O MATIAS
A notícia triste, cruel e absurda chegou-me através do telefonema de um amigo comum, nos seguintes termos: - O Matias de Estoi, Deixou-nos.
Fiquei estarrecido, desolado e invadido por
una profunda tristeza. Reagi com recordações saudosas e contemplativas. Tantas
e tão boas.
O José Matias era um “moço” genuíno nos afetos,
amigo do seu amigo e sempre pronto para ajudar. Tinha um sorriso um pouco enigmático,
mas que deixava transparecer amizade e ternura.
Nunca vi o Matias zangado. Vivia como
ninguém os nossos convívios e emocionava-se com as recordações da nossa escola.
Por isso, desejo prestar-lhe uma simples homenagem, recordando um episódio
vivido no dia a dia escolar.
O José Matias era um fervoroso adepto dos
bailaricos.
Naquele tempo os bailes realizavam-se aos
domingos e fazer uma “direta” com aulas na segunda-feira era um risco.
As discotecas ainda estavam para existir e,
por isso, foi na sociedade recreativa que o Matias dançou ate de madrugada. Por
volta das Sete horas da matina o Matias foi a casa, “banhou-se”. Substituiu o
fato domingueiro, mudou de sapatos e “zás” a caminho da nossa escola.
Quando chegou, encostou a “pasteleira” (bicicleta) e logo notou uma diferença no calçado. precipitadamente calçou no pé esquerdo um sapato castanho com sola de borracha e no pé direito um sapato preto com tacão a “pipi” que era moda naquele tempo.
Quando chegou, encostou a “pasteleira” (bicicleta) e logo notou uma diferença no calçado. precipitadamente calçou no pé esquerdo um sapato castanho com sola de borracha e no pé direito um sapato preto com tacão a “pipi” que era moda naquele tempo.
Ao dirigir-se para a primeira aula de Português
com o Dr. Salgado o Matias foi coxeando ouvindo-se nitidamente o soar característico
do tacão no soalho, motivando sorrisos… e
mais sorrisos quando teve o azar de ser chamado ao quadro.
Depois desta cena, o Matias esteve dois dias
a faltar ás aulas.
Pensámos que estaria envergonhado até que
ao terceiro dia compareceu na companhia do José Amâncio que logo declamou a
seguinte quadra em jeito de justificar a ausência do J. Matias:
O Matias tinha, “tinha”
E foi ao médico da escola
E este, disse que a” tinha” que tinha
Já não tinha a “tinha” na tola
Descansa
em paz. Serás sempre recordado como um bom amigo e uma excelente costeleta.
Paixão Pudim
ANIVERSÁRIOS
ABRIL
1 - Jorge de Sena
Cristina Aleixo; Manuel Francisco Uva Jacinto; Maria Solange Madeira Isidoro. 2 - Lília Rosalina Santos Matos. 3 - Maria Isabel Leiria Eusébio
Correia. 4 -Álvaro Manuel Correia
Ponte; João Vitorino Mendes Bica. 5 - Rui
Patrício da Rocha Guerreiro. 7 –
Maria da Piedade Coelho Santa Rita C. Correia.
9 – Maria da Conceição Carmo
Sério; Maria Mabel R. Paiva Pires Gomes. 10
- Silvino dos Santos Cabecinha. 11 - Estanislau Miguel Conceição Silva;
José Domingos Barão; Horácio Pereira Rodrigues. 12 - Daniel Pinheiro Bernardo;
João Vítor Jesus Martins; Marília Vicente Viegas Pedrinho Martins. 13 - José Paixão Neves Pudim; José
Hermenegildo Mendonça Soares. 14 -
António Belo Carvalho; Edéria Maria Apolo de Mendonça Gama.15 - José Manuel Clérigo do Passo; José Travassos Machado. 16 – Maria de Fátima Silva. 17 - José Quirino Espírito Santo
Cabrita; Augusto Maria Coelho. 19 - Amaranto
José Cavaco Romão . 21 - Alberto
Santos Pereira Rocha; Maria Lourdes Oliva Dentinho; António Guilherme; Anselmo
de Jesus Nunes Correia. 22 –Maria
Graciete Passos Valente Santos Transmontano de Carvalho. 23 - António Jorge Pereira da Silva Gago. 25 – Umbelina Conceição Máximo Cavaco. 26 - António José Oliveira e Sousa; José António Oliveira e Sousa;
Fernando Manuel Gomes Palma; José Francisco Coelho Cabanita. 28 - Rui Nobre Rodrigues. 30 –
Maria Graciete da Piedade Santos Ribeiro.
PARABÉNS A TODOS
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