quarta-feira, 19 de junho de 2019

"JOSÉ AFONSO AO VIVO"


Na Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andersen, em Loulé, foi apresentado o livro - álbum «José Afonso ao Vivo», no âmbito das comemorações do 90º aniversário do nascimento, em Aveiro, do saudoso criador de «Grândola, Vila Morena» e professor na nossa Escola. Trata-se, segundo o jornalista Adelino Gomes, autor desta obra a convite da Editora Tradisom, de «um tributo à obra de Zeca Afonso». O livro - álbum inclui um vinil e dois cd,s com os concertos realizados em Coimbra (Teatro Avenida) na Queima das Fitas de 1968 e em Carreço, em Fevereiro de 1980.

João Leal

"COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE"

DR. URBANO JOSÉ SANTOS



Há dias, ao consultar um exemplar do extinto semanário farense «O Algarve» ( edição de 21 de Fevereiro de 1958), de que foi Diretor o meu saudoso amigo e compadre Arthur José Serrão e Silva, o «Silvinha» como era afetuosamente tratado, encontrei a notícia do falecimento do sempre lembrado Mestre e Professor da Escola Tomás Cabreira, Dr, Urbano José dos Santos, conhecido pelos seus alunos por «Urbanito», que nos havia deixado a 15 daquele mesmo dia e ano. Foi uma figura mediática da cidade de Faro de então e durante várias épocas, em que por aquilo exerceu o múnus pedagógico e a sua ação cívica. Natural de Portimão, onde na casa que possuía na Cidade do Arade faleceu, contava 7 6 anos de idade e era professor aposentado do ensino técnico profissional. Licenciado com o Curso Superior do Comércio, lecionou inicialmente no Liceu Nacional de Beja e efetivou-se na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, em Faro, cidade onde residiu durante décadas e até à reforma, que aconteceu em Julho de 1954, na zona do Bom João. Ainda nos recordamos da merecida homenagem que lhe foi prestada então e que decorreu no recreio da seção Industrial daquele estabelecimento de ensino, no Largo da Sé, hoje de novo local de funcionamento do Seminário Diocesano de São José. Foi, talvez, uma prova de gratidão pelos muitos anos de função pedagógica e de remissão de atos menos respeitosos que, tal como nós, muitas gerações de «costeletas» (alunos da Tomás Cabreira) lhe geraram. Professor de Contabilidade e Escrituração Comercial, era autor de um livro didático sobre esta matéria, de tão relevante importância para a formação profissional dos jovens. Ao noticiar a seu falecimento aquele que foi o decano dos jornais algarvios escreveu a propósito do Dr. Urbana José dos Santos: «Espírito bem formado, bondoso e de carater afâvel, conquistou um amigo em cada um dos seus inúmeros alunos e nas pessoas que com ele conviveram"Era casado com D. Maria Manuela Abreu dos Santos e pai da D. Maria Firmina, senhora que sofria de algumas perturbações físicas.


João Leal