
O COMBOIO CORREIO DAS 5 da MANHÃ
Os alunos que não viviam na cidade de Faro, para se deslocar há cinquenta anos para a Escola, faziam-no quase todos, através do único meio de transporte que existia nessa época: o comboio Correio, que chegava a Faro às sete horas da manhã.
Esta exigência da vida dos alunos da Escola, que foram crianças também, só é possível ser contada por um deles, porque só eles sentiram na pele e viveram os acontecimentos, porque, se for eu a contar aqui, a coisa perde força, porque eu já ouvi contar isso e não vivi, vou recontar e portanto, o impacto será menor.
A coisa começava em Messines e vinha por aí fora até Faro. Apesar de ser bastante cedo, a rapaziada não se fazia rogada e à chegada estava fresca como uma alface, apesar de há momentos atrás, os pais tivessem tido a maior das dificuldades para os preparar para a Escola. .
Falta fazer essa homenagem a todos os Pais, mas sobretudo aos Pais destes alunos, que ao frio, calor ou outra temperatura qualquer, preparavam os filhos e os lançavam para a vida, melhor, para o comboio das cinco da manhã.
Estas crianças foram uns heróis, porque iam todos os dias e vinham todos os dias do e para o seu local de trabalho, que era a Escola. E nunca disseram não. E se apenas alguns se licenciaram, todos conseguiram um bom modo de vida.
Às vezes, quase não tinham tempo para dormir, o mesmo para estudar, porque o comboio estava a chegar. Disse-me o Firmino Correia Cabrita Longo, que residia nas Fontainhas de Albufeira, aí a uns bons dois quilómetros da estação, que muitas vezes vinha pela linha, por ser mais perto, porque tinha que apanhar o comboio.
E a mãe a dizer-lhe, tem cuidado meu filho... olha o comboio. Como ficava aquele coração de Mãe?!...
Alguém terá de contar estas histórias para o blogue.
Têm a palavra, melhor, a caneta, o Honorato Viegas no percurso Messines/Faro; no percurso Vila Real de Santo António/Faro o João Vitorino Mendes Bica.
Texto de
João brito SOUSA
Os alunos que não viviam na cidade de Faro, para se deslocar há cinquenta anos para a Escola, faziam-no quase todos, através do único meio de transporte que existia nessa época: o comboio Correio, que chegava a Faro às sete horas da manhã.
Esta exigência da vida dos alunos da Escola, que foram crianças também, só é possível ser contada por um deles, porque só eles sentiram na pele e viveram os acontecimentos, porque, se for eu a contar aqui, a coisa perde força, porque eu já ouvi contar isso e não vivi, vou recontar e portanto, o impacto será menor.
A coisa começava em Messines e vinha por aí fora até Faro. Apesar de ser bastante cedo, a rapaziada não se fazia rogada e à chegada estava fresca como uma alface, apesar de há momentos atrás, os pais tivessem tido a maior das dificuldades para os preparar para a Escola. .
Falta fazer essa homenagem a todos os Pais, mas sobretudo aos Pais destes alunos, que ao frio, calor ou outra temperatura qualquer, preparavam os filhos e os lançavam para a vida, melhor, para o comboio das cinco da manhã.
Estas crianças foram uns heróis, porque iam todos os dias e vinham todos os dias do e para o seu local de trabalho, que era a Escola. E nunca disseram não. E se apenas alguns se licenciaram, todos conseguiram um bom modo de vida.
Às vezes, quase não tinham tempo para dormir, o mesmo para estudar, porque o comboio estava a chegar. Disse-me o Firmino Correia Cabrita Longo, que residia nas Fontainhas de Albufeira, aí a uns bons dois quilómetros da estação, que muitas vezes vinha pela linha, por ser mais perto, porque tinha que apanhar o comboio.
E a mãe a dizer-lhe, tem cuidado meu filho... olha o comboio. Como ficava aquele coração de Mãe?!...
Alguém terá de contar estas histórias para o blogue.
Têm a palavra, melhor, a caneta, o Honorato Viegas no percurso Messines/Faro; no percurso Vila Real de Santo António/Faro o João Vitorino Mendes Bica.
Texto de
João brito SOUSA
O comboio João?
ResponderEliminarSim! Mas também vinha o de Vila Real de Santo António, porque eu vinha todos os dias e embarcava em Olhão e descia no apeadeiro de S. Francisco, hoje desactivado, desmantelado e retirado e substituido pelo apeadeiro do Bom João.E ficávamos no Largo de S. Francisco a jogar à bola, com a trapeira, até fazer horas de começar as aulas.
E a ginástica que nós faziamos para escapar ao revisor, creio que Rombinha, para não pagarmos o bilhete que custava 40 centavos...e que chegava para comprar o maço de cigarros definitivos dos pequenos ou o mata ratos.BONS TEMPOS!
Rogério Coelho
MANO ROGHER,
ResponderEliminarObrigado pelo comentário.
Essas histórias são património dos costeletas, mas acho que devemos trazê-las à superfície, para que todos fiquem a saber como foram grandes as gerações de 50/60.
Do lado de Messines e Tunes conta o HONORATO VIEGAS; do lado de Vila Real é com o JOÃO VITORINO BICA.
JOÃO BRITO SOUSA