quinta-feira, 30 de março de 2017

MEU TIPO INESQUECÍVEL


O MATIAS


    A notícia triste, cruel e absurda chegou-me através do telefonema de um amigo comum, nos seguintes termos: - O Matias de Estoi, Deixou-nos.
    Fiquei estarrecido, desolado e invadido por una profunda tristeza. Reagi com recordações saudosas e contemplativas. Tantas e tão boas.
    O José Matias era um “moço” genuíno nos afetos, amigo do seu amigo e sempre pronto para ajudar. Tinha um sorriso um pouco enigmático, mas que deixava transparecer amizade e ternura.
    Nunca vi o Matias zangado. Vivia como ninguém os nossos convívios e emocionava-se com as recordações da nossa escola. Por isso, desejo prestar-lhe uma simples homenagem, recordando um episódio vivido no dia a dia escolar.
    O José Matias era um fervoroso adepto dos bailaricos.
    Naquele tempo os bailes realizavam-se aos domingos e fazer uma “direta” com aulas na segunda-feira era um risco.
    As discotecas ainda estavam para existir e, por isso, foi na sociedade recreativa que o Matias dançou ate de madrugada. Por volta das Sete horas da matina o Matias foi a casa, “banhou-se”. Substituiu o fato domingueiro, mudou de sapatos e “zás” a caminho da nossa escola.
    Quando chegou, encostou a “pasteleira” (bicicleta) e logo notou uma diferença no calçado. precipitadamente calçou no pé esquerdo um sapato castanho com sola de borracha e no pé direito um sapato preto com tacão a “pipi” que era moda naquele tempo.
    Ao dirigir-se para a primeira aula de Português com o Dr. Salgado o Matias foi coxeando ouvindo-se nitidamente o soar característico do tacão no soalho, motivando sorrisos…  e mais sorrisos quando teve o azar de ser chamado ao quadro.
    Depois desta cena, o Matias esteve dois dias a faltar ás aulas.
    Pensámos que estaria envergonhado até que ao terceiro dia compareceu na companhia do José Amâncio que logo declamou a seguinte quadra em jeito de justificar a ausência do J. Matias:
O Matias tinha, “tinha”
E foi ao médico da escola
E este, disse que a” tinha” que tinha
Já não tinha a “tinha” na tola
    Descansa em paz. Serás sempre recordado como um bom amigo e uma excelente costeleta. 

Paixão Pudim



ANIVERSÁRIOS

ABRIL

1 - Jorge de Sena Cristina Aleixo; Manuel Francisco Uva Jacinto; Maria Solange Madeira Isidoro. 2 - Lília Rosalina Santos Matos. 3 - Maria Isabel Leiria Eusébio Correia. 4 -Álvaro Manuel Correia Ponte; João Vitorino Mendes Bica. 5 - Rui Patrício da Rocha Guerreiro. 7 – Maria da Piedade Coelho Santa Rita C. Correia.  9 – Maria da Conceição Carmo Sério; Maria Mabel R. Paiva Pires Gomes. 10 -  Silvino dos Santos Cabecinha. 11 - Estanislau Miguel Conceição Silva; José Domingos Barão; Horácio Pereira Rodrigues. 12 - Daniel Pinheiro Bernardo;  João Vítor Jesus Martins; Marília Vicente Viegas Pedrinho Martins. 13 - José Paixão Neves Pudim; José Hermenegildo Mendonça Soares. 14 - António Belo Carvalho; Edéria Maria Apolo de Mendonça Gama.15 - José Manuel Clérigo do Passo; José Travassos Machado. 16 – Maria de Fátima Silva. 17 - José Quirino Espírito Santo Cabrita; Augusto Maria Coelho. 19 - Amaranto José Cavaco Romão . 21 - Alberto Santos Pereira Rocha; Maria Lourdes Oliva Dentinho; António Guilherme; Anselmo de Jesus Nunes Correia. 22 –Maria Graciete Passos Valente Santos Transmontano de Carvalho. 23 - António Jorge Pereira da Silva Gago. 25 – Umbelina Conceição Máximo Cavaco. 26 - António José Oliveira e Sousa; José António Oliveira e Sousa; Fernando Manuel Gomes Palma; José Francisco Coelho Cabanita. 28 - Rui Nobre Rodrigues. 30 – Maria Graciete da Piedade Santos Ribeiro.
PARABÉNS A TODOS


CLUBE DA ARGOLA



Para relembrar os esquecidos e dar a conhecer aos outros, voltamos a publicar os Estatutos do CLUBE DA ARGOLA:

ESTATUTOS
Artº 1º - Pertencem, por assinalado mérito, ao “CLUBE DA ARGOLA”, os associados da AAAETC que, por lapso de memória, tenham, pelo menos um ano de quotas em atraso;
Art.º 2º - Os membros deste Clube usufruirão das seguintes regalias:
                      1º - Poder apreciar, no endereço do sobrescrito em que lhes é enviado o “o Costeleta”, o seu número de sócio da AAAETC aureolado por uma radiosa argola vermelha
                  2º - Deliciar-se, em cada jornal, com uma soberba poesia que lhes é dedicada.
EXEMPLO       Nº  o  no sobrescrito
                         Poesia:   Por não pagar a “propina”
                                       Que era devida à “Escola”,
                                       Vejam lá minha sina:

                                       Cá estou caído na argola.

A Direção


QUANDO UM COSTELETA PARTE


JOSÉ MANUEL D'ASSUNÇÃO BRUCHO
Partiu

À viuva, familiares e amigos o nosso profundo desgosto

DESCANSA EM PAZ JOSÉ MANUEL