sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

CRÓNICA DO COSTELETA ARNALDO SILVA


COISAS DE VELHOS "COSTELETAS"

Em tempos que já lá vão, tempos que ficaram pra trás há quase um longo meio século, a educação da juventude era ministrada de forma bem diferente daquela a que hoje assistimos. Melhor ou pior é coisa que não discuto. Não porque não gostasse de o fazer ou porque o assunto não me interesse. Nada disso! Apenas porque não é esse o meu propósito ao redigir estas linhas.

Educação bem espartana levada a cabo pelos progenitores de então, incutia nos educandos um sentido de dever, gerava nestes um peso de obrigatoriedade de cumprir as ordens recebidas e, talvez o pior do sistema, criava um medo/pavor das consequências aquando de um qualquer incumprimento.

No final do último ano lectivo em que passei pelos bancos daquela Escola, um "costeleta" amigo 'viu-se forçado' a ter que deixar uma disciplina para fazer exame em "segunda época".

Pai severo, de imprevistas reacções face a tal acontecimento, foi do mesmo omitido aquele facto. É evidente que o amigo "costeleta" pensava aplicar-se no estudo da disciplina em falta, durante o período das férias. Porém, pelo sim pelo não, "não fosse o diabo tece-las", receando encontrar-se face a um ciclópico trabalho, chegou à brilhante conclusão de que, com a ajuda de um outro "costeleta" que já "tinha a disciplina e o curso no papo", seria mais fácil levar a missão ao sucesso.

Mas como obter o concurso de um amigo se o pai severo não lhe permitia o devaneio de poder convidar alguém para sua casa e, muito menos, não lhe permitia deixar o seio da família para fazer férias fora de casa?!

Mais uma nova e brilhante idéia iluminou então o universo da capacidade criativa daquele nosso amigo!
Como o pai severo era proprietário de uma vasta herdade que, entre outras coisas, produzia muita amêndoa, aquele amigo conseguiu convence-lo de que um par de mãos a mais, para ajudar na apanha e descasque, seria sempre bem-vindo, até porque não custaria mais do que o prato da comida e é sabido que "de onde comem seis, também podem comer sete". Argumento de peso! Irrefutável, mesmo!
Anuência dada, foi-me dado o privilégio de passar umas três semanas de férias diferentes que, felizmente, culminaram no êxito do exame em "segunda época" daquele bom amigo "costeleta".

Outros tempos...

Arnaldo silva
Felizmente reformado

1 comentário:

Anónimo disse...

WASHINGTON, 2008.01.11

Tambem esta boa aestorieta do Arnaldo nos costeletas

Historia simples e muitio logica para aqueles tempos em que o dinheiro era dificil de conseguir mesmo para quem tinha amendoas para apanhar

Um chumbo de um filho era algo dificil de engolir e suportar economicamente

O Arnaldo assim apercebeu-se que mesmo a coisa simples de apanhar amendoas nao e tao facil assim num dia de verao

Parabens ao homem

Diogo

Ainda “apanhando” amendoas