
MANUEL RAUL DE MATOS ( II)
(continuação)
O poeta RAUL de MATOS, pai do costeleta Carlos Matos, conforme diz Teodomiro Neto,
“começou a trabalhar na palavra, ainda criança sem passar pela escola; foi agrupando letras metálicas até construir a palavra na tipografia União, onde o menino iniciou precoce a vida de homem. Como tipógrafo agarrou-se profissionalmente às letras, depois o poeta ajuntou as palavras, claras, ligeiras, bonitas, simples. À sua medida....
A produção poética de Raul de Matos ficou dispersa por vários jornais, nomeadamente pelo jornal da «sua casa» a folha de Domingo. Conquistou vários prémios em certames literários e, graças à solidariedade dos seus camaradas tipógrafos e da Direcção da Tipografia União, viu em letra impressa o seu único livro ”Que Terra é Esta o Algarve”
A Câmara Municipal de Faro atribuiu a Raul de Matos, a Medalha de Mérito da Cidade.
POEMA DE RAUL DE MATOS
Terra de Santa Maria
Terra morna e morena
Onde tem mais luz o dia
E a noite e mais amena
Onde o Sol acorda e pinta
Sempre sorrindo, contente,
Porque que lá pró fim do dia
Entorna por sobre a Ria
Todo o resto de tinta
Que lhe sobra do poente
Reino de luz, terra amada,
Sempre moça e debruçada
Sobre o mar .. Até parece
Que ficas sempre rezando
Por alguém que anda vogando
Enquanto o Sol adormece....
MEU CARO MATOS,
É com enorme satisfação que publico aqui no blogue, um bocadinho da obra de Raul de Matos, o senhor teu Pai.
Não o conheci nem ao poeta Raul de Matos e por isso atrevo-me a dizer que acho linda a sua poesia.
Aceita um abraço do
João Brito Sousa
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