segunda-feira, 3 de novembro de 2008

QUANDO ALGUÉM PARTE

A nossa associada nº 529 - Isilda Maria Gonçalves Teixeira, irmã do Presidente da Assembleia Geral, Joaquim Gonçalves Teixeira, partiu.
Ao Joaquim Teixeira e família, apresentamos o nosso profundo desgosto.
QUE DESCANSE EM PAZ

HOMENAGEM À COSTELETA


MARIA JOSÉ FRAQUEZA

DA LÍDIA MACHADO,
Ex aluna

Fui aluna da Professora Maria José Fraqueza, na Escola Industrial e Comercial de Vila Real de Santo António !No dia 15 de Novembro vão homenagear esta GRANDE MULHER, que bem merece.

O que vai a seguir é da minha récita de finalistas mas foi escrito pela Poetisa Maria José Fraqueza.

Balada da despedida

Como agradecer-te todo o carinhoe ensino que nos deste tu escola querida foste para nós como mãe da nossa infância em ti confiamos nossos sonhos de criançaque agora então tendem a esvanecer-se dentro de nós, dentro de nós...Ai como é triste dizer-te adeus e então partir rumo ao futuroque vai surgir cruel e traiçoeiroe aí então vamos sentir a tua falta dentro de nósteu desamparo E dentro de nós muito juntinhos iremos recordar os bons momentos que passámos a brincar momentos esses que jamais nós deixaremos de relembrar Marcha dos finalistas

Olha, olha para a marchatráz consigo os finalistasai escola és sempre aquela ai escola és sempre aquelaque fazes de nós artistasE como todos os anosaqui estamos de abaladae ao dizer-te adeuse ao dizer-te adeus és tu quem ficas caladaai ai escolavimos dizer-te obrigadoestá tudo terminadoagora vamos deixar-teai ai escolaaqui tens a nossa festa pois é ela que atestao nosso adeus para sempreJá te dei muito dinheirodo trabalho dos meus paismas... finalmente acabeiagora já não há maisai ai esolaaqui tens a nossa festa pois é ela que atestao nosso adeus para sempre

Algum ano voltaremossomente para recordaraquilo que aqui fizemosaquilo que aqui fizemosao que se chama brincarEstas quadras também são da autoria da Professora Maria José Fraqueza

O Senhor Dr. Furtadoé o rei da alegria com saúde e a dar ao péo que ele quer é foliaO Senhor Director é (José de Campos Coroa)um cavalheiro afamadajá tem consigo a Coroae um extenso reinado

No seu reinadoaturando a rapaziadadeveria ser reformadopara ter velhice regaladaEm maquinaria é fina quando as máquinas experimenta a Maria José Fraquezaarranja-as sem ferramenta

Aproveito esta oportunidade para enviar daqui um grande abraço para a Professora Maria José Fraqueza e desejar-lhe as maiores felicidades.

Cumprimentos
Lídia Machado
PUBLICAÇÃO de
João Brito Sousa

A ARTE


A ARTE
por joão brito sousa


Resolvi pegar neste tema hoje porquanto, gostando eu de fazer os meus poemas, um poeta a sério, do nosso meio literário, sabendo disso mas interrogando-se acerca da minha capacidade poética, questionou-me nestes termos: João, como é que tu reages perante uma obra de Picasso? E eu ,não a percebo e dá-me vontade de fugir, disse eu.. E perante uma obra de Mozart? Agride-me, vou-me embora. Então não podes ser poeta porque não se pode ser um bocado de artista . A arte é una e por isso não se pode ser artista por partes.
Fui estudar o assunto e verifiquei que o nosso poeta António Aleixo, diz lá na sua poesia, que a arte é uma coisa imanente, ou seja, a arte é o resultado da expressão de um talento, que vai produzir um efeito agradável, principalmente, na alma de cada de nós, melhor, no interior de cada um de nós e não em qualquer realidade externa.
A arte exige de cada um de nós que a entendamos para que seja possível o diálogo com ela. A arte é sentir. Não a sentindo não há diálogo possível com a arte; não há entendimento. Só aquele

que a entende é artista. Não pode ser artista quem não entende a arte.

E o que será um artista? Diremos que é artista, aquele que domina a técnica exigida pelo trabalho que desenvolve, pondo nele toda a sua intuição, competência e saber, conseguindo realizar trabalhos com beleza tal que os destinatários dele, em primeiro lugar e os outros todos depois, reconheçam-no como um trabalho de excepção quanto à sua concepção e realização
Um objecto é tido como artístico quando for possuidor da característica da quase exclusividade, de peça rara, ou seja, estar a sua execução ao alcance de poucos. Mas a arte resulta de um exercício de criatividade expressa num objecto ou atitude, palpável o primeiro impalpável o segundo, mas onde ambos nos ofereçam a possibilidade de aferir que são possuidores de qualidade artística.

A qualidade artística colocada nos objectos ou atitudes, vêem da alma de quem a expressa e resulta da sua sensibilidade. Ora as sensibilidades são distintas, quer dizer, dois artistas podem ver a mesma coisa de forma diferente, o que é natural, acontecendo às vezes, um artista não perceber os trabalhos de outro artista, não lhe negando, todavia, esse estatuto e reconhecendo arte naquilo que produz.. Daqui concluirmos que arte exige estudo e dedicação. Miguel Ângelo dizia que não podia trabalhar com as mãos numa coisa e a cabeça noutra, sobretudo em escultura.

Por isso é que as peças de arte são, algumas, de valor exorbitante. Por uma lado, devido aos autores, que são poucos e já desfrutam no meio onde se movimentam, como detentores de grande criatividade artística e por outro lado de vido às peças apresentadas.
Mas a arte precisará de um terceiro elemento para se afirmar. É o destinatário da obra de arte ser por ele reconhecida como tal ...

A arte, em sentido popular, também pode ser traduzida como o oposto do belo. E o povo, às vezes, diz de um gatuno, saíste-me um bom artista. Li no jornal uma vez, que um homem mandou fazer uma casa tida pelo construtor como inviolável. O proprietário, face a isso, mandou colocar um anúncio pedindo um gatuno profissional, para entrar numa casa tida como de difícil acesso

O Homem veio e entrou na casa. Resolveu um caso ao alcance de poucos. É de artista. Mas o desempenho não é arte, parece-me....