
HISTÓRIA DE UM COSTELETA MALANDRECO
por Jorge Tavares
por Jorge Tavares
Decorriam os anos 1950/52.
Um grupo de costeletas, frequentava algures em Faro, o mesmo explicador.
Desse grupo faziam parte o signatário, o Romualdo Cavaco, Alberto Rocha, Jacinto Nunes (o morgadinho de Salir)....
Um grupo de costeletas, frequentava algures em Faro, o mesmo explicador.
Desse grupo faziam parte o signatário, o Romualdo Cavaco, Alberto Rocha, Jacinto Nunes (o morgadinho de Salir)....
Ao costeleta malandreco, por comportamento menos correcto, foi-lhe aplicada pelo explicador uma boa ponteirada. Lembro que os métodos disciplinadores na altura, passavam também pelo uso do ponteiro, e em geral aplicado na cabeça.
O agredido, para se defender, instintivamente levantou o braço, e o ponteiro acertou-lhe no relógio, partindo-o. Esta máquina do tempo, tinha sido oferecida pelo seu pai, como prémio por ter feito os exames da quarta classe e de admissão com distinção.
A sua reacção foi de desgosto profundo, gerando desde logo, o pensamento de retaliação da agressão e consequentemente, ao agressor.
O explicador tinha uma namorada, que toda a gente sabia ser leviana, dando “ bola” a todos os rapazes que se aproximassem, com intenções de receber os seus olhados de especial carinho.
Como início da retaliação, o costeleta malandreco, encontrou no talho da Rua Filipe Alistão, conhecido como do “pau-preto”, um par de cornos de carneiro muito velho e como tal, grandes e retorcidos.
Recebido o objecto sem custo, embalou-o, e comunicou aos companheiros de explicação, a sua intenção. Assim, no dia do aniversário do explicador, encabeçando o grupo de colegas, foi ofertar-lhe os ditos como prenda de aniversário.
Após a entrega, e sem esperar pela abertura da prenda e pelos consequentes agradecimentos, debandaram de imediato. Obviamente que o costeleta malandreco, só com a intervenção e muito solicitada, do seu pai, voltou a ser readmitido na explicação.
Pouco tempo passado, a namorada do explicador acabou com o namoro, para “fugir” com um galã da época... este desenlace veio certamente, aliviar a consciência do malandreco.
A amizade que se cimentou entre todos os intervenientes desta “estória”, e o explicador, deve ser registada como exemplo de grande tolerância.
Recolha de
João Brito Sousa
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