empossados por suas magestades cessantes. Os novos soberanos dançaram a "valsa real", tendo a respectiva corte acompanhado na dança.

Foi uma tarde bem passada.
Poderão apreciar algumas das fotos do evento. Como a colocação das fotos é demorada, iremos colocando dentro do tempo que temos disponível.

Para ver em ponto maior, clikar com a mãosinha na foto
Rogério Coelho

LITERATURA

(BAPTISTA-BASTOS não é costeleta mas é seguramente um grande escritor)


O MEU ESCRITOR PREFERIDO

BAPTISTA-BASTOS.
“... um grande escritor português do nosso tempo”

Manuel da Fonseca.

Baptista-Bastos é um homem sem medo e sério. O soneto que vai a seguir é testemunha disso e da grande admiração que nutro pelo escritor Armando Baptista-Bastos. Li toda a sua obra e percebo-a lindamente.

NÃO TENHAS MEDO ...

Se tiveres que lutar, luta... vai, não tenhas medo!....
Faz como o Baptista-Bastos e o Manuel da Fonseca fizeram.
Vieram dois e diz o Bastos:- Manuel, não é tarde nem é cedo.
Vai-te aquele que eu fico com este e logo ali começaram...

A porrada foi tanta que os dois saíram vencedores,
Não há hipóteses quando há seriedade, honradez e razão.
Características essas próprias destes dois grandes escritores
Que, apesar de tudo... no final, aos vencidos apertaram a mão.

É assim, não há alternativa, serás feliz se fores homem de bem
Exige-se ainda que nunca tenhas faltado o respeito a ninguém
Foi assim que procedeste?... Se foi , não tenhas medo de nada.

E olha em frente amigo e vais ver que te sentes bem contigo...
Fundamental!... só assim tens direito a ter esse porto de abrigo
Sabes, é a tua consciência a não a considerar a tua vida errada...

A sua obra é uma obra limpa, tecnicamente correcta, fresca e actual. Ler Baptista-Bastos é estar em contacto com a realidade e aprender. Aprender coisas difíceis. Diz ele, em tudo há associações de coincidências.

É a isso que muitos chamam sorte. Eu percebo-as como desígnios da Divina Providência. É preciso ser bom em Psicologia para se perceber tal. Sorte, qual sorte?!...Sorte é o destino que acompanha cada um de nós. BB diz que percebe isso na óptica do desígnio (tenção ou intenção) recebido da Divina Providência, ou seja do Além.

Gostava de poder captar a felicidade, diz um dos seus personagens. Mas é Tckékov que diz que a felicidade não se alcança, não se capta, está no patamar seguinte. Felicidade é um sentimento na óptica de BB e captar a felicidade é estar atento à passagem do sentimento do interior para o exterior.

Curioso é a opinião de BB sobre Aquilino Ribeiro, escritor que só agora pude ler (estou no quarto livro) e que admiro pela linguagem terra a terra que utiliza.

“- Conheces o Aquilino? Este é que tem uns colhões que descem o Chiado e chegam até ao Rossio. É contra a Situação, está sempre a conspirar. Até se diz que foi bombista; até se diz que era a terceira carabina do Terreiro do Paço quando do Regicídio. Se o Buíça e o Costa falhassem, lá estava o Aquilino de atalaia.” Aquilino, diz BB, regressa às fontes arcaicas e clássicas da nossa cultura, e diz-nos que a moral não é relativa. Salazar, Fernando de Sousa, Forjaz de Sampaio, o próprio Aquilino, são negadores, cada um à sua maneira de que a fé abraça várias verdades.

Como desmontar isto?

Aquilino foi um escritor que olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os, como Velasquez fazia, com as tintas do arco-íris. Aquilino, todos o sabem, é um pesquisador do inédito.

João Brito Sousa

A DISCORDANCA DO JORGE TAVARES

(respeito...)

Diz o Jorge TAVARES,

"A PROPÓSITO DO TEXTO SOBRE O PROFESSOR Uva, fiquei incomodado com algumas imprecisões, devidas talvez à sua antiguidade.

Foi meu professor, e hoje classifica-lo-ia, como muito avançado para a sua época.

Nunca o vi agredir algum colega e eu próprio, que não era "flor que se cheire" somente apanhei raspanetes e uma expulsão. Digamos que a sua sabedoria, passava por um sentido de humor, invulgar, e por uma forma de ensino impar.

Com ele aprendi a servir-me das instituições bancárias (depósitos, reformas de letras, etc), porque todos nós tratavamos dos seus assuntos nos bancos.

Com ele aprendi a consultar códigos, interpretar as leis, mas nunca nos transformou em papagaios, como era apanágio do ensino na altura.

Com ele aprendi e diferenciar o professor com sentido prático da vida, daquele que transformava o ensino em mera teoria.

Obrigado Professor J. Uva.Jorge Tavares1950 a 1956 "

O MEU COMENTÁRIO

Foi Albert Camus que disse: “Não quero ser um génio... já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem”

Ora aí está. Fui eu que estruturei esse texto que o Jorge fala e será lógico que seja eu a esclarecer o que aí escrevi..

Assim,

1- O Jorge classifica o Dr.UVA como um professor muito avançado para a sua época. Trata-se de um ponto de vista pessoal, respeitável. Nada a opor.

2- Forma de ensino ímpar, diz o Jorge.. Pode ser discutível mas a opinião do Jorge não me agride.
Quanto à palavra agressão que o Jorge cita, certamente que o texto não quis dizer isso, quando nos referimos à utilização do ponteiro na sala de aula, com o instrumento auxiliar..

Quem me contou a história não é mentiroso, pelo que eu aceito a utilização do ponteiro como um método de ensino, que teve a sua época, com forma de ensino coactivo. Quem disse o que disse, acerca do uso do ponteiro, quereria criticar o método de ensino e nunca o nosso Dr UVA..

Era esta explicação que queria dar ao JORGE TAVARES e felicitá-lo por não se ter calado perante tal assunto.

A NOSSA POSTURA É DE HONRA; Não há aqui segundas nem terceiras intenções..

Um abraço para todos e um BOM CARNAVAL, são os votos do

JOÃO BRITO SOUSA

UMA HISTÓRIA DE CARNAVAL

(carnaval)

Estamos no Carnaval.

Mas, se pensarmos bem, o Carnaval de agora, não é nada que se pareça, com o carnaval de Outrora.

Às quintas e sábados, à noite, era um desfilar de mascarados pelas ruas da cidade que visitavam as sociedades recreativas, que eram bastantes. Recordo-me do 20 de Janeiro, do Musical, dos Artistas, do Ginásio, do Sport Lisboa e Faro, do Clube Farense...

As ruas, cheias de povo a assistir ao desfile, assemelhava-se ao passar das procissões.

Recordo-me, naquele tempo, e naquele ano, em que me resolvi mascarar para visitar todas as sociedades. Vesti-me de mulher com mascara na cara. Um travesti autentico. Entrei no Clube Farense, nunca lá tinha entrado, era só para os ricos, e ao subir a escadaria da entrada, encaro-me com outro/a mascarado/a que descia. Afastei-me para o lado e o outro mascarado colocou-se na minha frente. Afastei-me para o outro lado e a mesma coisa. – Este tipo está a gozar comigo, talvez por ser carnaval, pensei.

Afastei-me para o centro da escadaria e ele insiste. Levantei os braços, já irritado, e exclamei: - Então, passas ou não? Reparei que o outro levantava também os braços e então verifiquei que estava na frente de um grande espelho... fartei-me de rir.

Entrei disse umas “larachas” às madames da “fina flor” e saí. Depois de visitar algumas sociedades entro na sociedade do 20 de Janeiro, e aqui foi o bom e o bonito porque, o insólito aconteceu quando me dirigi a duas moças, sentadas na primeira fila. Eu não as conhecia, mas elas ficaram desconfiadas e diz uma para a outra: - “É uma mulher!” Responde a outra: - “É um homem bem disfarçado”. Discutiram por breves instantes enquanto eu dei uma volta pela sala e voltei a intriga-las e dancei com a que dizia que eu era uma mulher. A discussão entre as duas continuou e a que dizia que eu era mulher, diz para a outra: - “Vou já tirar a prova”. E ao dizer isto, mete a mão por baixo da minha saia e apalpa-me o sexo.

Dá um grito, e sai a correr na direcção do quarto de banho das senhoras. Não a vi mais. Gostou ou envergonhou?

Diz o povo que, no Carnaval, tudo vale...
Bons tempos
Bons Carnavais que não se esquecem mais!!!
Rogério Coelho

DO COSTELETA ROMUALDO CAVACO

(a recauchutagem ficava por detrás da Igreja do CARMO)

RECEBEMOS DO MONTANHEIRO DA CORTELHA, a propósito do meu texto DOIS A DOIS... as romualdinas que vamos publicar..

Ah Marfado Moço, que coisas ele se lembra!!!
Ias acertando na porta, mas é ao lado.
Quem vem do Refúgio para o Largo do Carmo, encontra o Dep.de Massas e Bolachasda Nacional, Recauchutagem Leopoldo, Dias (Distribuição de Mercearias) e vidrospara candeeiros (quer dizer lampadas para os mais novos entenderem) e depois éque é a Nova Agencia de Camionagem Algarvia,Lda. Os sócios da Nova Agência(represent.da HANOMAG e outras peças), eram o tio do José Loures Santinho e opai do Neves.
O Santinho era Chefe da Est.C.P. de Luzianes (Odemira). Eu tinha-o visitadohavia pouco tempo. Numa viagem próximo de Silves na curva da morte ficou ele, amulher, a filha e a sogra.
O Neves também tinha jeito para as artes. O Pai dele, Sr. Delores foi motoristada EVA na carreira de Faro/Lisboa, durante quase 100 anos. Depois de reformadoainda se fartou de vender HANOMAGUES.Um abraço.
Desculpa os algarviismos, mas a vida não pode ser levada sempre a sério.
Recolha de
João Brito Sousa