O MENINO ZÉ
Desde
quase o instante inicial em que ao Mundo veio que o Zé Zambujal, ora tão
prematuramente desaparecido, fez parte afetiva do nosso viver. Era, há sessenta
anos, o menino concretizado no amor dos sempre lembrados Natércia e Chico,
companheiros de estudos, de sonhos e de vida profissional, vivida ali na
Escola de São Luís. Depois era-o na tertúlia várias ve-zes acontecida ao dia na
frequência quotidiana da lembrada «Brasileira». Foi-o, vida em fora, o vermos
assumir a sua alegria de viver, de ser e de a todos albergar na generosidade do
seu coração. Deixou-nos, na sequência de uma terrível doença, que não distingue
nem idades, nem amores, nem ondas de permanente entrega. Morreu nesta cidade,
onde para orgulho de todos nós, seus amigos (quem não podia ser amigo do Zé?) e
conterrâneo, ele vira a luz do dia há 60 anos. Como foi, justamente referido,
«era conhecido por ser um apaixonado pela vida», «um homem de talentos com um
grande coração…que se multiplicou em ser e em fazer (professor de educação física,
jornalista, produtor de concertos, guionista de programas televisivos,
fotógrafo free lancer, assessor de imprensa, realizador de tournées mundiais de
grandes artistas – Dulce Pontes, Cesária Évora…eu sei lá) numa curta vida em
que tantos «impérios» construiu. Generoso até final deixou-nos, pouco tempo
antes de morrer, mais exatamente a 26 de Abril último esta mensagem – abraço
para todos nós:
«E
se não for pedir muito, feliz gostava que ficassem por ter feito parte
das vossas vidas, como feliz vou partir para esta última viagem, por vos ter na
minha vida».
Obrigado,
Zé!
João Leal
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