"COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE"
DR. URBANO JOSÉ SANTOS
DR. URBANO JOSÉ SANTOS
Há
dias, ao consultar um exemplar do extinto semanário farense «O Algarve» (
edição de 21 de Fevereiro de 1958), de que foi Diretor o meu saudoso amigo e
compadre Arthur José Serrão e Silva, o «Silvinha» como era afetuosamente
tratado, encontrei a notícia do falecimento do sempre lembrado Mestre e
Professor da Escola Tomás Cabreira, Dr, Urbano José dos Santos, conhecido pelos
seus alunos por «Urbanito», que nos havia deixado a 15 daquele mesmo dia e ano.
Foi uma figura mediática da cidade de Faro de então e durante várias épocas, em
que por aquilo exerceu o múnus pedagógico e a sua ação cívica. Natural de
Portimão, onde na casa que possuía na Cidade do Arade faleceu, contava 7 6 anos
de idade e era professor aposentado do ensino técnico profissional. Licenciado
com o Curso Superior do Comércio, lecionou inicialmente no Liceu Nacional de
Beja e efetivou-se na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, em Faro,
cidade onde residiu durante décadas e até à reforma,
que aconteceu em Julho de 1954, na zona do Bom João. Ainda nos recordamos da
merecida homenagem que lhe foi prestada então e que decorreu no recreio da
seção Industrial daquele estabelecimento de ensino, no Largo da Sé, hoje de
novo local de funcionamento do Seminário Diocesano de São José. Foi, talvez,
uma prova de gratidão pelos muitos anos de função pedagógica e de remissão de
atos menos respeitosos que, tal como nós, muitas gerações de «costeletas» (alunos
da Tomás Cabreira) lhe geraram. Professor de Contabilidade e Escrituração
Comercial, era autor de um livro didático sobre esta matéria, de tão relevante
importância para a formação profissional dos jovens. Ao noticiar a seu
falecimento aquele que foi o decano dos jornais algarvios escreveu a propósito
do Dr. Urbana José dos Santos: «Espírito bem formado, bondoso e de carater
afâvel, conquistou um amigo em cada um dos seus inúmeros alunos e nas pessoas que com ele conviveram"Era casado com D. Maria Manuela Abreu dos Santos e pai da D.
Maria Firmina, senhora que sofria de algumas perturbações físicas.
João Leal
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