quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO DE CASIMIRO DE BRITO

CASIMIRO DE BRITO

O Livo: "69 Poemas de Amor"
Comemorando os 50 anos de Poeta e Escritor

















O nosso associado “Costeleta”, Poeta e Escritor Casimiro de Brito, fez o lançamento do seu último livro “69 Poemas de Amor”
Foi no dia 19 de Novembro de 2008 no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro “António Ramos Rosa”, celebrando os 50 anos de Poeta e Escritor.
Falando com João Leal antes do lançamento do livro, este garantiu-me que não se alongaria e que falaria pouco.
O auditório encontrava-se quase repleto de assistentes. O Presidente da Associação não esteve presente por motivo de saúde, estando a nossa Associação representada pelo associado João Leal, a Vice-Presidente Isabel Coelho e o Secretário Rogério Coelho, que captou as fotografias que encabeçamos esta notícia. Notámos a presença dos associados Costeletas, o poeta Dr. Manuel Inocêncio, a poetisa Maria José Fraqueza, o Victor Venâncio e o irmão do saudoso Luís Cunha.Que nos desculpem outros que não pudemos referenciar.
João Leal, de improviso, falou de facto pouco mas disse muito, enaltecendo a figura do Poeta/Escritor Casimiro de Brito, e convidou a Vice-presidente Isabel Coelho para entregar um estojo contendo a medalha da nossa Associação e a inscrição gravada que reproduzimos:

Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomaz Cabreira
Felicitações a
CASIMIRO DE BRITO

50 Anos de Poeta e Escritor
19 Novembro 2008



Nas fotos, que destacamos, podemos ver no salão de entrada da Biblioteca alguns expositores com os livros editados pelo Poeta, os assistentes, a mesa de honra constituída pelo Vereador da Cultura de V.Real Santo Antº, Casimiro de Brito e o Editor das 4 águas de Tavira, e a leitura de poemas pelos actores, o João Leal no uso da palavra e a Vice-Presidente que, junto da mesa de honra, entregara a Casimiro de Brito as felicitações da nossa Associação e Casimiro de Brito assinando os autógrafos nos livros para a Isabel Coelho, Maurício Domingues e João Brito de Sousa.

Rogério Coelho

ANA GASTÃO E CASIMIRO DE BRITO


ESCREVER OU A ARTE DE BEM CAIR
entrevistado por
Ana Marques Gastão

Toda a experiência num poema, espécie de canto final em vida. Livro das Quedas, de Casimiro de Brito (nascido em Loulé 1938), entrelaça quotidiano e erudição, leveza e densidade no tempo ininterrupto da linguagem. Não um requiem, mas uma celebração. Mais de 140 títulos publicados, o autor, que esteve ligado à Poesia 61, está representado em 140 antologias e traduzido em 20 línguas. Tradutor, ensaísta, é presidente do Pen Clube Português. Entre outros, recebeu o primeiro prémio de poesia Leopold Senghor (2002) atribuído pela Académie Mondiale de Poésie, Fundação Luther King. "O estilo de um poeta é a sua impressão digital"

A ideia de queda que preside ao seu livro pode ser entendida como inclinação para algo ou alguém, o que nos coloca perante a questão do desejo. Somos uma civilização do desejo? que temos próximo do caos é o desejo.
Somos escravos da ordem vigente, o desejo escapa-lhe, não é disciplinado e liga-nos ao mais profundo de nós mesmos. Se Platão, um enorme poeta, além de filósofo, não tivesse dito que os poetas deveriam ser expulsos da cidade, mas o contrário, o mundo seria completamente diferente. Não haveria vendilhões do templo, mas política feita por sábios ou loucos.

Não há escolha perante o desejo?
Não, como no amor, aliás. O poeta libanês Kahil Gibran escreveu "Se o amor te acenar, segue-o." Felizmente somos contraditórios, não excluímos na nossa fuga à ordem. O poeta move-se entre o desejo e a forma. O estilo é a sua impressão digital. Valéry escreveu sobre a oscilação entre a música e o sentido, mas não chega, deve falar-se também da paixão, da dor do mundo. Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, é uma cosmogonia dotada de voo e queda, um épico subjectivo. Há pontos em comum com o seu livro no sentido de serem obras de uma vida? Talvez por serem ambos estruturas abertas onde cabe tudo. O meu livro é um labirinto. Penso que cada poema é o último e, como no amor, tenho a sensação de que o vivo pela primeira vez. O corpo que amamos e conhecemos, por mais que se dispa, está sempre vestido porque possui o enigma.

Há muito de uso da tradição, de intertexto, de deslocamento, de polifonia nesta obra. Um livro de poetas?

Claro, é uma polifonia dramática, onde estão presentes os poetas marcantes da minha vida.Pound, outro autor de uma épica sem enredo, escreveu que chegou demasiado tarde à suprema incerteza. Poderia dizer o mesmo? A incerteza invadiu-me muito cedo.O meu caminho é o de perder- -me no labirinto.
Livro das Quedas é poesia em convulsão, mas filtrada pelo despojamento?

Esse despojamento tem causas idade, conhecimento poético e ser capaz de levar 19 anos a trabalhar um poema, como aconteceu com o número 55 do livro. Em fonética, queda quer dizer leitura final de uma frase, baixando a voz. Escreve baixo nesta obra, que exalta, de alguma forma, o mínimo?

Penso que sim, por isso digo "A música/já não dói, o corpo já não o sinto fugir de mim..."

(continua)

recolha de
JBS

É BIFE !...

(de pé da esq. para a dreita, ROGÉRIO, JBS E JAIME REIS, o bife)
COOPERAÇÃO.

Pós moces de
Fare
Um abraçe

Jaime Cabrita Reis

Pergunta o miúdo à mãe:- Ó mãe, o qué um insete ?- Ê cá nã sê, preguntá mana ...!- Ó mana, o qué um insete ?- Pôs nã sê... preguntó pai .!-Ó pai, o qué um insete ?-Ó mê ganda burre... Um insete.... sã Oite ...!

colocação de
JOÃO BRITO SOUSA