quarta-feira, 20 de maio de 2020


CORRUPÇÃO

A palavra corrupção deve ocupar lugar cimeiro, na linguagem escrita e falada, nos últimos anos em Portugal.
Os media, com especial relevo para os audiovisuais, diariamente divulgam situações de “alegada” corrupção, em instituições públicas e privadas, praticada por pretensos corruptos, que o Ministério Público e a autoridade policial que o suporta ( Policia Judiciária ) se encarregam de averiguar e canalizar para os tribunais ou não, conforme as suas conclusões finais.
Ignoro se existem registos que historicamente possam garantir quando é que os primeiros Homens se deixaram corromper.
Atrevo-me a afirmar que a corrupção é própria  da génese humana, sem que por isso possamos definir como e quando começou.
Por que se trata duma palavra com um significado altamente pejorativo, dificilmente aceitaremos que o acto  de corromper, possa ter qualificações variadíssimas.
A condenação da sociedade ao acto de corromper, conjuga-se proporcionalmente ao benefício recebido, embora a entidade corrompida também sirva de classificação, para a opinião pública.
Poderia caracterizar e enumerar os actos de corrupção que se praticam no dia a dia, embora o corrupto e o corruptor, não o considerem como tal, antes entendendo o acto como um “favor” que se solicita e que é correspondido.
A propósito deste tema ocorreu-me uma história, que embora pareça ficção, é real.
Há largos anos, um amigo que ocupava um cargo de director num organismo público, de pouca importância e sobretudo de muito pouco contacto com o exterior, aceitou o convite  para exercer o cargo de director numa outra instituição pública, de maior relevo e  autonomia distrital.
Este seu novo cargo, pela responsabilidade e distância da instituição, originou um afastamento involuntário e  deixámos de nos ver.
Largos meses depois, finalmente o encontro de amigos, para uma actualização do dia a dia da nossa vida profissional e pessoal.
À pergunta que fiz, como se estava a sentir no novo cargo, respondeu-me que tinha pedido a demissão e tinha criado a sua própria empresa.
Surpresa e pergunta natural: Mas porquê? Nem sempre se deixa um cargo de director duma entidade pública.
É verdade, respondeu o meu amigo...! e completou com esta frase “As “solicitações” eram tantas e tão constantes, que corria um sério risco de me transformar num corrupto, se lá continuasse!“
Os anos passam, mas este exemplo fica sempre na minha memória e serve-me de consolação para os péssimos exemplos diários, que leio, vejo e oiço.
Que bom seria que os bons exemplos tivessem a mesma divulgação pública, especialmente como elemento educativo e preparatório, da juventude.
Não devemos perder a esperança. Apostemos na inteligência humana. 
-Quadra solta do poeta António Aleixo
-   --Vinho que vai para vinagre
    --Não retrocede o caminho
    --Só por obra de milagre
    --Pode de novo ser vinho

Jorge Tavares
 Publicada no semanário Noticias de São Brás em Março/20



GENTE DA TOMÁS CABREIRA 

 A ISABEL E O ROGÉRIO 

 Desde sempre foram uma presença marcante na sua comunidade, o popular e carismático bairro de São Luís, então num dos extremos povoados da capital sulina. Era num tempo, tantos anos são volvidos, em que um dos pontos referentes se situava na «tia Murta», uma taberna no canto fronteiriço do Campo de São Luís e a Estrada da Penha e onde, aos domingos, no intervalo dos jogos do Farense, que então equipava de preto e branco aos quartos, ia beber um pirolito ou fazer um chichi. Sempre foram meninos queridos entre as gentes do seu bairro (com a sua marcha nos santos populares, o seu clube filial do Porto e onde os Dragões se deslocavam sempre que ao Algarve vinham para jogar em Olhão quando era presidente o saudoso Sr. Amaral, a festa do Padroeiro no primeiro Domingo de Outubro e a vigília em redor da mediática Igreja, o salão de cabeleireira do pai da Isabel a fábrica de cerâmica do Barrocoso, o cemitério dos Judeus e tantas outras referências). A menina Isabel, linda, linda, linda como sempre foi e é em nossos dias e o Rogério (o nosso estimado Roger), um rapaz aprumado, delicado e estudioso, que hoje é um dos veteranos «costeleta s» e que, com todo o garbo exibia a sua farda de cadete aviador, quando aos fins de semana retornava a Faro. Ao longo da vida, este casal a quem o amor uniu e deu vidas à vida (uma lembrança muito amiga para a filha Lisa, minha colega na Região de Turismo do Algarve e conceituada técnica de informação turística). Hoje e nestes anos vividos a Isabel e o Rogério têm sido colunas sustentadoras da nossa Associação, à qual têm prestado os mais relevantes e importantes serviços, sempre presentes e vivendo a cada instante o lema tão «costeleta» de vitalidade, solidariedade e vitalidade, neste tributo ao que tem sido a sua permanente disponibilidade em prol da nossa união. 

 JOÃO LEAL 


RESPOSTA:  "Duas palavras apenas: OBRIGADO JOÃO - Isabel e Rogério"