quinta-feira, 20 de abril de 2017

COCTAIL DE TAPAS... Histórias de ficção



                            O  BARCO


Estamos no centro de Faro, junto da doca. O casal encontra-se junto do Centro Naval e caminha pela ponte de embarque na direcção do barco que se encontra encostado e pronto para navegar. São 6 horas. O Sol ainda não "nasceu". Ela embarca e senta-se no banco da frente voltada para a proa. Ele desamarra o barco e senta-se no banco do centro de costas para ela. Pega nos remos e põe o barco em movimento. As pás movimentam-se com subtileza num movimento rotativo e penetrante na água calma da Ria Formosa.
Passa sob a ponte do comboio e segue embalado pelos remos pelo canal na Direcção das quatro águas onde, neste momento, se encontra fundeado o navio de fiscalização a 'Bicuda".
Á esquerda, lado nascente, o Sol dá os primeiros passos mostrando os primeiros raios luminosos num céu cristalino de azul celeste maravilhoso. Está um dia calmo e o mar, como se diz em meteorologia marítima, "mar chão".
O barco continua o seu rumo embalado pelo esforço conjunto das mãos do homem nos remos. Cruza com a Bicuda, onde um marinheiro, na amurada, acena com a mão. Ela, com um sorriso aberto corresponde.
O barco aproxima-se do Ramalhete. Bem à vista e á direita da praia do Ramalhete o casarão e a pirâmide, branquinha, de sal. E o barco vai navegando com extrema suavidade. Os remos saboreiam a água. E esta tolerante recebe o suave peso dos remos . O homem acaricia os remos, em círculos que se encerram na palma das suas mãos. Sente a boca seca e chama em seu auxílio a saliva enquanto suspende o esforço de remar. Durante um certo tempo sente o desejo de persistir no descanso de remar. Olha para a direita e observa as casas de pescadores junto da praia do Ramalhete. A mulher volta-se e olha-o admirada pelo silêncio dos remos com interrogação no olhar. Ele sente os braços cansados, levanta - se, abre a torneira do depósito, puxa o cordel do motor, senta-se voltado na direcção da proa e orienta o barco na Direcção da praia de Faro (Praia do Ancão), em velocidade moderada. A mulher jovem não diz nada. Emudeceu interiormente. O Ramalhete fica para trás.
Uma gaivota paira esvoaçando por cima do barco e pousa na proa olhando para a mulher que, com um admirado sorriso aberto, fixa o pássaro. Este, como resposta ao olhar fixo da mulher, lança um grasnido fazendo vibrar o ar, como sinal de revolta de intromissão no seu habitat. E lança-se em voo vertical. Paira, aponta o bico, olha lá do alto, sobrevoa o barco e voa na direcção das casas da Praia de Faro. O homem que abrandara o andamento da barca, com um sorriso acelera na direcção da praia.
Como não estamos na época termal o movimento de pessoas e embarcações é quase nulo durante a semana, aumentando aos fins de semana, com os passeantes e turistas.
Neste momento sente-se mudança no tempo. O cristalino céu azul transformara-se em compactas nuvens cinzentas. Repentinamente a força do vento aumentou. A ondulação bamboleia o barco que sobe e desce, sem arbítrio, pelas cristas e vales das ondas na Ria Formosa. O homem consulta a mulher que aceita o retorno e faz com que dê a volta ao barco para regressar à doca. De vez em quando, uma onda levanta o barco e deixa-a num momento suspenso, caindo e produzindo um forte ruído, enquanto o motor na água desloca constantemente o centro da gravidade. Água e fibra do barco unem-se na desordem agredida. A mulher agarra com força as bordas do barco para suster o desequilíbrio.
O barco e a água cansam-se desta brutal luta, mas o homem consegue sair vitorioso e chegar á doca, onde o temporal não é tão ríspido. Enquanto a mulher sente que desembarcou no paraíso ...


Uma Tapa do Roger
Focando os anos 50.


COMPORTAMENTO INCORRECTO NA TV SIC


Não! Não!
Ontem, no  jornal das 20 horas no canal SIC, o pivô Rodrigues Guedes de Carvalho, teve um comportamento incorrecto  e prepotente,  não compatível com a responsabilidade inerente ao seu cargo profissional, especialmente num canal de televisão de grande audiência, e ainda por ser um jornalística, que tem por missão informar e formar.
Na entrevista que estava conduzir com o sr. Director Geral de Saúde, Dr. Francisco Jorge, certamente a convite da direcção de informação  SIC , depois de vários depoimentos e informações a propósito do sarampo, e do falecimento da jovem, o pivô, deu por terminada a entrevista. O Dr. Ricardo Jorge entendeu solicitar ao referido senhor um minuto para dar um esclarecimento publico. Recebeu um Não, sem mais comentários. O Dr. insistiu mais uma vez, e recebeu com a mesma secura e autoridade Não.
O Dr. Ricardo Jorge, pela responsabilidade do seu cargo, e muito bem, ignorou a falta de educação do pivô, e deu a informação que entendeu ser do interesse publico.
É lamentável que a Direcção de Informação da SIC entregue ao sr. Rodrigues Guedes de Carvalho esta função, porque o seu comportamento 
(e não é novo) dificilmente é aceitável.

Jorge Tavares
Rodrigo Guedes de Carvalho
Pivô da SIC